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Audiência discutirá Plano de Intervenção Urbana de Santa Maria

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Os estudos sobre o Plano de Intervenção Urbana (Piu) de Santa Maria serão apresentados à população em uma audiência pública marcada para o dia 17 de outubro, às 19h, no auditório do Galpão Cultural de Múltiplas Funções, localizado na Quadra Central 01, Conjunto H. A convocação para o evento foi publicada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de segunda-feira (16).

O objetivo da audiência é mostrar aos moradores de Santa Maria as propostas elaboradas pela equipe técnica da Seduh para trazer melhorias aos espaços públicos da região administrativa. Entre elas estão a requalificação da Avenida Alagados – principal via de Santa Maria, a qualificação das áreas públicas e vias entre as quadras residenciais, e a dinamização da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) para permitir o desenvolvimento econômico local.

Audiência pública vai discutir propostas elaboradas pela equipe técnica da Seduh para espaços públicos de Santa Maria | Foto: Divulgação/Seduh-DF

Para o administrador regional de Santa Maria, Josiel França, o planejamento urbano é essencial para construir espaços que mitiguem os problemas causados pela urbanização, como poluição, congestionamentos, impactos ecológicos e vazios urbanos. “Santa Maria vem crescendo muito em todos os aspectos, então essa audiência será muito importante para discutir o futuro da nossa comunidade”, declarou.

O evento também será uma oportunidade para apresentar a minuta do Projeto de Lei Complementar que propõe alterações à Lei Complementar nº 948/2019, que trata da Luos, acrescentando algumas das mudanças propostas no Piu de Santa Maria.

A formulação do plano contou com sugestões da equipe da Administração Regional de Santa Maria e com uma consulta pública aberta pela Seduh para receber contribuições da população.

Todas as informações necessárias para subsidiar o debate na audiência estão disponíveis no site da Seduh, na seção de Audiências Públicas. Sugestões, contribuições e questionamentos deverão ser enviados exclusivamente para o e-mail sudec@seduh.df.gov.br até a data da audiência pública. O encontro será transmitido pelo YouTube, no canal Conexão Seduh.

Depois da audiência pública, o projeto ainda precisará passar pela deliberação do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano (Conplan). Essa será a última etapa no Poder Executivo antes de o texto ser enviado para análise da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Serviço

Audiência pública sobre o Plano de Intervenção Urbana de Santa Maria

Data: 17 de outubro
Horário: 19h
Local: Auditório do Galpão Cultural de Múltiplas Funções
Transmissão: pelo YouTube, no canal Conexão Seduh.

*Com informações da Seduh-DF

 

Fonte: Agência Brasília

Mercado livre de energia: Copel orienta empresas sobre como economizar até 35% na fatura

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Empresários de Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu participarão na próxima semana de uma série de eventos gratuitos organizados pela Copel para orientações sobre como funciona o mercado livre de energia e como economizar até 35% na conta de luz. O seminário “Mercado Livre de Energia: Perspectivas, Benefícios e Economia para Crescer” vai tirar dúvidas dos empresários que têm interesse em migrar para esse modelo de compra de energia.

O evento acontece nos dias 24 de setembro, em Londrina; 25 em Maringá; 26 em Cascavel e 27 em Foz do Iguaçu. As inscrições podem ser feitas AQUI.

“É um encontro que vai ajudar o setor produtivo a reduzir custos com energia”, explica Rodolfo Lima, diretor-geral da Copel Mercado Livre, subsidiária do grupo Copel que atual nessa modalidade. Ele vai liderar a equipe no evento. “Vamos apresentar informações mais amplas, sobre os cenários do setor elétrico, seus desafios e, especialmente, as oportunidades que a abertura de mercado proporciona aos consumidores, que podem economizar até 35% nos gastos com energia”, acrescenta.

ECONOMIA E LIBERDADE – O mercado livre de energia é um ambiente em que vendedores e compradores podem negociar energia elétrica e têm liberdade para acordar preço, quantidade a ser adquirida, período de fornecimento e condições de pagamento. Esse sistema se diferencia do mercado tradicional cativo, pelo qual a maioria dos clientes compra energia das distribuidoras.

No mercado livre, os consumidores podem escolher de quem vão comprar, o que torna o mercado mais diversificado e competitivo. A modalidade leva a uma redução de preços e permite que os clientes possam planejar seus gastos com energia e se proteger de oscilações no custo deste insumo.

“Estamos em um momento de bandeira vermelha, que indica que os reservatórios das hidrelétricas estão baixos e o custo da energia está mais elevado em todo o país. Quem participa do mercado livre é menos afetado ou pode até não ser afetado por essa variação, dependendo do produto escolhido”, alerta Lima.

BENEFÍCIO A PEQUENAS E MÉDIAS – Em janeiro de 2024, uma mudança nas regras do setor elétrico autorizou todas as empresas que pertencem ao chamado grupo A de consumo e são atendidas em média e alta tensão a participarem do mercado livre de energia. Na prática, essa mudança beneficiou pequenas e médias empresas, como panificadoras, farmácias, postos de gasolina, pequenas indústrias, estabelecimentos agrícolas e outros centros comerciais.

Para verificar se a empresa integra o grupo A, o consumidor pode procurar a informação na conta de luz. No Paraná, as novas regras beneficiaram diretamente 12,8 mil unidades consumidoras. No Brasil, o número chega a 165 mil.

Serviço:

Seminários da Copel

Inscrições para o evento neste link

Londrina

24/09 (terça-feira)

8h30 às 11h

Hotel Crystal Palace – Rua Quintino Bocaiúva, 15

Maringá

25/09 (quarta-feira)

8h30 às 11h

Metrópole Hotel – Avenida XV de Novembro, 470 – Zona 01

Cascavel

26/09 (quinta-feira)

8h30 às 11h

Hotel Maestro Premium – Rua Marechal Cândido Rondon, 2102

Foz do Iguaçu

27/09 (sexta-feira)

17h às 20h30

IHGT- Al. Cecília Meireles, 637 B

Fonte: Agência Estadual de Notícias

Força Nacional combaterá incêndios florestais em seis estados

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou, nesta quarta-feira (18) o uso da Força Nacional de Segurança Pública em municípios dos estados do Amazonas, do Pará, de Rondônia, do Mato Grosso, de Roraima e do Acre para atuar no combate a incêndios florestais, por 90 dias.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O texto explica que os profissionais da Força Nacional vão trabalhar em articulação com os órgãos de segurança pública e defesa social destes seis estados e da União, bem como com os órgãos e entidades públicas responsáveis pela proteção do meio ambiente, nestas localidades.

