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Uespi desenvolve projeto de tecnologias sustentáveis em comunidade de Picos
O Agrotech Mucambo, desenvolvido no Campus Professor Barros Araújo (Picos), é um dos projetos selecionados pelo Uespitech II, programa que financia iniciativas de inovação alinhadas ao Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável- Plano Piauí 2050. Com apoio de até R$ 25 mil para cada uma das 20 propostas aprovadas, o programa fortalece a pesquisa aplicada na universidade, incentivando soluções nas áreas de educação, saúde, energias renováveis, tecnologia, turismo e práticas pedagógicas inovadoras.
Segundo o pró-reitor Rauirys Alencar, o Uespitech II reforça o papel da Uespi como agente de transformação regional ao aproximar ciência, tecnologia e demandas locais, posicionando a universidade como polo de inovação no Piauí. Além do financiamento, o edital oferece bolsas de produtividade em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), fortalecendo a formação de pesquisadores e estudantes de pós-graduação.
O Agrotech Mucambo propõe soluções tecnológicas para o uso racional da água e otimização da produção agrícola na comunidade Chapada do Mocambo, no semiárido. A iniciativa envolve alunos e professores do curso de Engenharia Agronômica, beneficiando principalmente mulheres agricultoras, em uma região com acesso limitado a tecnologias sustentáveis.
Tecnologia e energia sustentável transformando o cotidiano das agricultoras
O Agrotech Mucambo, coordenado pelo professor Wagner Rogério Leocádio Soares Pessoa, do curso de Engenharia Agronômica, foi criado para atender às necessidades da comunidade Chapada do Mocambo. O projeto busca reduzir o esforço físico das agricultoras e tornar o manejo da água mais eficiente, combinando tecnologias ambientais, energia renovável e práticas agrícolas autossuficientes. “O diferencial está na integração de fontes limpas e renováveis para aumentar a produção e garantir alimentos durante o ano todo, facilitando o trabalho das mulheres rurais”, disse.
O projeto já foi aprovado e financiado, mas ainda não começou na prática. Os recursos foram liberados em setembro, mas a execução depende da chegada dos materiais e da organização da equipe. A próxima etapa inclui aplicar questionários com as agricultoras para acompanhar as mudanças antes e depois da instalação dos sistemas, uma ferramenta chave para avaliar o impacto do projeto.
Além do financiamento dos projetos, o edital oferece bolsas de produtividade em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, viabilizadas em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi). Essa iniciativa fortalece a formação de pesquisadores e incentiva estudantes de pós-graduação, consolidando a cadeia científica da universidade.

A estudante Carolina Santos, de Engenharia Agronômica, destaca que participar de um projeto que une tecnologia, sustentabilidade e impacto social amplia sua visão profissional. Para ela, vivenciar essa iniciativa transforma a percepção sobre o papel da universidade. Carolina ressalta o prazer de contribuir para um manejo agrícola melhorado, além de valorizar o aprendizado e a convivência oferecidos. “É um projeto que vamos começar a desenvolver e acompanhar os professores, mas com certeza será muito enriquecedor para nós”, ressaltou.

A estudante Luana Soares Silva reforça essa percepção ao destacar que participar do projeto representa uma oportunidade de compreender como tecnologias e práticas sustentáveis podem impactar diretamente o cotidiano rural. “Está sendo uma experiência muito enriquecedora. Eu sempre ouvi falar sobre inovação e tecnologia, mas viver isso especialmente voltado ao campo é algo totalmente diferente”, disse.

Ao desenvolver soluções tecnológicas para o uso racional da água e focar em uma comunidade, composta principalmente por mulheres agricultoras, o projeto oferece caminhos para o desenvolvimento sustentável do semiárido do Piauí, alinhado às metas do Piauí 2050.
