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Culto ecumênico presta homenagem a famílias de doadores de órgãos

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Seguindo as comemorações do Setembro Verde, mês de conscientização sobre doação de órgãos e tecidos, a Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (CETDF) e a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) realizaram um culto ecumênico na quinta-feira (19), no jardim interno do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), em homenagem às famílias de doadores. Após o culto, familiares de pessoas que doaram os órgãos receberam uma rosa branca entregue por pessoas transplantadas que hoje levam a vida com tranquilidade, graças ao ato de generosidade.

A presidente da CIHDOTT do Hospital de Base, Adriana Cavalcante, ressalta a importância de as famílias conversarem sobre a doação de órgãos e expressarem suas vontades. “A conscientização de que a doação é um ato de amor e que pode salvar muitas vidas precisa ser disseminado dentro das famílias brasileiras. É preciso conversar com os familiares que, diante de uma situação de morte, existe a possibilidade de doar órgãos”, explicou.

Após o culto, familiares de pessoas que doaram os órgãos receberam uma rosa branca entregue por pessoas transplantadas | Fotos: Marcus Vieira/ IgesDF

Um ato de amor

Gabriel Henrique tinha apenas 18 anos quando levou um choque fulminante. Com a morte encefálica determinada pela equipe médica, a mãe dele, Rita de Kássia de Souza Santos, foi contactada pela equipe responsável e questionada se tinha intenção de doar os órgãos dele. “Um dia, no meio de nossas conversas, ele falou que, se algum dia precisasse, que ele seria doador. Eu só respeitei a vontade dele”, conta Rita. Gabriel acabou sendo um doador de córneas, coração, rins e fígado.

Antônio Pereira Neto faleceu aos 47 anos de forma repentina. A irmã dele, Francineia Pereira Borges, foi contactada pouco tempo depois de receber a notícia, pelo Núcleo de Organização de Procura de Órgãos (Nopo). “Meu irmão tinha uma vida muito voltada para fazer o bem aos outros. Ele se doava muito em ações sociais. Então ele já tinha expressado o desejo de ser doador”, lembra Francineia.

Francineia Pereira Borges: “Sou cristã e vejo a doação de órgãos como uma continuidade da vida”

De acordo com Francineia, todos deveriam estar abertos a essa entrega: “Sou cristã e vejo a doação de órgãos como uma continuidade da vida. No sentido de ajudar o próximo, de poder dar vida por meio da nossa própria vida. Doar é como trazer vida nova a pessoas que precisam, que necessitam. É um gesto de amor, de solidariedade”.

Robério Melo é portador de hemocromatose, doença em que o organismo produz muito ferro e acaba não eliminando. Por conta disso, precisou de um transplante de fígado. “Eu tinha apenas mais três dias de vida. No último dia eu recebi o órgão. Na minha cabeça, foi como se Deus tivesse me dado uma segunda chance”, conta.

Robério Melo: “Quando chega a doação, você tem uma vida nova, é uma vida renovada no mundo”

“Quando você está na fila de transplante, em um hospital internado, você não sabe se você vai viver para esperar a cirurgia, você não sabe se vai continuar vivo. É essa angústia, um medo misturado com esperança. Todo dia você acorda e agradece por mais um dia até chegar o transplante. Quando chega a doação, você tem uma vida nova, é uma vida renovada no mundo”, explica.

Robério conta que enxergou a vida após o transplante como uma nova missão de vida. “Eu percebi que eu precisava devolver isso de alguma forma e criei o Instituto Brasileiro de Transplantados (IBTX)”. Organização sem fins lucrativos, o instituto oferece apoio aos pacientes transplantados e aqueles que vão fazer um transplante. “Damos suportes com entrega de cestas básicas, ajudamos a família a pagar uma conta de água ou de luz. Quando o provedor da casa fica doente, a família toda fica doente e passa necessidade. Então, oferecemos esse suporte”, conta Robério.

“É muito bom saber que, de alguma forma, alguém vive porque recebeu um pedacinho de quem a gente ama. E saber que agora outras famílias estão felizes é muito gratificante”, conclui Francineia Pereira Borges.

*Com informações do IgesDF

Fonte: Agência Brasília

Forças de segurança fazem simulação realística de assalto, com direito a explosão

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Um cenário muito realístico de um assalto a uma empresa de transporte de valores foi montado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), na noite de quinta-feira (19), com direito a tiros de festim e explosões controladas. Tudo não passou de uma simulação, que fez parte do Curso de Plano de Gestão de Crise de Segurança das Cidades, promovido pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Forças de segurança participaram, na noite dessa quinta (19), no SIA, de simulação de assalto a uma empresa de transporte de valores; ação preventiva faz parte do Curso de Plano de Gestão de Crise de Segurança das Cidades | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O curso começou na última segunda-feira (16) e foi encerrado nesta sexta (20), com o objetivo de qualificar as forças de segurança da capital para lidar com situação de possíveis invasões à cidade, que resultam em assalto a instituições bancárias, ataques a estruturas públicas e movimentos de fuga em presídios. Cabe ressaltar que a preparação é preventiva e que o DF não está sob qualquer ameaça.