Especificamente, os efetivos de polícia judiciária e de polícia técnico-científica da Força Nacional de Segurança Pública atuarão em apoio às polícias civis dos estados e à Polícia Federal na investigação e combate das causas de surgimento de incêndios por ação humana.

Os municípios que contarão com o emprego da Força Nacional são:

· Amazonas: Apuí, Boca do Acre, Humaitá, Lábrea, Manicoré e Novo Aripuanã;

· Pará: Altamira, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu;

· Rondônia: Candeias do Jamari, Nova Mamoré e Porto Velho;

· Mato Grosso: Aripuanã, Colniza e Nova Maringá;

· Roraima: Caracaraí; 

· Acre: Feijó.

A quantidade de agentes ainda será definida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Fonte: Agência Brasil

Beneficiários do Ceará Sem Fome concluem cursos promovidos no âmbito do eixo +Qualificação e Renda

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Ascom Gabinete da Primeira-Dama – Texto e Fotos

O Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Proteção Social, realizou as entregas de certificados para pessoas capacitadas em diversas áreas, nesta terça-feira (17). No geral, serão 96 formados nesta primeira etapa de certificação, que ocorreu no ABC do Conjunto Palmeiras, em Fortaleza. Entre esse público estão beneficiários do Ceará Sem Fome, selecionados a partir das ações executadas no âmbito do eixo +Qualificação e Renda. Na ocasião, também foram entregues kits para que parte do público já ponha em prática o que aprendeu nas qualificações.

As capacitações foram realizadas pelos programas Criando Oportunidades e Primeiro Passo da Secretaria da Proteção Social. Foram cursos de cabeleireiro/barbeiro, repositor de mercadorias e operador de caixa. Do número total, 59 são atendidos atualmente por alguma frente do Ceará Sem Fome, sendo estas, o cartão no valor de R$ 300 todos os meses e as 1.300 cozinhas espalhadas por todo o Estado.

O assessor especial do Gabinete da Primeira-Dama, Cícero Cavalcante, ressaltou que o objetivo do Ceará Sem Fome é tirar as pessoas da situação de vulnerabilidade, iniciando com as ações emergenciais, mas seguindo até a parte de qualificação e renda das pessoas.

“O Ceará Sem Fome não é só entregar um cartão ou uma quentinha. A partir dessas ações, a gente conseguiu levar uma política pública que dá oportunidade às pessoas de saírem dessa condição de beneficiário, de qualquer que seja o programa. Porque o mais importante em qualquer política de governo é fazer com que as pessoas construam sua autonomia, que as pessoas possam ganhar o seu sustento, o pão de cada dia com o suor do seu rosto”, disse.

Um dos concludentes foi o jovem Davi Gabriel Dias, de 18 anos, que é beneficiário de uma Cozinha Ceará Sem Fome do bairro Bom Jardim, em Fortaleza. Ele concluiu o curso de operador de caixa e comentou sobre as expectativas: “Eu espero o curso abra muitas portas para mim e eu espero que isso aconteça porque eu quero entrar em uma faculdade futuramente. E esse curso pode me ajudar bastante, porque nele eu descobri muita coisa que um operador de caixa pode fazer. Aprendi tanto de economia, quanto de como se portar no local de trabalho”, declara.

O jovem também comentou que inicialmente hesitou em fazer o curso, mas que decidiu dar uma chance e se surpreendeu. “Quando me ofereceram lá na cozinha, eu admito que eu não dei muita importância, mas eu decidi dar uma chance e foi bem mais do que eu esperava. Então, uma dica que eu dou é que toda oportunidade que aparecer, as pessoas aceitem”, revelou.

A fala de Gabriel reforçou o trabalho de empoderamento que também é feito nas capacitações, quando é mostrado para os beneficiários a importância de cada função no mercado de trabalho. “Gabriel, você falou com a alma, falou com o coração e isso aqui é importante. Quando eu vou ao supermercado, e eu chego ali no balcão e vejo o sorriso da atendente, com um bom dia, uma boa tarde ou uma boa noite, isso faz uma diferença incrível, porque cria uma relação de empatia nossa com aquele trabalhador, que está ali e que é tão importante como qualquer outro trabalhador. E acredite, a sua vida vai muda e mudar muito. Você vai crescer muito”, reforçou o secretário executivo da Proteção Social da SPS, Paulo Guedes.

Encaminhamento para o mercado de trabalho

Com o intuito de encaminhar essas pessoas para o mercado de trabalho, a secretária-executiva de Planejamento e Gestão Interna da Secretaria do Trabalho, Ariana Falcão, comentou que uma seleção ocorrerá, na sexta-feira, dia 20 de setembro, no Vapt-Vupt da Messejana.

“Esses jovens que estão saindo geralmente têm dificuldade por dizerem que não têm experiência. A partir dessa qualificação organizada pelo Governo do Estado, na sexta-feira próxima, agora, vamos ter no Vapt Vupt de Messejana, uma seleção para esse tipo de qualificação que eles tiveram aqui. E um dos critérios dessa seleção é que não tenham experiência, exatamente, para que eles possam se inserir no mercado de trabalho”, revelou.

Participaram do evento também a coordenadora da Inclusão Social da SPS, Jéssica Souza; e o secretário-executivo da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Antônio Sales.

Mais que um prato de comida

Atualmente, o Ceará Sem Fome do Governo do Ceará possui três frentes emergenciais: o cartão no valor de R$ 300, que atende mais 53 mil famílias; as 1.300 cozinhas com 125 mil refeições diárias; e as campanhas que já arrecadaram mais de 170 toneladas de alimentos em grandes eventos. Visando quebrar o ciclo de vulnerabilidade dos cearenses, o maior programa de superação da fome também atua no eixo +Qualificação e Renda, para que os(as) beneficiários(as) tenham a chance de conseguir um emprego formal ou alcançar sua autonomia financeira por meio do empreendedorismo.

Fonte: Governo do Estado do Ceará

Governo do Acre apresenta documento para obtenção de padrão de excelência em geração de créditos de carbono de alta integridade

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O governo do Acre dá mais um importante passo para elegibilidade ao ART Trees, padrão de excelência ambiental, para geração de créditos de carbono de alta integridade, com a submissão da Nota Conceitual.

