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Reitor da USP fala sobre as medidas de combate à violência sexual adotadas pela instituição


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Parlamentares da CPI da Violência Sexual Contra Estudantes de Ensino Superior ouviram, na manhã desta quinta-feira (10/9), Vahan Agopyan, reitor da Universidade de São Paulo, Arminda Arruda, coordenadora do Escritório USP Mulheres, e José Antônio Visintin, superintendente de Segurança da instituição. O encontro, realizado em ambiente virtual, foi presidido pela deputada Dra. Damaris Moura (PSDB).

Foram discutidas as ações adotadas pela instituição para combater casos de violência sexual, como a instalação de câmeras de segurança, o treinamento da guarda universitária e a criação de um departamento para tratar do assunto. Também foi abordada a parceria entre a USP e as policias Civil e Militar, além da criação de um botão de alerta no aplicativo App Campos USP para que vítimas de agressão consigam pedir ajuda e denunciar abusos.

Ao falar, Vahan Agopyan disse que, embora a questão de gênero esteja avançando há um século, ainda não foi alcançado um patamar desejado. “A USP se preocupa com a violência contra as mulheres e tem tomado medidas fortes a respeito do assunto, porque, como é uma questão cultural muito forte, dentro da academia esse problema também persiste”, afirmou.

Em 2016, foi criado o Escritório USP Mulheres com o objetivo de propor e implementar projetos voltados à igualdade de gênero na universidade. Para desenvolver um trabalho amplo, o órgão firmou parcerias internas, com departamentos da própria USP e externos, com entidades públicas como o Conselho Nacional de Justiça, a Universidade Estadual Paulista e o Ministério Público de São Paulo.

Desigualdade de gênero e violência

Para a responsável pelo escritório, Arminda Arruda, é preciso conhecer bem o problema da violência sexual e entender particularidades dos alunos e professores para se buscar uma solução. “Sem transformar diversos valores, ligados à desigualdade de gênero, dificilmente conseguiremos tratar o problema da violência sexual no ambiente acadêmico”, disse.

A deputada Professora Bebel (PT) argumentou que, a seu ver, “quando há debate sobre violência, em especial nos casos que envolvem a questão humanitária, é preciso atacar o que é estrutural para que haja algum tipo de mudança. Mas isso leva muitos anos, porque acontece por meio da persuasão, e não da coerção”.

Ao final da oitiva, a deputada Valeria Bolsonaro (PSL) afirmou que “o que a universidade tem feito pelas mulheres, é importante. No entanto, é necessário monitorar também a subnotificação de casos de violência e a realização de festas universitárias onde há consumo de drogas e álcool, porque são ocasiões que ocorrem agressões entre os estudantes”.

O próximo encontro da CPI da Violência Sexual Contra Estudantes de Ensino Superior deve acontecer no dia 17/9, às 10h. Além dos já citados, participaram da reunião a deputada Marina Helou e os deputados Arthur do Val e Tenente Nascimento.

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