“É fundamental que as nossas forças de segurança estejam preparadas para qualquer situação de risco que possa surgir. O curso reforça o compromisso deste GDF com o aperfeiçoamento constante dos nossos policiais de modo a fazer com que a nossa cidade continue sendo o melhor lugar para se viver”

Celina Leão, vice-governadora

Durante a simulação, uma parte dos agentes emulou a ação de criminosos, enquanto outros agiram como forças de segurança. Houve ainda quem fizesse o papel de refém. Os supostos bandidos chegaram em sete carros e um caminhão, fazendo disparos (com tiros de festim). Depois, simularam a explosão da entrada da empresa de transporte de valores para, na sequência, lotarem o caminhão com o que seria o dinheiro roubado. Na fuga, colocaram os supostos reféns em cima dos veículos, para servirem de escudo. Tudo baseado em situações reais, como a ocorrida em Araçatuba, no interior de São Paulo.

A parte policial da ação contou com atiradores posicionados em cima de prédios e a abordagem ao grupo – sempre evitando o confronto, para não colocar em risco os reféns e demais moradores da cidade. As forças de segurança explicaram que a principal resposta a esse tipo de crime seria o bloqueio do perímetro, inclusive com apoio de outros estados para o fechamento de divisas. Essa parte, contudo, não foi detalhada por questões estratégicas.

“Aqui em Brasília, o bandido que resolver, de alguma maneira, atentar contra o Estado pode até, no primeiro momento, achar que vai conseguir, mas não vai, porque aqui no Distrito Federal quem manda são as forças de segurança”

Alexandre Patury, secretário-executivo de Segurança Pública

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destacou a importância do curso para garantir a segurança na capital federal. “É fundamental que as nossas forças de segurança estejam preparadas para qualquer situação de risco que possa surgir. O curso reforça o compromisso deste GDF com o aperfeiçoamento constante dos nossos policiais de modo a fazer com que a nossa cidade continue sendo o melhor lugar para se viver. Demonstra ainda a importância da atuação conjunta de todas as unidades da Federação no combate ao crime organizado.”

Presente no simulado, o secretário-executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, enfatizou a integração de diferentes forças. “Aqui não existe uma força policial, somos todos pelo Estado. Temos um único inimigo comum, que é o bandido”, pontuou. “Aqui em Brasília, o bandido que resolver, de alguma maneira, atentar contra o Estado pode até, no primeiro momento, achar que vai conseguir, mas não vai, porque aqui no Distrito Federal quem manda são as forças de segurança”, acrescentou.

Discurso semelhante ao da comandante-geral da Polícia Militar do DF (PMDF), coronel Ana Paula Habka: “Esse tipo de ação, de domínio de cidades, já tem uma característica que precisa unir todas as forças de segurança. E, para isso, tem que ter o treinamento. Quando a gente tem um bom treinamento, a gente prepara o nosso policial para qualquer atividade. E o Distrito Federal está mostrando essa integração”.

Uma parte dos agentes simulou a ação de criminosos, enquanto outros agiram como forças de segurança e como reféns

Representando o Poder Judiciário, a juíza da Vara de Execuções Penais do DF, Leila Cury, apontou a necessidade de agentes de segurança estarem em constante atualização para combater a criminalidade. “Muitos crimes estão, cada vez mais, sendo praticados com mais sofisticação, com uso de tecnologia, com drones, armas pesadas. As pessoas que praticam o crime estão se especializando cada vez mais, por isso é muito importante que a polícia faça simulações como estas, que dê cursos como este que está em andamento.”

Terceira edição do curso

Esta é a terceira edição do Curso de Plano de Gestão de Crise de Segurança Pública. As aulas, que combinam teoria e prática, são divididas em três eixos: promover um canal centralizado e unificado de informações públicas; manter discrição de informações críticas, restritas, reservadas ou sigilosas; e orientar a comunidade em casos de crise correlacionais a ataques coordenados no DF.

Mais de 100 alunos participam das aulas, entre integrantes das forças de segurança do DF e federais, servidores de órgãos e secretarias do Governo do Distrito Federal (GDF) – como Departamento de Trânsito (Detran), Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) e Companhia Energética de Brasília (CEB) –, e funcionários de instituições bancárias e de transporte de valores.

“A integração das forças é o mais importante para a segurança pública. Quando se fala em segurança pública, a atuação ocorre por meio da interação entre as agências; é a possibilidade de compartilhamento de dados; é prevenir”, destacou o secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Alexandre Patury, após o encerramento do curso, nesta sexta (20).