O documento, enviado ao Secretariado do ART nesta terça-feira, 17, apresenta uma série de aprimoramentos necessários para alinhar o Sistema Estadual de Incentivos aos Serviços Ambientais (Sisa) aos mais altos padrões internacionais de sustentabilidade e integridade ambiental.

Nota Conceitual do ART Trees contou com análise minuciosa da equipe técnica do IMC e de especialistas do Pnud e EII. Foto: Pedro Devani/Secom

O governador do Acre, Gladson Cameli, ressaltou os esforços da gestão para que o Estado possa obter a certificação necessária para geração de créditos de carbono.

“Demos mais um importante passo para que possamos negociar nossos créditos de carbono com alto valor no mercado. O enfrentamento ao desmatamento ilegal tem um custo muito elevado. Portanto, precisamos de recursos para fortalecer e ampliar a atuação das instituições e também investir em projetos que levem qualidade de vida para quem vive na floresta e nas comunidades rurais”, disse Gladson Cameli.

Governador do Acre, Gladson Cameli, fala da importância da valorização dos ativos florestais para execução das políticas de enfrentamento ao desmatamento. Foto: Arquivo Secom

A submissão ao padrão ART Trees foi formalizada por meio do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), que atua como coordenador técnico do Sisa.

A conclusão da Nota Conceitual se deu, após a análise minuciosa da equipe técnica do IMC e das especialistas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)  e do Earth Innovation Institute (EII).

Mônica de Los Rios, especialista em REDD+ Jurisdicional e diretora executiva do EII, deu início a apresentação da Nota Conceitual aos membros da governança do Sisa, em maio deste ano. Foto: Ângela Rodrigues/IMC

O documento contou ainda com a importante contribuição dos membros que integram o sistema de governança do Sisa, composto por representantes da sociedade civil organizada que integram a Comissão Estadual de Validação e Acompanhamento (Ceva) e as Câmaras Temáticas Indígenas de Mulheres (CTI e CTM). As reuniões, presenciais e virtuais, tiveram início em maio e foram concluídas em julho deste ano.

O presidente do IMC, Leonardo Carvalho, relembra que foram realizadas capacitações nos temas de REDD+, salvaguardas socioambientais, critérios para repartição de benefícios, além da realização de quatro reuniões específicas junto aos membros da governança para verificação, coleta de contribuição e análises comparativas das salvaguardas socioambientais do Sisa com as de Cancún.

Presidente do IMC, Leonardo Carvalho, destaca contribuição dos membros da governança no processo de atualização das salvaguardas socioambientais do Sisa. Foto: Ângela Rodrigues/IMC

“A submissão dos documentos e requisitos necessários a elegibilidade ao padrão está dentro do planejamento de ações do IMC para o ano de 2024, pois, temos como meta estar com créditos de alta integridade devidamente certificados e aptos a negociação, em 2025, na COP 30, em Belém do Pará”.

O presidente da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais do Acre (CDSA), José Luiz Gondim, destaca a importância do aprimoramento técnico do Sisa.

“Esses aprimoramentos constantes visam garantir a geração de créditos de carbono de alta integridade, o que irá abrir novas oportunidades de financiamento climáticos para continuidade das políticas socioambientais e ainda posicionar o Acre como líder global na implementação de práticas de REDD+, consolidando sua contribuição para os esforços internacionais de mitigação das mudanças climáticas”.

Nota apresenta uma série de aprimoramentos necessários para alinhar o Sisa aos padrões internacionais. Foto: Pedro Devani/Secom

Saiba mais – O ART Trees é um padrão global voluntário de carbono de alta qualidade, criado para registro, verificação e emissão de créditos oriundos de redução de emissões de REDD+ nos países e em jurisdições para atrair financiamento em grande escala, a exemplo da Coalizão LEAF. Ao submeter a Nota Conceitual, o governo do Acre atende mais uma exigência para obtenção do padrão buscando elegibilidade no acesso a financiamentos climáticos.

Criado pela Lei Estadual nº 2.308/2010, o Sisa é uma política pública ambiental adotada pelo Estado do Acre, que reúne estratégias e instrumentos que beneficiam quem produz com sustentabilidade e conserva o meio ambiente. As ações são guiadas pela transparência, participação social e compromisso técnico científico, exercidos por meio da Ceva, Câmara Temática Indígena e de Mulheres (CTI e CTM) e do Comitê Científico, todos sob a coordenação técnica do IMC.

Fonte: Governo AC

Proposta por Issy Quinan, servidores da segurança pública e do agronegócio são homenageados na Assembleia Legislativa

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O deputado Issy Quinan (MDB) comandou, na manhã desta quarta-feira, 18, sessão solene para homenagear servidores da segurança pública, diretores de órgãos estaduais e empresário do setor agropecuário. O evento ocorreu no Plenário Iris Rezende do Palácio Maguito Vilela, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego).

Durante a cerimônia, foram entregues Medalhas do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira a 20 personalidades, entre eles,  representantes da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), da Polícia Penal, da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). A honraria é um dos mais altos reconhecimentos concedidos pelo Parlamento goiano àqueles que se destacam em suas áreas de atuação.

Além do propositor das homenagens, deputado Issy Quinan, a mesa de trabalhos foi composta pelo policial militar Abdul Hamid Sebba Neto; pelo vice-presidente da Faeg, Eduardo Veras de Araújo; pelo diretor de obras rodoviárias da Goinfra, Jardel Magalhães Caldas; e pelo diretor de obras civis da Goinfra, Alessandro Sanches Correa.

 

Dedicação ao progresso

Em fala de abertura, Issy Quinan destacou o valor da homenagem e a importância de celebrar aqueles que contribuem para o bem-estar e o progresso do Estado. “Queridos homenageados, familiares, amigos, é com grande entusiasmo e profundo respeito que nos reunimos hoje para celebrar um momento de honra e reconhecimento àqueles que se destacaram pela excelência e dedicação no serviço público e no aprimoramento das nossas instituições democráticas”, afirmou.

O parlamentar ressaltou que a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira é a maior honraria concedida pela Alego, representando “respeito, gratidão e admiração pelas horas incontáveis de esforço” dos agraciados. “Vamos celebrar não apenas as realizações individuais, mas também o impacto coletivo que esses esforços têm sobre a nossa comunidade e sobre o futuro que todos nós compartilhamos”, acrescentou.

