Compartilhar

Quarto LIRAa de 2025 revela índice de 0,60 % de infestação do mosquito Aedes aegypti

Publicado em: 11/12/2025 17:01

O LIRAa é um método de amostragem realizado em todos os municípios brasileiros – Edu Kapps/SMS

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou a quarta edição do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. A ação visa produzir informações sobre o vetor das arboviroses pela identificação, coleta e análise de larvas e pupas de Aedes aegypti. Durante a primeira semana de novembro, mais de 1,3 mil agentes de vigilância em saúde vistoriaram 100 mil imóveis para coletar as amostras, que foram enviadas para o laboratório de entomologia. Foi registrado um índice de infestação predial (IIP) de 0,60%, considerado satisfatório na escala da pesquisa. A marca é consequência da adesão da sociedade às medidas de prevenção, por isso é fundamental manter os cuidados contra a doença, principalmente com o início do período de chuvas e calor.

O LIRAa é um método de amostragem realizado em todos os municípios brasileiros. É uma importante ferramenta para mapear as regiões da cidade onde o Aedes aegypti está presente, contribuindo para a adoção de estratégias para controle do vetor. O município do Rio é dividido em estratos com 8,2 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes e, em cada um desses recortes, 20% dos imóveis são visitados pelos agentes de vigilância ambiental, para verificar se existem focos de larvas do mosquito e quais os tipos de depósitos mais usados pelo Aedes aegypti para reprodução.

Ao todo, 104.506 imóveis passaram por inspeção em toda a cidade. Dos 248 estratos trabalhados, mais da metade (191) estavam com o IIP “satisfatório” (menor que 1%); 55 na faixa de “alerta” (de 1% a 3,9% ); e apenas dois na classificação de “risco” (infestação acima de 3,9%). Apenas três áreas da cidade, localizadas na Zona Oeste, apresentaram situação de alto risco.

– Realizamos o LIRAa quatro vezes ao ano para entender como está a infestação do Aedes aegypti na cidade. Esse levantamento nos ajuda a identificar as áreas mais afetadas e os criadouros mais frequentes, permitindo planejar ações de controle com mais precisão. Assim, conseguimos orientar melhor a população e indicar onde há maior risco por conta de água parada, que favorece a reprodução do mosquito – disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Mais de um terço dos criadouros fica dentro de casa

Segundo o levantamento, 31,6% dos criadouros do vetor foram encontrados em depósitos móveis comuns no ambiente de casa, como vasos/frascos com plantas, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósitos de construções e objetos religiosos. Nesse caso, a orientação é realizar a limpeza semanal com bucha ou esponja esfregando as paredes do recipiente pelo menos uma vez por semana. O segundo tipo de depósito mais frequente (25,2%) foram os fixos, entre eles os ralos, calhas, piscinas não tratadas e tanques em desuso, que também devem ser limpos semanalmente, vedados ou cobertos com tela.

Este ano, até o dia 22 de novembro, foram feitas 10.889.921 visitas a imóveis para prevenção e controle do Aedes aegypti e 1.514.424 recipientes que poderiam servir de criadouros de mosquitos foram tratados ou eliminados. Em 2024, foram realizadas 11,6 milhões de vistorias em imóveis para controle e prevenção de possíveis focos do mosquito, com eliminação ou tratamento de mais de 1,8 milhão de recipientes.

A SMS também realiza ações educativas e de mobilização social para orientar a população sobre as medidas para a prevenção de arboviroses urbanas, reforçando a responsabilidade sanitária individual e coletiva. Quando necessário, a população pode fazer pedidos de vistoria ou denunciar possíveis focos do mosquito pela Central 1746 de atendimento ao cidadão da Prefeitura, pelo telefone ou site.

Categoria:

  • 11 de dezembro de 2025
  • Fonte: Agência de Notícias do Estado do RJ

    Faça um comentário