Os formandos ainda entregaram às autoridades presentes um Plano de Ação de Defesa para Brasília, com sugestões de melhorias para o atual protocolo de segurança da capital federal.

“A perspectiva do plano é evitar o confronto desnecessário e capacitar as forças para que os agentes estejam preparados para lidar com essas situações – o que é fundamental. O próximo passo é capacitar mais e mais servidores para que eles saibam como proceder em contextos como esse”, detalhou o delegado André Luís Gossain, representante da Coordenação de Combate ao Crime Organizado do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Fonte: Agência Brasília

Ações das Forças da SSPDS resultam no aumento de 24,8% nas capturas por furto e receptação de fios em Fortaleza em 2024

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Em todo o Ceará, foram realizadas 312 prisões e apreensões por furto e receptação de fios nos primeiros oito meses deste ano

Ações ostensivas e investigativas, com suporte de tecnologias, resultaram no aumento de 24,8% nas capturas realizadas pelas Forças de Segurança do Ceará por furto e receptação de fios furtados em Fortaleza. O dado corresponde ao período entre janeiro e agosto de 2024, quando 237 pessoas foram capturadas na Capital. No mesmo período, no ano passado, 191 capturas tinham sido feitas pelas Forças de Segurança do Estado. Os dados foram compilados pela Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS/CE).

O aumento nas capturas também foi registrado no Estado. Com 312 prisões e apreensões entre janeiro e agosto de 2024, o Ceará teve aumento de 7,96% nestas ações, quando se compara com o mesmo período em 2023, quando 289 capturas tinham sido feitas.

As capturas contam com o suporte de tecnologias da SSPDS, como o Sistema Agilis, que auxilia nas ações policiais por meio de inteligência artificial aliada às câmeras de videomonitoramento, e o Núcleo de Videomonitoramento (Nuvid) da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) da SSPDS, que atua no acompanhamento em tempo real das ocorrências.

Agosto

Os aumentos em Fortaleza e no Ceará também aconteceram no mês de agosto de 2024. Na Capital, o aumento de capturas ficou em 5,71%, com 37 prisões e apreensões no oitavo mês do ano, em comparação com o mesmo mês, em 2023, quando 35 capturas foram realizadas. Já em todo o Estado, o aumento ficou em 5%, com 42 capturas em agosto deste ano, contra 40 prisões e apreensões no mesmo período, em 2023.

Ações permanentes

Os trabalhos para coibir os furtos e receptações de fios são permanentes em todo o Ceará. Além do trabalho ostensivo, realizado pela Polícia Militar do Ceará (PMCE), são realizadas investigações e operações pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), com a finalidade de verificar a prática de receptação em sucatas e cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão.

Já em setembro de 2024, a PCCE flagrou um homem de 56 anos escalando um poste e em posse de um saco com 200 m de fiação, no bairro Coaçu (AIS 3), em Fortaleza. A equipe do 13º Distrito Policial (13º DP) o colocou à disposição da Justiça. Em outra ação, a PMCE prendeu dois homens e uma mulher com cerca de 20 metros de fios de cobre para internet. As capturas aconteceram no bairro Bela Vista (AIS 6), em Fortaleza.

Denúncias

A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As informações podem ser direcionadas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, pelo qual podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia ou ainda via “e-denúncia”, o site do serviço 181, por meio do endereço eletrônico.

Fonte: Governo do Estado do Ceará

Discurso: Gov. Tarcísio de Freitas na entrega de títulos de moradia – 20.09.24

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Discurso: Gov. Tarcísio de Freitas na entrega de títulos de moradia – 20.09.24 by Governo do Estado de São Paulo



sex, 20/09/2024 – 13h01 | Do Portal do Governo

Fonte: Governo de SP

Governador inaugura ponte que liga Ilha dos Valadares ao centro de Paranaguá

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior inaugurou nesta sexta-feira (20) a ponte que liga a Ilha dos Valadares ao Mercado Nilton Abel de Lima, no Centro de Paranaguá, no Litoral do Estado. Batizada de Ponte Domingos Massa, a obra atende o maior bairro da cidade, onde vivem mais de 30 mil pessoas, mas que só conseguiam ter acesso ao continente usando uma passarela ou a balsa usada para transportar veículos. 

O investimento foi de R$ 13,4 milhões, sendo que R$ 11,7 milhões foram repassados pela Secretaria de Estados das Cidades (Secid) e o restante, de R$ 1,7 milhão, foi a contrapartida do município. O recurso também contemplou a revitalização da passarela existente, que atende apenas pedestres e ciclistas e cuja obra inicia na sequência, além dos serviços de administração da obra e de implantação de estruturas, instalações elétricas, pavimentação, calçamento, sinalização e paisagismo.

Ratinho Junior salientou que a ponte se junta a outras obras que o Governo do Estado está executando no Litoral, como a Ponte de Guaratuba, a revitalização das orlas de Matinhos e Pontal do Paraná e duplicação entre Guaratuba e Garuva. “Começamos um grande planejamento para o nosso Litoral para que ele pudesse se desenvolver, não apenas no turismo, mas também na logística”, disse.