Dirigindo-se aos homenageados da segurança pública, Issy Quinan expressou um agradecimento especial aos policiais militares e ao policial penal presentes na cerimônia. “Vocês são a linha de frente na defesa da nossa sociedade e, por seu empenho em manter a ordem e a lei, arriscam suas vidas diariamente para garantir a segurança e a tranquilidade da nossa população”, destacou. O deputado enfatizou que suas ações “vão além das expectativas normais do dever”, agindo “com bravura e inteligência” em situações de risco.

O vice-presidente da Faeg, Eduardo Veras de Araújo, também foi elogiado por sua atuação. “Reconheço igualmente na pessoa do vice-presidente da Faeg, que tem se destacado pela sua habilidade em transformar desafios em oportunidades e visões em realidades concretas”, disse Quinan, ressaltando o papel fundamental do agronegócio no desenvolvimento sustentável e na inovação no Estado de Goiás.

Por fim, o parlamentar exaltou a dedicação dos diretores da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) pelo trabalho na área de obras civis e rodoviárias, que, segundo ele, têm “impulsionado o progresso do Estado” e proporcionado “mais qualidade de vida, segurança e mobilidade a todos os goianos”. Ele finalizou sua fala com gratidão e reconhecimento. “Reverencio aos agraciados o meu respeito, a minha gratidão e a minha admiração por tudo que representam para Goiás”, concluiu.

 

Incentivo ao trabalho

Ao subir à tribuna para discursar em nome dos homenageados, o policial militar Abdul Hamid Sebba Neto destacou o impacto da honraria para os profissionais da segurança pública e sua trajetória pessoal, com nostalgia e gratidão. “Quero agradecer em primeiro lugar a Deus por este momento”, iniciou, cumprimentando o deputado Issy Quinan, e os demais presentes na cerimônia.

O policial militar expressou gratidão pelo reconhecimento concedido, afirmando que a homenagem representa um grande incentivo para continuar servindo à sociedade. “Quero dizer a importância que tem essa honraria para quem faz parte da segurança pública. Essa Medalha nos traz a certeza de que estamos no caminho certo. Ela é uma injeção de ânimo para a gente continuar servindo a população”, declarou.

Sebba Neto também aproveitou o momento para relembrar o legado de seu avô, o ex-deputado estadual Abdul Sebba, mencionando como sua vivência na antiga sede da Assembleia Legislativa marcou sua trajetória. “Para mim, é de grande alegria estar nesta casa. Tenho várias recordações, especialmente do antigo prédio, por onde eu andava pelos corredores, pelos gabinetes, na minha adolescência, época em que meu eterno avô era deputado”, recordou.

Apesar da ausência de seu avô, Sebba Neto ressaltou sua certeza de que ele estaria orgulhoso de sua carreira e de suas conquistas na Polícia Militar do Estado de Goiás. “Infelizmente ele não está entre nós, mas eu tenho certeza de que ficaria feliz de estar vendo onde eu cheguei e onde eu vou chegar na instituição”, afirmou.

Ao encerrar sua fala, o policial militar reforçou sua gratidão ao deputado Issy Quinan pelo reconhecimento e por representar o povo goiano. “É de coração, deputado, que eu deixo aqui meus agradecimentos e minha gratidão por estar aqui hoje”, concluiu, em meio aos aplausos dos presentes.

 

Fonte: Portal da Alego

Fonte: Agência Assembleia de Notícias

IBGE: quase 90% das empresas tiveram alguma prática ambiental em 2023

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Em 2023, 89,1% (8.758) das 9.827 empresas industriais com 100 ou mais empregados implementaram pelo menos uma iniciativa ou prática ambiental em recursos hídricos, resíduos sólidos, eficiência energética, reciclagem e reuso, uso do solo e emissões atmosféricas. É o que aponta a Pesquisa de Inovação Semestral – Pintec 2023: Indicadores Temáticos – Práticas Ambientais e Biotecnologia divulgada nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As iniciativas relacionadas aos resíduos sólidos e reciclagem e reuso foram as mais apontadas, respectivamente, por 79,6% e 75,1% das empresas. A eficiência energética e os recursos hídricos aparecem na sequência, onde mais da metade das empresas apontaram ter tais iniciativas e práticas (respectivamente, 61,5% e 57,1%). As emissões atmosféricas e o uso do solo aparecem como as iniciativas menos utilizadas.

Práticas ambientais

Os resultados sinalizam que as iniciativas e práticas ambientais têm se difundido bastante nas empresas industriais, ainda que com intensidades distintas entre as diferentes áreas. Dentre os setores com maior proporção de empresas que tinham pelo menos uma iniciativa e/ou prática ambiental relacionada aos temas investigados, destacam-se: fabricação de bebidas (100%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (99,4%), fabricação de artigos de borracha e plástico (95,9%), fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (95,8%), e fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (95,1%).

Por outro lado, as atividades econômicas com menor proporção de empresas foram: fabricação de produtos de madeira (81%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (75,1%) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (56,4%).

A pesquisa mostrou que quanto maior o porte das empresas, maior a proporção daquelas com pelo menos uma iniciativa ou prática ambiental em 2023. O IBGE aponta maior engajamento das empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas em alguma atividade relacionada à diminuição de impactos negativos ao meio ambiente.

Em todas as faixas de pessoal ocupado, os maiores destaques estiveram nos temas relacionados ao resíduos sólidos e reciclagem e reuso, respectivamente: 93,6% e 90,2%,  nas empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas; 87,7% e 82,5%,  nas empresas de 250 a 499 pessoas ocupadas; e 72% e 67,3% nas empresas de 100 a 249 pessoas ocupadas.

Por outro lado, e por ser o tema menos utilizado nas empresas, o uso do solo foi observado em 40,2% das empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas e apenas 17,6% das empresas de 100 a 249 pessoas ocupadas.

O IBGE destaca que tanto os recursos hídricos quanto as emissões atmosféricas, a despeito de serem práticas utilizadas por elevada proporção das empresas de maior porte, registraram apenas 47% e 34,8% de incidência, respectivamente, no conjunto das empresas de 100 a 249 pessoas ocupadas.

No que diz respeito aos dispêndios relacionados aos temas materiais em análise, a Pintec Semestral mostrou que das 9.827 empresas investigadas, 7.194 (73,2%) realizaram algum gasto voltados para as iniciativas/práticas ambientais em 2023.

