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Campanha apresenta Luziânia


A campanha “Isso é Goiás”, desenvolvida nas redes sociais da Assembleia Legislativa, apresenta, esta semana, uma história de mais de dois séculos, iniciada no período da exploração das minas de ouro, passando pela construção da nova Capital Federal e alcançando a condição de 8ª economia de Goiás. Estamos falando de Luziânia, a quinta maior cidade goiana e a mais importante da região do Entorno do Distrito Federal.

Como muitas cidades do interior do Brasil, Luziânia tem origem no século XVIII, período em que homens e tropas enfrentavam os sertões brasileiros, em busca de ouro. Segundo alguns registros, o grupo liderado pelo paulista Antônio Bueno de Azevedo foi o primeiro a encontrar o Rio Vermelho e as inúmeras minas do precioso metal. Ali, os homens se fixaram e construíram as primeiras casas, erguendo, também, uma cruz dedicada à devoção de Santa Luzia.

Com o tempo, o ouro acabou, mas ainda havia muitas riquezas na região, como a fertilidade do solo. A pequena Santa Luzia, apesar de ser elevada à condição de município em 1833, ainda no início da segunda metade do século passado, era uma pacata e simples cidadezinha do interior de um estado igualmente sem muito peso no cenário nacional. Situação que viria a mudar, radicalmente em 1960, com a transferência da Capital Federal, para um sítio a 55 quilômetros dali.

A construção de Brasília e das BRs 040 e 050, que dão acesso ao Distrito Federal, transformaram a antiga Santa Luzia, já rebatizada de Luziânia, desde 1943, e todo o entorno da região. A transferência da capital trouxe um surto de desenvolvimento, incluindo o município no ranking dos mais ricos e populosos de Goiás.

Para o rápido crescimento populacional, concorreu a legislação do uso do solo do Distrito Federal, que definiu, previamente, as áreas para expansão urbana, além da especulação imobiliária, que obrigou parte dos habitantes da nova Capital a procurar alternativas de moradia em locais mais distantes.

Juscelino Kubistchek, o artífice da mudança da Capital do litoral para o centro do País, deixou, ainda, uma outra valiosa herança para o município: a Fazendinha JK, uma propriedade rural, que foi a última residência do ex-presidente. O site da fazenda, que tem a sede com o projeto original preservado, conta que em um voo para Brasília, já no período da ditadura militar, a aeronave em que JK estava não recebeu permissão para aterrissar no aeroporto da Capital Federal. Como o avião apresentava pane no motor, foi autorizado a descer em Luziânia. Ao chegar ao município, decepcionado por não poder visitar a cidade por ele construída, Juscelino pediu que fosse levado a algum lugar que pudesse avistar de longe a sua “criação”. Ele, então, foi levado à rodovia Braluz, onde pôde contemplar as luzes de Brasília.

Nesse dia, ele teria se decidido a comprar uma propriedade nas imediações. Depois da morte de JK, a viúva Sarah Kubistchek vendeu a área para o atual proprietário, que fez uma espécie de museu aberto à visitação. A fazenda conserva relíquias e um patrimônio histórico, como uma casa e uma capela projetadas por Oscar Niemeyer.

Além da Fazendinha JK, a Igreja Nossa Senhora do Rosário é outro ponto do turismo histórico. A igreja foi edificada no ano de 1769 para que os negros, cuja população era grande na vila, pudessem frequentá-la, já que o primeiro templo religioso construído, a Igreja Matriz, só podia ter a presença de brancos. Em 1980, a Igreja foi tombada como Patrimônio Histórico e Artístico e em 2010, passou pela última restauração. O templo guarda, ainda, imagens de madeira da época da construção e sinos de bronze.

Como estamos em Goiás, Luziânia também reserva belezas naturais dignas de serem visitadas, como as cascatas da Colônia, a cachoeira das Três Vendas, os morros Canastra e Canastrinha e o ribeirão Santa Maria. E tem, ainda, o lago da Usina de Corumbá, que é artificial, mas perfeito para quem quer praticar esportes náuticos.

Na próxima semana tem mais: a campanha “Isso é Goiás” viaja ao Norte do estado para mostrar as belezas de Niquelândia. Não se esqueça: todos os domingos tem publicação nova no Twitter, no Facebook e no Instagram da Assembleia Legislativa. 

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