“E esta obra beneficia a população de uma ilha que é maior do que 340 cidades do Paraná, que tem uma economia ativa e onde mora boa parte dos trabalhadores do porto, empresas e do comércio do nosso Litoral”, salientou. “Estamos promovendo a mobilidade, o direito de ir e vir e o acesso a serviços essenciais. O Corpo de Bombeiros vão poder entrar nos Valadares, as ambulâncias e a Polícia Militar vão poder atender rapidamente a comunidade, os caminhões de entrega vão poder abastecer os mercados e farmácias”.

A estrutura conta com 294 metros de extensão, permitindo o trânsito de automóveis e veículos de transporte. Além de melhorar a mobilidade dos moradores, o projeto também facilita o acesso a serviços de saúde, escolas e ao Centro de Paranaguá. A nova ponte também vai estimular o comércio e o turismo na ilha, que pode receber novos bares, restaurantes e estruturas de hotelaria.

“Era uma obra aguardada há mais de 30 anos, que vai atender mais de 30 mil moradores da ilha. Ela é fruto do esforço tanto do Governo do Estado Paraná quanto do município de Paranaguá”, afirmou a secretária estadual das Cidades, Camila Scucato. “Ela vai garantir o direito da população de ir e vir, dar acessibilidade, mobilidade e facilitar o acesso de ambulâncias, do Corpo de Bombeiros e até mesmo o pessoal que tem que trazer mercadorias para a região”. 

LIBERADA – A liberação para o tráfego foi celebrada com as buzinas dos caminhões, motos e veículos “O povo precisa muito dessa ponte, principalmente quem precisa levar os seus familiares para o médico do outro lado, isso vai ajudar muito”, disse o autônomo Júlio Costa Filho, que mora há 35 anos na ilha.

“A gente tinha que atravessar de barquinho, o que era complicado em dias de chuva. Eu tenho um neto autista, que preciso carregar de bicicleta para levar para a terapia, já cheguei a cair com ele porque era perigoso para passar”, conta a merendeira Andrea Marques, de 53 anos. “Agora ele vai poder ir de carro com a mãe e o pai dele e vai facilitar a vida de todo mundo”.

PRESENÇAS — Participaram da solenidade os secretários estaduais da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; e do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza; os diretores-presidentes do Instituto Água e Terra (IAT), José Luiz Scroccaro; e do Viaje Paraná, Irapuan Cortes; os deputados estaduais Alexandre Curi, Nelson Justus e Alexandre Amaro; e o subchefe da Casa Civil, Lúcio Tasso.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

Centro cirúrgico do HRVJ completa dois anos com mais de sete mil cirurgias realizadas

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Joelton Barboza – Ascom HRVJ – texto e fotos

Thiago Sombra e Alexya Gomes passaram por cirurgia no centro cirúrgico do HRVJ

O jovem casal Thiago Sombra, 26, e Alexya Gomes, 25, precisou ser atendido pelo Centro Cirúrgico (CCG) do Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) localizada em Limoeiro do Norte. O serviço, que, neste domingo (22), completa dois anos de funcionamento, visa levar atendimento de qualidade à região do Vale do Jaguaribe e Litoral Leste. O setor já realizou 7.346 cirurgias da inauguração até a última quinta-feira (19).

Vítimas de um acidente de trânsito na cidade de Russas, onde moram, Thiago realizou duas cirurgias no braço e Alexya passou por quatro procedimentos, desde o dia que deram entrada pela emergência, no dia 2 de abril deste ano. Eles elogiam o atendimento desde a admissão e agradecem a atenção dos profissionais que sempre passam no leito para dar explicações e orientações sobre a situação clínica.

“A atenção é totalmente direcionada tanto para o paciente quanto para o acompanhante. O hospital está bem capacitado para receber todo mundo. Desde o dia do acidente até agora, sempre fomos muito bem atendidos, sempre com atenção ao nosso caso, procurando as melhores formas possíveis de recuperação. Aqui temos acompanhamento com nutricionista, fisioterapeuta, assistente social e psicóloga. Somos acompanhados pela equipe total do hospital”, ressaltam.

O setor dispõe de seis salas cirúrgicas modernas e funcionando simultaneamente

O setor, inaugurado no dia 22 de setembro de 2022, dispõe de seis salas cirúrgicas modernas, funcionando simultaneamente e realizando aproximadamente 540 cirurgias por mês. Dentre os procedimentos estão cirurgias gerais, ortopédicas, vasculares, plásticas, oncológicas, bucomaxilofaciais e neurocirurgias.

