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Projeto fomenta a implementação de escolas restaurativas em Ijuí
Um projeto lançado na última segunda-feira (10/11), no Auditório da Promotoria de Justiça de Ijuí, visa fomentar a implementação de cinco escolas restaurativas no Município (três municipais e duas estaduais). Denominada “Formigar-se”, a iniciativa propõe ações e estratégias baseadas em princípios, valores e ferramentas da Justiça Restaurativa (JR) para o fortalecimento da cultura da paz no ambiente escolar, da prevenção da violência, da gestão de conflitos e da promoção dos direitos humanos.
O cronograma previsto será desenvolvido nos anos de 2026 e 2027. Para o primeiro semestre de 2026, são previstas ações de sensibilização junto à comunidade escolar dos cinco educandários participantes. Entre julho de 2026 e junho de 2027, ocorrerá a formação de parte dos professores, dos funcionários e das equipes diretivas como facilitadores em Práticas Restaurativas. Também serão realizadas ações de capacitação de todo o corpo docente das escolas parceiras.
Proposto pelo Conselho de Gestão da Justiça Restaurativa do Município de Ijuí e pela Promotoria de Justiça Especializada da Comarca, o Formigar-se tem como parceiros o Juizado da Infância e Juventude (JIJ) de Ijuí, a Secretaria Municipal de Educação, a 36ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e a Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS (Unijuí).
As escolas participantes do Projeto Formigar-se são as municipais de ensino fundamental Deolinda Barulfadi, Anita Garibaldi e Ruy Ramos e as estaduais Otávio Caruso Brochado da Rosa (de ensino médio) e Boa Vista (de ensino fundamental).
CONSTRUINDO A CULTURA DA PAZ NA ESCOLA
A introdução da Justiça Restaurativa no âmbito escolar em Ijuí foi impulsionada pelo projeto-piloto “Construindo a Cultura da Paz na Escola”, desenvolvido desde 2019 sob a liderança da promotora de Justiça Marlise Cordenonsi Bortoluzi, titular da Promotoria Especializada de Ijuí. Por meio da iniciativa – que também conta com a parceria do Município, da 36ª CRE, do JIJ e da Unijuí – o Ministério Público vem mobilizando a Secretaria Municipal e a Coordenadoria Regional de Educação a disseminarem diversas práticas de JR junto às escolas públicas, bem como a promoverem a reflexão a respeito da importância de uma transformação cultural no ambiente escolar, com foco na prevenção e na resolução de conflitos por meio do diálogo e da não violência.
“Nosso projeto piloto vem obtendo resultados visíveis no dia a dia escolar, que se refletem nas demandas da área da Infância e Juventude. Percebemos, nas reuniões periódicas da Rede de Proteção, que as escolas têm conseguido solucionar internamente grande parte dos problemas de convivência e relacionamento. Além disso, de 2019 para 2025, reduziu significativamente o número de atos infracionais relativos a conflitos entre estudantes”, relata a promotora Marlise.