A Pintec apresenta os setores em que a maior proporção de empresas que investiu em práticas ambientais, se destacando: fabricação de bebidas (92,6%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (88,4%) e fabricação de produtos do fumo (87,6%). Por outro lado, aqueles cujo menor percentual de empresas apontou ter gasto com seus respectivos temas ambientais foram: fabricação de produtos de madeira (57,8%), fabricação de produtos diversos (57,5%) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (31,1%).

Fonte: Agência Brasil

Liderança no Ideb e novos investimentos marcam o segundo trimestre da Educação

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A liderança do Paraná no ranking Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 e os novos investimentos na rede estadual de ensino são destaques do Balanço Trimestral da Educação, apresentados nesta terça-feira (17) em evento que reuniu mais de 2 mil pessoas no Canal da Música, em Curitiba. O encontro tratou dos principais avanços registrados entre os meses de abril e junho, por meio de iniciativas da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR).

O secretário Roni Miranda enfatizou o desempenho no Ideb. “O resultado mostra o comprometimento de toda a nossa rede de ensino em oferecer uma educação de qualidade. O Paraná é hoje referência nacional no Ideb, liderando tanto no ensino médio quanto no fundamental. Isso é fruto do trabalho conjunto de professores, alunos, famílias e gestores”, afirmou.

O Ideb é realizado a cada dois anos pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Paraná tem a melhor educação do Brasil tanto no ensino médio quanto no ensino fundamental (anos iniciais e finais). No ensino médio, a nota do Estado subiu de 4,8 para 4,9 entre 2021 e 2023, mantendo a liderança nacional à frente de Goiás e Espírito Santo, ambos com 4,8. A média nacional é de 4,3.

Na rede estadual, a nota do ensino médio é de 4,7, próxima de Goiás (com 4,8), registrando um aumento de 0,1 em relação a 2021. No ensino fundamental, anos finais (6º ao 9º ano), o Paraná passou de 5,4 para 5,5, assumindo a liderança junto com Ceará e Goiás, ambos também com índice 5,5 – acima da média nacional de 5. O Estado também lidera na rede pública para essa faixa etária, com 5,4.

RECURSOS EDUCACIONAIS DIGITAIS – O aprimoramento dos recursos educacionais digitais e aquisição de novos dispositivos eletrônicos como ferramentas de apoio aos trabalhos em sala foram destacados como fatores de impacto para o bom desempenho na área da educação.

Com investimento de R$ 75,4 milhões em novos equipamentos, somente neste ano, a rede estadual oferece mais de 22 mil educatrons; mais de 49 mil desktops; 53 mil notebooks e 50 mil tablets utilizados diariamente pelos estudantes como ferramentas de apoio em sala de aula. Além disso, o investimento de mais R$ 40 milhões na migração das conexões via satélite para fibra ótica nas escolas facilitou o acesso aos recursos educacionais online, promovendo um ambiente de aprendizagem mais dinâmico e conectado.

O balanço destaca, também, a ampliação dos Recursos Educacionais Digitais, que facilitou o engajamento dos estudantes aos conteúdos trabalhados em sala e contribuiu para a melhoria do aprendizado. “Os números expressivos de acessos às nossas plataformas de educação mostram o engajamento de alunos e professores com as ferramentas digitais, representando um avanço significativo na modernização do ensino e na democratização do conhecimento em todo o Paraná”, ressaltou o secretário Roni Miranda.

Desde o começo do ano de 2024, por meio da ferramenta Redação Paraná, mais de 4 milhões de textos foram escritos pelos alunos da rede estadual. Já por meio do programa Leia Paraná, 655.518 livros foram lidos pelos estudantes. A Khan Academy (voltada ao ensino na Matemática), registrou mais de 11 milhões de atividades realizadas e a Matific (também de Matemática), teve 499 milhões de atividades concluídas. Com o Inglês Paraná, em torno de 14 milhões de lições de inglês foram feitas e pela Inglês Professor cerca de 42 mil de aulas foram ministradas.

PROGRAMAÇÃO E ROBÓTICA  – Presente entre os componentes curriculares da rede estadual desde 2022, o ensino da robótica registrou avanços importantes neste segundo trimestre de 2024. Graças ao investimento de aproximadamente R$ 30 milhões em novos kits de robótica, agora mais de 160 mil alunos têm acesso a práticas do futuro mercado de trabalho, que demandará profissionais aptos a lidar com tecnologias avançadas.

O mesmo vale para o componente de programação, que alcançou mais de meio milhão de alunos da rede estadual de ensino, somando mais de 1 milhão de atividades realizadas.

INFRAESTRUTURA – Os investimentos em mobiliário, transporte, materiais, suprimentos e alimentação na rede estadual também foram destacados entre os principais indicadores de abril a junho deste ano. Por meio do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar), R$ 55 milhões foram investidos em novos aparelhos de ar-condicionado, conjuntos escolares, armários, estantes de aço, cadeiras giratórias, refrigeradores e demais itens destinados às escolas.

Além disso, no período, foram mais de R$ 184,6 milhões para transporte escolar e R$ 307 milhões para alimentação – 26 milhões de quilos de alimentos. Em pequenos reparos, como roçadas e pinturas, o Fundepar realizou mais de 850 atendimentos a escolas em todo o Estado e dá andamento a 13 ampliações, 89 reformas maiores e construção de sete novas escolas, totalizando R$ 220 milhões de recursos investidos.

“Ao alocar recursos significativos para mobiliário, equipamentos, transporte escolar, alimentação, obras e reformas, estamos não apenas melhorando a estrutura física das escolas, mas também assegurando um ambiente de aprendizagem mais seguro e estimulante para os alunos. Cada recurso investido representa uma oportunidade a mais para o desenvolvimento e o futuro das crianças e jovens”, destacou Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente do Fundepar.

NOVOS ANÚNCIOS – No encontro, novos programas de iniciativa da Secretaria da Educação foram anunciados para os próximos meses, entre eles o Aprova Paraná, sistema de gestão de inscrições das universidades estaduais do Paraná que visa democratizar o acesso ao ensino superior, garantindo que 20% das vagas sejam destinadas a alunos concluintes de escolas públicas que realizaram a Prova Paraná Mais.

“O sistema vai garantir, a partir de 2025, uma chance a mais para 100 mil alunos do Ensino Médio de escolas públicas do Estado de entrarem em uma das sete universidades estaduais do Paraná, que estão entre as melhores da América do Sul”, afirmou o secretário da Educação.