“Atendemos diversas especialidades cirúrgicas, contribuindo na redução da fila e tempo de espera. Além disso, o centro cirúrgico possibilita oportunidades de melhoras prognósticas, devido ao porte do hospital e à capacidade clínica atendida”, explica a coordenadora de enfermagem, Lizandra Torres.

Videolaparoscopia

Na unidade são feitos ainda procedimentos por vídeo, em que são realizadas pequenas incisões no local, fazendo com que o procedimento seja minimamente invasivo, a recuperação do paciente ocorra de forma mais rápida e ele volte às atividades normais do dia a dia.

Fonte: Governo do Estado do Ceará

Eleições 2024: candidatos não podem ser presos a partir deste sábado

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A partir deste sábado (21), os candidatos que disputam as eleições municipais deste ano não poderão ser detidos ou presos, salvo em flagrante delito.

Pela norma, postulantes ao cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador ficam impedidos de detenção durante os 15 dias que antecedem o primeiro turno do pleito, que neste ano será realizado no primeiro domingo outubro (dia 6). A regra está prevista no parágrafo 1º do artigo 236 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965).

O objetivo da medida é garantir o equilíbrio da disputa eleitoral e prevenir que prisões sejam usadas como manobra para prejudicar o candidato por meio de constrangimento político ou o afastando de sua campanha eleitoral.

Caso ocorra qualquer detenção no período, o candidato deverá ser conduzido imediatamente à presença do juiz competente, que verificará a legalidade na detenção. Quando não houver flagrante delito, o juiz deverá relaxar a prisão do candidato.

No caso dos eleitores, o prazo que proíbe a prisão é de cinco dias antes do pleito (1º de outubro), a não ser em flagrante delito.

Segundo turno

A partir 12 de outubro, nos municípios onde houver segundo turno, a ser realizado no dia 27 de outubro, último domingo do mês, o candidato não poderá ser preso ou detido. Novamente, a única exceção é para prisões em flagrante delito. O flagrante ocorre no exato momento em que o agente está cometendo o crime ou, após sua prática, há evidências de que a pessoa presa é, de fato, autora do delito.

A Constituição Federal e a Resolução TSE nº 23.734/2024 determinam que, somente em cidades com mais de 200 mil eleitores aptos a votar, os candidatos poderão disputar o segundo turno, caso nenhum deles tenha sido eleito por maioria absoluta (metade mais um dos votos válidos) na primeira fase da eleição.

Com essa condição da lei eleitoral, dos 5.569 municípios que participarão das eleições 2024, apenas 103 localidades têm a possibilidade de ter uma segunda etapa do pleito para a prefeitura municipal.

Eleições 2024

No pleito deste ano, estão em disputa os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em 5.569 municípios. O TSE contabiliza 5.569 vagas para prefeituras, mais 5.569 vagas para vice-prefeituras, além de 58.444 vagas de vereadores nas câmara municipais, que representam o Poder Legislativo da cidade.

Em 6 de outubro, disputam as vagas mais de 463,35 mil candidatas e candidatos disputarão cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, em 5.569 municípios, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O Brasil tem 155,9 milhões de pessoas aptas a votar no pleito deste ano. Por se tratar de eleições municipais, os eleitores que estão no exterior não estão obrigados a votar.

Fonte: Agência Brasil

DF terá mil quilômetros de ciclovias até 2026 e 300 novas bikes elétricas compartilhadas

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O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou, nesta sexta-feira (20), o lançamento do programa Vai de Bike. O projeto prevê que a capital federal atinja, até 2026, a expressiva marca de mil quilômetros de ciclovias modernas e acessíveis, tornando o DF a unidade da Federação detentora da maior malha cicloviária do país. Serão investidos quase R$ 123 milhões na construção de 325 km de novos trechos e na manutenção das vias que necessitam de reforma.

Lançado nesta sexta (20), o programa Vai de Bike prevê que o DF atinja, até 2026, a marca de mil quilômetros de ciclovias; serão investidos quase R$ 123 milhões no projeto | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília

O anúncio do programa foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a entrega do novo Pistão Sul. Com extensão de 10,8 km, essa importante via foi inteiramente recuperada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), beneficiando diretamente 60 mil motoristas que trafegam pela região diariamente.

“Hoje, lançamos um programa que é muito importante para a cidade, um programa de mobilidade integrada das ciclovias, o Vai de Bike. Esse projeto, certamente, até o final do governo, vai garantir mais de mil quilômetros de ciclovias integradas aqui no DF, beneficiando quem utiliza a bicicleta como esporte, mas com a esperança de, no futuro, a gente ter esse modal do ciclismo como forma de transporte para a população”, defendeu o governador.

“Nosso objetivo é tornar a ciclovia um instrumento de conexão entre as cidades e outros meios de transporte”

Zeno Gonçalves, secretário de Transporte e Mobilidade

Outra novidade é a criação de um sistema de compartilhamento de bicicletas elétricas, com a disponibilização de 300 bikes distribuídas em pontos estratégicos. O objetivo é facilitar a locomoção de quem deseja trocar o carro ou transporte público por uma opção mais sustentável e econômica.

