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Sertão paraibano vive novo ciclo de desenvolvimento com avanço do Complexo Científico do Estado
No Sertão paraibano, um novo capítulo começa a ganhar forma com o avanço do Complexo Científico do Sertão. A iniciativa já movimenta obras, pesquisas e parcerias que integram comunidades, universidades e instituições internacionais em torno de um propósito comum: interiorizar a ciência e fazer dela um motor de desenvolvimento para a região. Dos progressos estruturais do Radiotelescópio BINGO à construção da Cidade da Astronomia, passando pela renovação do Vale dos Dinossauros e pela implantação do Museu de Arqueologia de Cajazeiras, o projeto consolida uma política pública inovadora que já recebeu mais de R$ 75,8 milhões em investimentos.
Para o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Claudio Furtado, o Complexo Científico do Sertão simboliza uma escolha estratégica do Governo da Paraíba. “Este projeto expressa a visão do governador João Azevêdo de que a ciência deve estar no centro do desenvolvimento do Estado. Ao reunir infraestrutura de ponta, formação de pesquisadores, cooperação internacional e ações de popularização científica, estamos criando as bases para um Sertão que produz conhecimento, atrai talentos e gera novas oportunidades para a população. É uma política pública que olha para o futuro e faz da Paraíba um território de inovação.”
Desde que foi anunciado, em 2024, o Complexo Científico do Sertão tem avançado significativamente na construção e execução dos projetos relacionados. O projeto BINGO, por exemplo, já teve toda a preparação do terreno, construção dos platôs e fabricação das estruturas metálicas e envio delas pelo 54º Instituto de Pesquisa do Grupo de Tecnologia Eletrônica da China (CETC54), na China, concluídas.
O coordenador-geral do Radiotelescópio BINGO, Elcio Abdalla, destacou o papel coletivo da iniciativa e o apoio institucional recebido. “A ciência é uma herança comum da humanidade, um legado que atravessa fronteiras e transforma vidas. O que estamos construindo aqui na Paraíba vai muito além de um projeto científico: é um empreendimento social, educacional e tecnológico que só existe graças ao esforço de uma comunidade inteira”, afirmou, ressaltando o compromisso do Governo do Estado e das universidades na consolidação do radiotelescópio e na formação de uma nova cultura científica no Sertão.
Ainda em relação ao radiotelescópio, as fases em andamento agora são as fundações em concreto, a produção em escala dos receptores pelo Observatório Astronômico Nacional da Academia Chinesa de Ciências (NAOC), em Beijing, e a instalação de infraestrutura de comunicação e processamento. Sendo estas seguidas pela montagem do radiotelescópio no sítio, a instalação dos sistemas de processamento digital e finalizando com o comissionamento e testes científicos.
Em julho deste ano, o governador João Azevêdo assinou a ordem de serviço que autorizou a execução da obra da Cidade da Astronomia, que prevê um investimento de R$ 24 mi. Desde então, o projeto está em fase de construção, representando um importante investimento do Governo do Estado da Paraíba no fomento ao turismo científico e na valorização do sertão paraibano como polo de conhecimento.
O coordenador do Projeto da Cidade da Astronomia, Jamilton Rodrigues, explicou que a instalação da infraestrutura tecnológica da Cidade da Astronomia “disponibilizará equipamentos de observação e experimentação que permitem transpor a teoria dos livros para a prática, tornando a ciência tangível e compreensível para a população. Esses recursos atuam como base para uma estruturação científica e de inovação mais robusta na região. A presença desses equipamentos fomenta o interesse pelo conhecimento e gera um ciclo de desenvolvimento: a Paraíba não apenas atrai o turismo científico, mas investe na formação de capital humano qualificado, preparando uma geração apta a atuar na astronomia e nos demais equipamentos do Complexo Científico do Sertão”.
As ações no Monumento Natural Vale dos Dinossauros, que contemplam o Projeto de Pesquisa e Preservação do Patrimônio Geopaleontológico e Arqueológico da Bacia do Rio do Peixe-PB, estão sendo implementadas. Na região, as etapas em andamento envolvem os processos de desapropriação do Serrote do Letreiro e do leito do Rio do Peixe, além da articulação de parcerias com Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) para cursos, a requalificação do Museu Científico Vale dos Dinossauros e a estruturação de projetos de pesquisa na área.
A expectativa é de que, com todas as etapas previstas concluídas, a região do Vale do Rio do Peixe possa ser formalizada na candidatura a Geoparque Mundial da UNESCO, posicionando a Paraíba ao lado do Geoparque do Araripe, no Ceará, e do Geoparque do Seridó, no Rio Grande do Norte.
O equipamento que encerra o tour científico do Sertão, o Museu de Arqueologia em Cajazeiras, encontra-se em fase de contratação para execução das obras e implantação.
O Complexo Científico do Sertão é uma política pública pioneira, que transformará o Sertão paraibano em referência nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação. É uma iniciativa que reafirma o compromisso do Governo do Estado, por meio da Secties, em garantir o letramento científico e a popularização da ciência.