Outra novidade a ser viabilizada nos próximos meses, o programa Parceiro da Escola promete otimizar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas através de parcerias com instituições especializadas em gestão educacional. O objetivo é permitir que diretores e gestores se concentrem mais na qualidade educacional, desenvolvendo metodologias pedagógicas, treinando professores e acompanhando o progresso dos alunos.

As instituições elegíveis ao programa passarão por processo de votação, no mês de novembro, do qual participam professores, pais e alunos que optarão ou não pelo novo modelo.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

Fogo na Amazônia é etapa da exploração econômica do bioma

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Os incêndios que consomem o bioma amazônico são uma das etapas da exploração econômica da floresta, que vem sendo convocada pela economia mundial para fornecer alimentos e matérias-primas baratas, permitindo a manutenção do preço dos salários nos países mais desenvolvidos e o aumento do lucro em escala global. Essa é a avaliação do professor de economia Gilberto de Souza Marques, da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Autor do livro Amazônia: riqueza, degradação e saque, o especialista destaca que a agropecuária, a mineração e o setor madeireiro são as principais atividades que contribuem para o desmatamento da Amazônia e que a grilagem de terra alimenta essa exploração econômica.

Brasília (DF) 18/09/2024 - Professor de economia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilberto de Souza Marques, autor do livro “Amazônia: riqueza, degradação e saque”
Foto: Gilberto de Souza Marques/Arquivo Pessoal
Brasília (DF) 18/09/2024 - Professor de economia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilberto de Souza Marques, autor do livro “Amazônia: riqueza, degradação e saque”
Foto: Gilberto de Souza Marques/Arquivo Pessoal

Brasília – O professor de economia da Universidade Federal do Pará, Gilberto de Souza Marques, autor do livro Amazônia: riqueza, degradação e saque – Foto:Gilberto de Souza Marques/Arquivo Pessoal

Marques questiona o modelo econômico imposto ao bioma, argumentando que nem tudo que gera muito lucro é o melhor para o conjunto da sociedade brasileira. Além disso, afirma que a Amazônia já está internacionalizada porque as grandes multinacionais da mineração e do agronegócio são as que controlam a economia dominante na região.

Para o especialista em economia política, natureza e desenvolvimento, as experiências dos povos indígenas e comunidades tradicionais são as sementes de esperança que devem ser regadas para se contrapor à monocultura na região amazônica.

Confira a entrevista completa:

Agência Brasil: Qual a relação da destruição da Amazônia com a exploração econômica do bioma?

Gilberto Marques: A Amazônia tem duas grandes tarefas no mundo que são incompatíveis. A primeira é contribuir para aumentar a rentabilidade do capital nas economias centrais, com o rebaixamento dos custos de produção. Isso significa produzir matérias-primas baratas de exportação para a China e para a Europa, como o ferro, a soja e outros produtos.

Ao produzir alimentos baratos, a Amazônia diminui a pressão para elevação salarial nesses países e contribui para elevar as taxas de lucro em meio a uma economia global que vive sucessivas crises de rentabilidade do capital.

A segunda tarefa da Amazônia é contribuir para reduzir os efeitos do aquecimento global, em particular a emissão de gases de efeito estufa. Na atualidade, essas duas tarefas são incompatíveis porque a primeira tarefa impõe um ritmo de apropriação da natureza como nunca visto nos 13 mil anos de existência humana na Amazônia.

Esse ritmo ditado pela busca do lucro faz com que a natureza tenha dificuldade de se recompor, pois são atividades extremamente degradantes para a natureza.

Agência Brasil: Quais as principais atividades que contribuem para degradar a Amazônia?

Gilberto: Principalmente a mineração e o agronegócio associados à exploração madeireira. E a característica mais gritante na Amazônia é que o legal se alimenta do ilegal e o ilegal do legal.

O setor pecuarista, que se apropria de terras públicas e que utiliza muitas vezes o trabalho escravo, continua, de alguma forma, vendendo o seu gado para as grandes cadeias da comercialização dos grandes frigoríficos, direta ou indiretamente.

floresta Amazônica
floresta Amazônica

floresta Amazônica – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Indiretamente porque eles maquiam esse gado [de áreas griladas] e os frigoríficos sabem disso. O gado que não pode ser vendido para Europa, por exemplo, porque tem regras mais rígidas, segue para o Nordeste ou o Sudeste, abastecendo esses mercados regionais e permitindo que os rebanhos criados nessas regiões possam ser exportados sem prejuízo do consumo local. Direta ou indiretamente, o gado amazônico, mesmo criado em áreas ilegais, entra nas grandes cadeias de proteína animal do planeta.

Em 2021, o principal produto exportado pelo município de São Paulo foi o ouro, com aproximadamente 27% de tudo que o município exportou. De onde vem esse ouro que entra nos grandes circuitos legais da financeirização da economia? Esse ouro sai, em grande medida, dos circuitos ilegais que estão destruindo a Amazônia.

A mineração destrói intensivamente a floresta, o solo e subsolo, mas ela ocorre em espaço menor, ainda que tenha uma extensão além da mina, como é o caso da contaminação dos rios. Já a agropecuária usa extensas áreas e o uso de agrotóxicos mata os insetos que polinizam a floresta.

Além disso, a plantação de soja retira cobertura vegetal, aumentando a temperatura em torno do campo de plantio e os riscos de incêndios. Essas atividades estimulam a apropriação ilegal da terra na Amazônia.

Agência Brasil: Como ocorre essa apropriação ilegal da terra da Amazônia?

Gilberto: O grileiro se apropria de uma terra pública, de uma área de preservação ou de território indígena, e derruba a floresta de imediato. Em seguida, vende para um segundo proprietário que sabe que a terra é ilegal pelo próprio preço de venda, que é rebaixado.

Floresta amazônica vista de cima.
Floresta amazônica vista de cima.

Floresta amazônica vista de cima. – Divulgação TV Brasil

Depois de comprar, o segundo dono entra com o pedido de regularização fundiária dessa terra, argumentando que a comprou de boa-fé, acreditando que era uma terra legalizada.

Esse argumento da boa-fé serviu para regularizar propriedades griladas desde os governos da ditadura empresarial militar, com o argumento de que isso geraria segurança jurídica e impediria a grilagem de terra. Na realidade, isso estimula a grilagem na região amazônica.

Agência Brasil: Por que existe o risco de a soja avançar ainda mais no bioma amazônico?

Gilberto: Por que o custo de transporte é elemento determinante hoje na soja. Do município de Sorriso (MT) até o Porto de Paranaguá, no Paraná, são 2,2 mil km. Depois de embarcada nos navios, ela sobe toda a costa brasileira.