Programa de governo

O Vai de Bike é um esforço conjunto de vários órgãos do GDF, com a supervisão da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) e a coordenação da Secretaria de Obras (SO).

“Esse programa foi idealizado pela Semob e vai ser implementado pela nossa secretaria. É uma infraestrutura necessária para que a gente dê um pouco mais de segurança para quem usa as bicicletas, criando ciclovias em todo o DF. Temos várias obras já em andamento para ampliação dessa malha cicloviária e já estamos fazendo algumas interligações”, detalhou o secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Valter Casimiro.

R$ 123 milhões

Valor investido no programa Vai de Bike

Para o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves, a ciclomobilidade tem ganhado força nos últimos anos e o programa Vai de Bike chega para intensificar a transformação de Brasília em uma cidade mais acessível para ciclistas.

“Nosso objetivo é tornar a ciclovia um instrumento de conexão entre as cidades e outros meios de transporte. Teremos a instalação de paraciclos, ampliação das bicicletas compartilhadas, instalação de pontos para bicicletas elétricas também, ou seja, um programa bem abrangente. Isso mostra, mais uma vez, que o GDF não pensa só nos carros, mas tem, também, um olhar cuidadoso para aqueles que se transportam por outros meios, inclusive as bikes”, explicou o titular da Semob.

Um exemplo do crescimento da prática no DF é o servidor público Manoel Vieira Silva, 60 anos. Ele é um dos brasilienses que utilizam a bike como meio exclusivo de transporte. “Moro em Samambaia, e uso a bicicleta para ir de casa ao trabalho. Ter mais ciclovias ajuda muito a nossa segurança, porque os motoristas simplesmente não nos respeitam no trânsito. Então, ter uma faixa para a gente se deslocar sem precisar se arriscar entre os carros é excelente”.

O servidor público Manoel Vieira Silva usa a bicicleta como meio exclusivo de transporte. “Ter mais ciclovias ajuda muito a nossa segurança, porque os motoristas simplesmente não nos respeitam no trânsito”

Fases do programa

O Vai de Bike está estruturado em três fases de planejamento. A primeira fase engloba as obras que estão sendo executadas pelo DER e os projetos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (Seduh), cujas obras serão executadas pela Secretaria de Obras.

As obras do DER somam 55,1 km de ciclovias, com os trechos do Pistão Sul (8,8 km), da Hélio Prates (6 km), da ESPM (3,6 km) e da Epig (3,6), ligação Guará/Bandeirante (1,8 km), DF-140 (14 km), DF-220 no Lago Oeste (15,5 km) e ligação Esaf/Ponto JK (1,8 km).

Os projetos da Seduh e da Secretaria de Obras são trechos de conexão de ciclovias, que somam 7,3 km, com investimentos de R$ 2,9 milhões. Os trechos projetados ficam próximo ao UniCeub (0,5 km), na ligação Taguatinga/Samambaia (1,3 km), ligação W3 Sul/Norte (2,2 km), ciclovia S3 L1 Sul (1,3 km), ligação UnB/L2/L3 Norte (1,8 km) e na W5, próximo ao Colégio Militar (0,2 km).

Os investimentos da segunda fase são de R$ 82,4 milhões, com 25 projetos da Semob e do DER que somam 153,2 km. Estão previstas obras em trechos da Epia Sul e Norte, além das regiões administrativas de Samambaia, Taguatinga, Ceilândia, Plano Piloto, Sudoeste, Octogonal, Planaltina, Sobradinho, Guará, SIA, Varjão, Lago Sul, Lago Norte, Brazlândia e São Sebastião.

A terceira fase do programa prevê projetos que somam 109,8 km de ciclovias com investimentos de R$ 37,4 milhões. As obras serão executadas em vias urbanas e rodovias nas regiões administrativas de Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires, Riacho Fundo II, Setor Militar Urbano, Lago Sul e SCIA, além de trechos da EPNB e Epia.

Fonte: Agência Brasília

Botos são encontrados mortos no Lago Tefé por conta da seca

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Em apenas uma semana, um boto foi encontrado morto por dia na região do Lago Tefé no Amazonas. Na última quarta-feira, a carcaça de um filhote foi descoberta na margem arenosa do lago, exposta pelo recuo das águas devido à seca na região. 

Em 2023, mais de 200 animais da espécie ameaçada de extinção morreram no Lago Tefé, um afluente do Rio Solimões, por causa da alta temperatura da água.

“Nós temos encontrado vários animais mortos. Na semana passada nós tivemos uma média de um por dia”, afirmou a chefe do projeto de pesquisa em mamíferos aquáticos amazônicos no Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Miriam Marmontel.

Por enquanto, os especialistas não veem ligação entre as altas temperaturas das águas e a morte dos animais. 

