O Grupo Ressocializando com Arte, formado por reeducandos da Penitenciária Regional de Oeiras, será contemplado pela Lei Aldir Blanc (Lei Federal n°14.017/2020), que destina ações emergenciais ao setor cultural, durante o estado de calamidade pública em razão da pandemia do novo coronavírus. A seleção ocorreu através do edital disponibilizado pela Secretaria Municipal da Cultura e Conselho Municipal de Cultura de Oeiras. Será destinado o incentivo no valor de R$6 mil.
De acordo com o gerente da unidade penal de Oeiras, Carlos Eduardo, o grupo é formado por 30 reeducandos, que participam de cursos de artesanatos e microempreendedorismo. O recurso será utilizado para manutenção do espaço e compra de materiais para a confecção de peças.
“A participação do grupo de Artesanato da Penitenciária Regional de Oeiras neste projeto é de grande importância, ao passo que reafirmamos nosso compromisso, disposição e responsabilidade com o trabalho de ressocialização voltado a cada reeducando. Pois, o que todos nós esperamos, inclusive o Estado, é que eles retornem ao convívio da sociedade e tenham oportunidade em se inserirem no mercado de trabalho, aumentando a renda e oportunizando melhorias na qualidade de vida para si e para a família. Abandonando, assim, o mundo do crime, e, consequentemente, não retornando para o sistema prisional”, disse.
O Secretário de Justiça, Carlos Edilson, ressalta que ações que promovem o trabalho e a educação reeducandos são um dos pilares da atual gestão. “O nosso compromisso é ofertar possibilidades de reinserção social aos nossos internos, através do trabalho e da educação. Acreditamos que gerando oportunidades para que adquiram conhecimento, possam aprendam um ofício e utilizar quando saírem do sistema”, afirma o secretário.
Transformação por meio do trabalho
Garantir o trabalho e capacitação nas unidades penais tem gerado resultados positivos. Além do grupo de artesanato, a unidade penal também oferece cursos voltados para outras áreas de trabalho.
“O processo de ressocialização é um processo possível e necessário. Neste sentido, também oportunizamos, na penitenciária, que eles aprendem outros ofícios. Já oferecemos cursos de panificação, confeitaria, cabeleireiro profissional e marcenaria, para que eles saiam com habilidades que irão trazer melhorias para eles e para a nossa sociedade”, finalizou Carlos Eduardo, gerente da unidade penal de Oeiras.