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Saúde implanta Semana Protegida nos hospitais estaduais
Hugo é uma das unidades referência que integram a estratégia Semana Protegida (Foto: SES)
A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) implementa um sistema de rodízio entre os quatro maiores hospitais estaduais de urgências, dentro da estratégia denominada Semana Protegida. O objetivo é garantir tolerância zero à superlotação, reorganizando fluxos assistenciais e otimizando a utilização de leitos.
A proposta de funcionar com um rodízio é que cada unidade tenha, durante uma semana, uma pausa nos atendimentos encaminhados pela Central de Regulação Estadual, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros, concentrando-se na realização de cirurgias eletivas e na resolução de demandas internas.
As unidades de emergência são em Goiânia (2), Anápolis (1) e Aparecida de Goiânia (1):
- Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) e
- Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia;
- Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana), em Anápolis; e
- Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa), em Aparecida de Goiânia.
De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, a medida vem apresentando resultados concretos. A iniciativa surgiu a partir do trabalho realizado no Hugo, com realização de reuniões diárias entre a SES-GO e a equipe hospitalar.
A estratégia para a reorganização dos processos de trabalho garante maior eficiência na assistência e resolutividade na rede estadual de saúde. A unidade completa mais de 20 dias sem pacientes em corredores.
“Os hospitais também ficam doentes nos seus fluxos e processos, e a superlotação é o sintoma dessa doença. O rodízio é o tratamento que encontramos para dar um respiro a cada unidade, permitindo que elas operem com qualidade e segurança”, destacou o secretário Rasível Santos.
Semana Protegida
A ação se estendeu para as outras três unidades estaduais e já mostra avanços expressivos. Na semana de 3 a 9 de novembro, em que o Hugol foi a unidade protegida, foram realizadas 63 cirurgias eletivas e 368 cirurgias de urgência e emergência. Houve redução de ocupação de leitos e ausência de pacientes em corredores.
“Estamos trabalhando para que nenhum hospital volte a ter pacientes nos corredores. Cada pausa representa um passo na reorganização da rede e na ampliação da capacidade de atendimento à população”, afirma o secretário.
Ele explicou ainda que nenhuma unidade deixará de atender as especialidades consideradas referência durante a semana protegida, como é o caso do Hugol, que atende pacientes com queimaduras.
“As cirurgias em geral, neurocirurgia adulto, vascular e bucomaxilofacial são serviços ofertados em comum nas quatro unidades. Então, conseguimos desviar o fluxo em uma semana, por exemplo, para proteger um desses hospitais e assim resolver aquela demanda interna, liberando leitos e abrindo a possibilidade para outros pacientes”, pontuou.
A avaliação da gravidade de cada caso é realizada pela Central de Regulação Estadual, Samu e Corpo de Bombeiros, que definem para qual unidade o paciente é encaminhado, considerando as referências de cada uma.
Os resultados aguardados são a melhoria da integração entre as unidades hospitalares, com redução da superlotação e do tempo de espera, além da eficiência na gestão de leitos, com atendimento mais ágil, organizado e seguro para a população.