“Nós ainda não estamos associando com a mudança da temperatura da água, a temperatura excessiva, mas à exacerbação da proximidade entre as populações humanas, principalmente pescadores e os animais”, avaliou Miriam.

Segundo ela, o ambiente lacustre é muito restrito e fica ainda mais raso com a seca. “O canal tem dois metros de profundidade, talvez 100 metros de largura, no máximo. E todos os animais estão concentrados nessa área e é por esse mesmo canal que passam todas as embarcações que estão acessando Tefé. Desde uma rabeta até uma balsa pesada e grande.”

De qualquer forma, segundo Miriam Marmontel, a temperatura da água tem sido constantemente monitorada. 

“Normalmente, o lago varia – ao longo do ano – entre 22 e 32 graus centígrados. Nós temos já monitorado ou documentado temperaturas agora de manhã de 27 graus. Entre as quatro e seis da tarde, o pico da temperatura, nós já temos registrado 38ºC. Então, já é uma variação grande, de 10 graus centígrados em doze horas, que é uma variação muito brusca.”

 

*Com informações da Reuters

Fonte: Agência Brasil

‘Gesto de amor e solidariedade na hora do luto’: doação de órgãos ressignifica vida de quem doa e de quem recebe; regionalização da saúde fortalece rede de transplantes

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Naiara Carneiro/HRC, Teresa Fernandes/HRN e José Avelino Neto/HRSC – Ascom Rede Sesa – texto
Arquivo pessoal, Arquivo, José Avelino Neto – fotos
Ariane Cajazeiras – edição
Juliel Veras – arte gráfica

O mês de setembro é dedicado à conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, por meio do Setembro Verde, que busca incentivar esse gesto de solidariedade que pode fazer a diferença no futuro de quem aguarda por um transplante. “Doação de órgãos: um sim salva vidas. Doe esperança.” é o tema da campanha da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) para este ano.

Ao longo de cinco reportagens, vamos contar histórias, esclarecer dúvidas e levar você, leitor, a se aproximar mais desse tema tão delicado, que envolve uma corrida contra o tempo.

De um lado, a dor de parentes que perdem seus entes queridos e precisam pensar: doar ou não doar os órgãos? De outro, a dor de familiares que esperam, ansiosos, o retorno à vida saudável de pacientes graves que estão à espera da doação de um órgão compatível.

“Impossível não lembrar que tem uma família sentindo uma dor terrível que é a perda de um filho, naquele momento que você se enche de esperança pela vida do seu filho”. O relato emocionante, da reportagem desta terça-feira (17), é de Nayana, mãe do pequeno Davi, que, com apenas 50 dias de vida, precisou de um transplante de coração. Ela, uma enfermeira que lida com crianças internadas em uma UTI pediátrica, soube, com a doença do bebê, o que é precisar de cuidados e da solidariedade de pais em luto. Boa leitura!

Solidariedade que salva vidas 

O pequeno Davi foi salvo por um transplante de coração. (Foto: Arquivo pessoal)

Como enfermeira da UTI pediátrica do Hospital Regional Norte, unidade da Sesa em Sobral, Nayana Rocha já acompanhou diversos casos de doenças e condições graves em crianças. Mas com o nascimento do filho mais novo, o pequeno Davi Rocha Ramalho, ela sentiu na pele o que é precisar de cuidados. O bebê nasceu saudável, mamando normalmente, e tudo parecia bem. Mas, com apenas 50 dias de vida, precisou ser internado. O diagnóstico assustou a família: cardiomiopatia dilatada, uma doença rara que torna as fibras musculares do órgão distendidas, prejudicando o bombeamento adequado do sangue pelo corpo. O bebê precisava de um transplante de coração.

Foram 8 meses de espera. Nesse período, chegaram notícias de doadores compatíveis, mas a recusa familiar estendeu o sofrimento da família. “Por duas vezes tivemos a notícia do potencial doador que foi frustrada com a não autorização familiar, hoje um dos principais motivos da queda na taxa de doação de órgãos”, destaca a mãe e enfermeira.

A cirurgia aconteceu no mês passado, no Hospital de Messejana, unidade da Sesa especializada no tratamento de doenças do coração, em Fortaleza. A criança se recupera bem, com reabilitação de fonoaudiologia e fisioterapia. Nayana lembra que foram meses de profunda angústia e temor pela vida do filho, mas a notícia do doador compatível veio com um misto de emoções.

“Impossível não lembrar que tem uma família sentindo uma dor terrível que é a perda de um filho, naquele momento que você se enche de esperança pela vida do seu filho. Você ora e pede a Deus conforto àquela família. Junto com a certeza que Deus realiza milagres e que está próximo de você ver seu filho sair do hospital e ter uma vida ‘normal’. Que existem pessoas que conseguem ressignificar a dor e ter um gesto de amor e solidariedade na hora do luto”, destaca.