Quando essa soja é produzida aqui na Amazônia, próximo à linha do Equador, ou com conexão com os rios, o custo de transporte cai bastante ou chega a quase zero. É o caso da soja que está sendo produzida no Amapá, a 70 quilômetros do porto.

Ou seja, há uma redução de custo brutal nesse processo e a redução eleva a rentabilidade da atividade, permitindo que o produto chegue barato aos mercados centrais.

Fora isso, quando, por meio da Lei Kandir, o governo deixa de cobrar o ICMS sobre essa exportação, o produto pode ser vendido por um preço abaixo de seu valor, sem que a empresa perca nada. Mas o Estado deixou de arrecadar o que lhe caberia. Há, então, uma transferência de valor do Brasil para as economias centrais. Vendemos mercadorias e recebemos menos do que elas efetivamente valem.

Agência Brasil: Os incêndios na Amazônia têm relação com a exploração econômica?

Um homem trabalha em um trecho de queimada da floresta amazônica, como está sendo desmatada por madeireiros e agricultores em Iranduba, Amazonas, Brasil, 20 de agosto de 2019. REUTERS / Bruno Kelly /
Um homem trabalha em um trecho de queimada da floresta amazônica, como está sendo desmatada por madeireiros e agricultores em Iranduba, Amazonas, Brasil, 20 de agosto de 2019. REUTERS / Bruno Kelly /

Homem trabalha em trecho de queimada da floresta amazônica, desmatada por madeireiros e agricultores em Iranduba _ Foto Reuters/ Bruno Kelly 

Gilberto: O fogo é resultado desse processo de apropriação ilegal da terra e é uma etapa da exploração econômica. Durante o primeiro semestre do ano, que é o período de mais chuva, se faz a derrubada da floresta para a retirada das madeiras.

Quando começa o verão amazônico, que ocorre entre o final de junho até setembro principalmente, se toca muito fogo na floresta para queimar o que se derrubou no primeiro semestre, mas não se aproveitou para a atividade madeireira. Então, se forma o pasto.

Além disso, 80% das propriedades da floresta são reservas legais que não podem ser desmatadas. O proprietário então toca fogo na floresta e diz que aquilo foi um incêndio não produzido por ele. Como deixou se ser floresta, ele vai utilizar a área para o aumento do pasto, para o plantio de soja ou outra atividade do agronegócio.

Quando você pega a distribuição do fogo, você vê que a concentração está exatamente nos municípios em que mais avança o agronegócio. Como é o caso de São Félix Xingu (PA), que tem o maior reganho bovino do Brasil.

Porém, o que estamos vendo hoje, neste início de setembro, é um descontrole porque alguns dados de monitoramento apontam que até um terço do fogo sobre a Amazônia está ocorrendo em floresta em pé, diferentemente do padrão típico que é o fogo sobre floresta que foi derrubada no primeiro semestre.

Agência Brasil: O senhor diz que a Amazônia está internacionalizada no mercado global. Como é isso?

Gilberto: A Amazônia está internacionalizada porque os grandes ramos da produção do agronegócio e da mineração estão controlados pelas grandes empresas multinacionais em escala internacional.

As duas maiores plantas de alumina e alumínio do planeta estão no Pará e são controladas por uma empresa transnacional, que é a Hydro, de capital principalmente norueguês. O principal acionista é o governo da Noruega, que é também o principal doador do Fundo Amazônia.

A Vale do Rio Doce anunciou que a maior parcela do seu capital total é negociada em circuitos estrangeiros, ou seja, não está nas mãos de brasileiros. Se pegarmos o comércio de grãos, principalmente soja, quem comercializa e controla esse comércio na Amazônia são as grandes transnacionais do agronegócio como Cargill, Bunge, ADM [Human, Pet and Animal Nutrition Company] e LDC [Louis Dreyfus Company].

Agência Brasil: Qual a exploração econômica sustentável alternativa que pode beneficiar o povo brasileiro?

Gilberto: Nosso desafio é entender que não necessariamente o que dá grande lucro é algo que beneficia o conjunto da população ou que seja necessariamente o melhor para o país e para a região.

Precisamos problematizar essa noção de desenvolvimento como simples expansão da economia. Historicamente, isso foi utilizado no Brasil para justificar determinadas políticas, mas o resultado foi exclusão social e o enriquecimento de uma pequena minoria.

Boa Vista/RR – A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, 27/01, a operação Okê Arô*, para combater o desmatamento ilegal em uma área de quase 5.000 hectares de floresta amazônica.
Boa Vista/RR – A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, 27/01, a operação Okê Arô*, para combater o desmatamento ilegal em uma área de quase 5.000 hectares de floresta amazônica.

Boa Vista – Polícia Federal deflagra Operação Okê Arô* para combater desmatamento ilegal na floresta amazônica. – PF/divulgação

Nesse sentido, temos experiências em curso na região amazônica que são ainda muito incipientes, mas muito ricas. A produção agroecológica, com as agroflorestas, é uma delas. Outras experiências são as atividades comunitárias, como a pesca do Mapará, no Rio Tocantins, onde as pessoas se juntam para pescar e o resultado é distribuído entre todos, inclusive entre aqueles que não puderam pescar.

Tem ainda a rica experiência do povo indígena Ka’apor, do Maranhão, que tem criado áreas de proteção quando identifica a entrada de madeireiros e outros invasores. Eles constroem comunidades nas rotas dos invasores, barrando a entrada deles. Já criaram 12 áreas de proteção, permitindo a recomposição da floresta.

Temos que ajudar a disseminar essas experiências de integração sociedade-natureza em oposição à monocultura na Amazônia. A gente tem que olhar a Amazônia com esperança, porque ela ainda é a maior concentração de matéria viva do planeta.

Ela captura dióxido de carbono e cumpre papel vital para a existência da humanidade. O planeta vai continuar existindo, o que está em questão é a continuidade da humanidade. Nesse sentido, a Amazônia é a esperança para o planeta. E os povos que vivem na Amazônia, por meio de suas experiências, são sementes de esperança que temos que ajudar a brotar.

Fonte: Agência Brasil

Guará promove etapa regional do 13º Circuito de Ciências

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A etapa regional da 13ª edição do Circuito de Ciências da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) chegou no Guará. O evento, que foi iniciado na terça (17) e segue nesta quarta (18), dá oportunidade para os estudantes apresentarem os melhores projetos científicos da Regional de Ensino do Guará com o tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”. Esta fase do circuito é o momento mais importante das feiras de ciências realizadas nas escolas ao longo do ano letivo.

