Reeducandos fabricam por dia 19 mil pães para as penitenciárias das regiões metropolitanas de JP e CG

Um dos projetos pioneiros de reinserção social de pessoas em privação de liberdade na Paraíba é a fabricação de pães. A padaria instalada na Penitenciária de Segurança Média “Jurista Hitler Cantalice”, em João Pessoa, existe desde 1978, um ano após a inauguração daquela unidade prisional no governo Ivan Bichara Sobreira.

A padaria produz diariamente 13 mil pães e abastece as unidades prisionais da região metropolitana de João Pessoa. Hoje, 10 reeducandos trabalham na produção do alimento. Um dos parceiros é o Tribunal de Justiça da Paraíba através da Vara de Execução Penal (VEP).

Na padaria da Penitenciária Raimundo Asfora (Serrotão) em Campina Grande, são produzidos cerca de seis mil pães por dia, destinados à própria unidade e as demais penitenciárias da cidade: Padrão, Penitenciária Feminina e o Presídio Monte Santo.

O secretário da Administração Penitenciária da Paraíba, João Alves, destaca a importância das padarias em contribuir com o cardápio das refeições diárias nas prisões, porém, ressalta que “Além da fabricação de pães, o sistema prisional ao longo dos anos tem formado padeiros para o mercado de panificação. Alguns reeducandos montam seu próprio negócio após cumprimento da pena e a maioria quando ganha a liberdade consegue emprego nas panificadoras. Também temos ofertado com instituições parceiras cursos de confeitaria, padeiro, e assim formamos mão de obra qualificada específica para esse ramo do mercado”.

Segundo o diretor da Penitenciária Raimundo Asfora, policial penal Leni Sucupira, o objetivo principal dos projetos de ressocialização é de fato capacitar reeducandos e dessa forma contribuir com a redução da reincidência criminal.

Ascom/Seap-PB

Texto: Josélio Carneiro de Araújo

Imagens: Alberi Pontes, Josélio Carneiro e acervo Seap-PB