Para a enfermeira, ter estado como acompanhante do filho trouxe reflexões no seu “ser profissional”. “Hoje entendo que, ao realizar os cuidados a um potencial doador, não estou cuidando de um ‘potencial’, eu estou cuidando da esperança que é turbinada nesse momento, estou cuidando diretamente da vida de quem está naquela fila à espera de um milagre e da vida de todas as pessoas daquela família”, ressalta.

Captação de Órgãos

Como no caso de Davi, a família que aguarda por um órgão só é informada sobre a possibilidade de cirurgia, mas não sabe de onde veio a doação. De acordo com a legislação brasileira, tanto o doador quanto o receptor, devem ter suas identidades preservadas.

No Ceará, vários hospitais estão aptos a fazerem a captação de órgãos. Na Rede Sesa, os Hospitais Regionais desempenham um papel importante nesse sentido, contribuindo diretamente para o andamento da fila de transplantes. Essas unidades atuam desde a identificação de potenciais doadores até o acolhimento e conscientização das famílias, essenciais para a autorização da doação.

Além disso, os hospitais regionais participam da logística durante todas as etapas do processo, começando pelo diagnóstico de morte encefálica até o transporte dos órgãos, fortalecendo a rede estadual de transplantes e ajudando a salvar inúmeras vidas anualmente.

Nos Hospitais Regionais do Cariri (HRC), Norte (HRN), Sertão Central (HRSC) e Vale do Jaguaribe (HRVJ), localizados respectivamente em Juazeiro do Norte, Sobral, Quixeramobim e Limoeiro do Norte, já foram captados 27 rins, 36 córneas, 15 fígados e 4 corações, somente em 2024.

Importância da conscientização

Alguns órgãos podem ser doados por pessoas vivas, mas a maior parte dos casos é de doação de pacientes com morte encefálica. O primeiro passo para se tornar um doador, portanto, é comunicar esse desejo à família, pois somente com a autorização familiar a doação poderá ser realizada. É importante lembrar que um doador pode estar apto a doar vários órgãos, ou seja: pode beneficiar até oito pessoas que, muitas vezes, têm no transplante a única alternativa de vida.

Captação de múltiplos órgãos realizada no HRC (Foto: Arquivo)

De acordo com a enfermeira da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) do HRC, Bruna Bandeira, o estado do Ceará possui um número expressivo de doações, sendo também referência em transplantes. “Porém, esse número pode ser melhorado e a nossa missão é levar informações para as famílias, para que as pessoas possam decidir de forma consciente. É importante conversar, desmistificar, demonstrar o seu desejo aos seus familiares, porque quando existir a possibilidade de doação, somente a família vai poder decidir”, reforça a enfermeira.

Leia também: Ceará é o primeiro no ranking brasileiro de transplantes de córnea; estado também lidera transplantes de fígado e coração no Nordeste

Logística para salvar vidas

Do aceite manifestado pela família que resolveu doar, até a captação do órgão, há uma logística que envolve diferentes equipes, desde o trabalho de abordagem com os familiares de quem teve o diagnóstico de morte encefálica, até o translado dos órgãos, feito por transporte aéreo, com o auxílio da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).

Translado da equipe e dos órgãos captados é feito por transporte aéreo para garantir agilidade no processo (Foto: José Avelino Neto)

O trabalho sensível é liderado pela Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott). O passo inicial é o acolhimento da família. “É a parte fundamental do processo”, enfatiza o enfermeiro da CIHDOTT do HRVJ, Samuel Araújo. “É preciso trazer a família para próximo da equipe, para que ela entenda como funciona, se sinta confortável e segura para dizer o sim para a doação”, explica.

Depois do aceite da família, é realizada uma série de exames e avaliações, que compõem um protocolo padrão utilizado para confirmar a morte encefálica do paciente. Quando os resultados indicam que a captação pode ser feita, uma verdadeira corrida contra o tempo acontece para que o órgão seja levado e transplantado o quanto antes no doador compatível, que, em geral, já está em uma fila de espera.

“É uma verdadeira operação de guerra. Deixamos todos os setores avisados para que tudo fique no ponto, e para que a captação ocorra sem nenhum problema”, explica o enfermeiro e membro da Cihdott do HRSC, Wandson Barros.

A grandiosidade dessa logística, que envolve outros serviços, equipes de outras unidades, dezenas de profissionais do hospital onde o procedimento é feito, e algumas vezes até dois helicópteros, como na sexta e mais recente múltipla captação de órgãos que ocorreu no HRVJ, no último dia nove de setembro, desperta a atenção da população, reação que, na opinião de Samuel Araújo, ajuda a conscientizar as pessoas.

“Antes, esse assunto era distante da realidade do interior, e agora estamos vivendo essa realidade. É bom que as famílias vejam isso e entendam a importância dessa decisão”, pontua.

Fonte: Governo do Estado do Ceará