Guará promove etapa regional do 13º Circuito de Ciências; melhores projetos selecionados participarão da fase distrital do circuito, em novembro, quando os alunos disputarão prêmios em dinheiro por categoria | Fotos: Mary Leal/SEEDF

O evento é realizado na Escola Técnica do Guará e conta com a apresentação de 28 trabalhos inscritos, com propostas de pesquisa criativas e inovadoras, de autoria dos alunos, sob a orientação de seus professores.

“Os alunos acabam percebendo que a ciência não é só para cientistas, que a ciência pode ser feita nas escolas. Quanto mais cedo tiverem esse contato e noção, melhor para essas crianças. E temos um prêmio que gera ainda maior desejo deles produzirem projetos mais interessantes”

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

“No Circuito de Ciências, pode-se ver a compreensão dos estudantes de tudo que envolve a ciência e a pesquisa. Toda criança é curiosa e a ciência estimula isso, o conhecimento, o experimento, o criar, o imaginar”, destacou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, que visita as etapas regionais do circuito para conhecer os trabalhos de diversas escolas.

Hélvia se declara uma fã do Circuito de Ciências. “Os alunos acabam percebendo que a ciência não é só para cientistas, que a ciência pode ser feita nas escolas. Quanto mais cedo tiverem esse contato e noção, melhor para essas crianças. E temos um prêmio que gera ainda maior desejo deles produzirem projetos mais interessantes”, concluiu.

Os melhores projetos selecionados na etapa regional realizada em todas as 14 coordenações regionais de ensino (CREs) participarão da fase distrital do circuito, em novembro, quando os alunos disputarão prêmios em dinheiro por categoria. As premiações, neste ano patrocinadas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), serão de R$ 5 mil para os estudantes dos projetos vencedores de cada uma das categorias e R$ 1 mil para os professores orientadores de cada projeto vencedor.

Avaliação

A banca examinadora, composta por mestres e doutores que não têm vínculo com as escolas, indicam os projetos de cada uma de dez categorias. Paulo César Ribeiro, gestor do Centro Educacional (CED) 1 do Guará até 2023, atualmente aposentado, é um dos avaliadores.

“A ciência ainda é uma área carente do gênero feminino. É um momento muito rico, não só de estudo, de pesquisa, mas de resgate da autoestima das estudantes, tendo em vista que um dos focos do trabalho era conhecer a identidade do povo da Estrutural”

Ilda Chavier, professora de história do CEF 4 do Guará

“É uma atividade superimportante o Circuito de Ciências Regional, porque ele acontece primeiro na escola. Desenvolvemos nos estudantes o espírito de pesquisa, a busca do conhecimento, o crescimento, o entendimento do mundo. Eles desenvolvem seu potencial, uma capacidade latente de trazer referências, e os estudos vão colaborar com a comunidade em que eles vivem”, opinou Paulo César.

Transformação

Um dos objetivos do Circuito de Ciência é transformar as escolas em ambientes que promovam a exploração científica e a aprendizagem ativa, com atividades práticas, que aplicam em situações reais os conceitos científicos estudados em sala. Na etapa regional do Guará, são esperados mais de 1.200 visitantes por dia.

A Regional de Ensino do Guará também atende a Estrutural, o SIA e o Setor Habitacional Lúcio Costa. “Os estudantes de todas essas localidades participam do circuito e se envolveram bastante nas pesquisas”, destacou Karine.

A coordenadora da Regional do Guará, Karine Silva Pereira, explica que nessa etapa do 13º Circuito de Ciências o protagonismo dos estudantes é ressaltado. “Os alunos aliaram temas como o bioma do Cerrado com saberes tradicionais falando, por exemplo, sobre o uso de plantas e chás medicinais, o que atende a demandas da comunidade da qual fazem parte, dando um retorno da escola para a sociedade”.

A professora de história do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 4 do Guará, Ilda Chavier, guiou suas alunas no projeto “As ervas medicinais, memórias e identidade de grupo”. Para a docente, foi a oportunidade de aproximar meninas e mulheres da pesquisa. “A ciência ainda é uma área carente do gênero feminino. É um momento muito rico, não só de estudo, de pesquisa, mas de resgate da autoestima das estudantes, tendo em vista que um dos focos do trabalho era conhecer a identidade do povo da Estrutural”, disse Ilda.

A professora aponta que o Circuito gera melhores perspectivas em relação ao futuro, e a participação das alunas como cientistas traz mais protagonismo. A aluna Gabriela Oliveira, 12 anos, gostou de participar do projeto.

“Foi muito legal para mim, não só pelo tema, mas também porque eu nunca tinha feito uma pesquisa fora da escola. E estou muito feliz, também pela busca de saberes do gênero feminino, ao contrário do que às vezes lemos na internet, que mulher só tem que aprender a cuidar da casa. Então é importante que várias meninas estejam participando do Circuito de Ciências”, concluiu Gabriela.

Tecnologia

Equipe de alunos do CEF 1 do Guará criou o Aplicativo de Mapeamento de Árvores Frutíferas

Todas as 29 escolas e quatro creches da CRE do Guará foram convidadas para expor na etapa regional. Gabriel Lira, professor de Artes do CEF 1 do Guará, orientou seus alunos a criarem o Aplicativo de Mapeamento de Árvores Frutíferas (Amaf). Ele vê o circuito como uma oportunidade de introdução ao mundo da ciência.

“Os alunos já estão tendo essa experiência desde o ensino fundamental, podendo testar, errar e entender exatamente o que podem colocar no trabalho, que de fato vai colaborar com a ciência. Eu vejo com bons olhos a iniciativa, e é muito legal ver o desenvolvimento e o amadurecimento dos alunos”, celebrou o educador.

O projeto Amaf partiu de uma preocupação social e um dos objetivos é proporcionar uma maior diversidade alimentar para a comunidade. O estudante Murilo Mendes, 15 anos, participou da experiência. “O projeto começou na Feira de Ciências como uma ideia, e a tecnologia social é uma área legal da ciência. O Amaf não surgiu pronto, construímos cada etapa, pensando o que seria melhor e como fazer tudo isso. Foi uma experiência incrível. Aprendi sobre árvores que não fazia ideia que existiam”.

*Com informações da SEEDF

 

Fonte: Agência Brasília