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MPRS e parceiros entregam naninhas artesanais a crianças em acolhimento familiar em Porto Alegre
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Capital, articulou a entrega de naninhas artesanais em formato de cachorrinho para crianças em acolhimento familiar em Porto Alegre, nesta segunda-feira, 15 de dezembro. A iniciativa é resultado da parceria com o presidente da Organização de Apoio à Adoção e Assistência Social (Elo), Peterson Rodrigues dos Santos, e com a artesã e fisioterapeuta Aline Schernokuj Bolze.
Durante a entrega, Josiane Superti Brasil Camejo, subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, ressaltou que o projeto Naninha Acolhedora “é uma resposta de carinho às crianças e adolescentes que ingressam no acolhimento familiar. A naninha torna-se um objeto de afeto, um recurso que simboliza segurança e conforto, fundamental para auxiliar a criança na adaptação e na vivência da separação de sua família de origem”.
Já a promotora de Justiça da Infância e Juventude, Carla Souto, destacou que “a naninha vai acompanhar a criança em diferentes etapas de sua trajetória, auxiliando tanto na adaptação à família acolhedora quanto na transição para a família adotiva”.
Durante a entrega, Miguel, de três anos, ficou agarradinho à naninha. Sheila Rieffel, a mãe acolhedora, que cuida do menino há três meses, disse que espera que a naninha “ajude a criança a se sentir protegida e torne a convivência ainda mais tranquila.”
As naninhas são objetos de conforto que oferecem segurança e afeto, ajudando na adaptação das crianças diante da separação da família de origem. A iniciativa baseia-se em estudos da psicologia do desenvolvimento que apontam a importância de objetos de apego na infância, especialmente em situações de ruptura ou transição. Inspirado na experiência da ONG Aconchego, de Brasília, o projeto utiliza a naninha artesanal como símbolo de acolhimento e continuidade emocional, fortalecendo vínculos e apoiando famílias acolhedoras na construção de relações de confiança.
A promotora Carla Souto também chamou atenção para a necessidade urgente de ampliação do número de famílias habilitadas no programa de acolhimento familiar em Porto Alegre: “Hoje, a Capital conta com cerca de 750 crianças e adolescentes em acolhimento institucional, enquanto apenas 15 famílias integram o programa de acolhimento familiar, com nove crianças acolhidas neste momento. O acolhimento familiar é uma medida temporária, voluntária e fundamental para garantir um ambiente mais humanizado. Por isso, é essencial que mais pessoas se sensibilizem e se disponham a participar, abrindo suas casas para essas crianças”, ressaltou.
Além do presidente da Elo, Peterson Rodrigues dos Santos, e da artesã e fisioterapeuta Aline Schernokuj Bolze, participaram da entrega das naninhas Nelson Beron, secretário adjunto da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), Viviane Matter Bacin, diretora de Parcerias e Contratos, e Solange Paim, coordenadora do Serviço de Família Acolhedora.
