Início Site Página 2248

Pessoas em situação de rua são nomeadas pelo GDF

0

O Governo do Distrito Federal (GDF) deu mais um passo na implementação de políticas públicas voltadas para a inclusão social de pessoas em situação de rua. Por meio do Decreto 46.250/2024, o Executivo oficializou a criação de 15 cargos dentro da estrutura do GDF destinados exclusivamente para atendimento deste público.

“O decreto representa mais um avanço na nossa política de inclusão social. Com a criação dessas vagas, damos um passo concreto para oferecer dignidade e oportunidades reais de trabalho para pessoas em situação de rua. A iniciativa vai além da assistência; é uma chance de voltar à sociedade por meio do emprego e da renda”, destaca o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha.

A medida, oficializada por meio do Diário Oficial do DF (DODF), estabelece que os postos de trabalho sejam oferecidos nas estruturas administrativas das secretarias de Justiça e Cidadania (Sejus); Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet); e de Desenvolvimento Social (Sedes) – pastas que trabalham temas relacionados a direitos humanos, qualificação profissional e assistência social.

Daniel Dias viveu durante quase três anos nas ruas. Ele foi selecionado para compor o quadro da Sedes nas vagas destinadas a pessoas em situação de rua | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Inclusão social e dignidade

A iniciativa se soma às demais propostas do governo previstas no Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua. Criado em 25 de maio, o documento está dividido em sete eixos, entre os quais está o Eixo de Trabalho e Renda. Nele, o GDF reconhece a importância do trabalho e da geração de renda como meio de inclusão social e dignidade, e oferece estratégias para a consolidação desse objetivo.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, define a iniciativa como uma política de inclusão social inovadora. “A contratação de pessoas que já estiveram em situação de rua é uma forma de dignidade, ao oferecer trabalho e possibilidades reais de reintegração à sociedade. Este projeto piloto quebra barreiras e cria pontes para quem mais precisa, pois pessoas em situação de vulnerabilidade terão a chance de recomeçar e contribuir ativamente para o desenvolvimento do Distrito Federal”, afirma.

“O desenvolvimento social precisa caminhar junto ao desenvolvimento econômico para que essas pessoas possam ter acesso a oportunidades dignas de trabalho e geração de renda, permitindo seu retorno à sociedade com autonomia e dignidade”, defende a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

Leonardo Moreno veio da Venezuela para Brasília procurando uma condição melhor de vida. A seleção no projeto do GDF vai ajudá-lo a realizar esse desejo

Segundo a titular da Sedes, os selecionados serão direcionados para atividades já exercidas anteriormente pelos trabalhadores em outro momento, ou em funções de interesse dos contratados. “Todos serão alocados em postos estratégicos, respeitando a individualidade de cada um, os interesses e onde será maior a possibilidade de eles acrescentarem com suas vivências ao poder público”, explica.

Na Sedet, por exemplo, os profissionais irão atuar em serviço itinerante da pasta que visita ocupações irregulares de pessoas em situação de rua, a fim de apresentá-los os programas de qualificação profissional que a secretaria oferece.

“Esses servidores chegam para reforçar um trabalho já feito pela secretaria por meio de um grupo nosso, uma agência itinerante responsável por abordar pessoas em situação de rua e mostrar a elas as várias oportunidades de qualificação que o governo oferece. Queremos que usem do próprio exemplo e história de vida deles para ajudar outras pessoas, que estão nessa difícil situação, a seguirem pelo mesmo caminho”, detalha o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes.

O secretário lembra que, recentemente, o Executivo regulamentou, por meio de outro decreto, a criação de uma reserva mínima, de 2%, das vagas de trabalho em serviços e obras públicas para pessoas em situação de rua.

“Nós já procuramos entidades do ramo de construção civil e do setor produtivo para esclarecer que este percentual é obrigatório no processo de contratação em obras financiadas com verba pública. Trata-se de uma obrigação prevista em lei e estamos repassando isso para os representantes da categoria e alertando-os sobre os riscos, inclusive sob penas contratuais”, prossegue o titular da Sedet.

Vidas transformadas

Entre os selecionados para fazer parte da iniciativa está Gilvandro Soares, de 55 anos. Após viver em um abrigo por seis anos, ele conta das dificuldades que passou no percurso e descreve a nova oportunidade na Secretaria de Justiça e Cidadania como uma mudança de vida.

“Foi um período difícil e sem privacidade. Esse emprego será muito bom para melhorar de vida, é um impacto grande ter uma renda para adquirir o que você precisa e até o que gosta”, ressalta. Atualmente Gilvandro divide uma kitnet com um colega e é atendido por programas do governo como auxílio social e prato cheio. Para ele, a nova medida governamental permite diferentes horizontes. “Tenho muitos planos, quem sabe consigo até comprar uma televisão. A gente sonha quando não pode, tendo um salário é outra coisa. Tendo um salário fixo dá para realizar as coisas”.

Daniel Cardoso Dias, 45 anos, viveu durante quase três anos nas ruas. Ele conta que foi o vício em drogas que o tirou da convivência com a família. Há quase quatro meses, Daniel começou a transformação em sua vida quando buscou uma unidade do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) para receber benefícios sociais.

Mais do que os auxílios – Bolsa Família e Vulnerabilidade –, ele conseguiu uma chance. Daniel foi selecionado para compor o quadro da Sedes nas vagas destinadas a pessoas em situação de rua. Fez seu currículo e agora já está preparando a documentação para assumir o cargo. “Fiz muita coisa nessa vida já. Fui motorista, motoboy, jardineiro, operador de caixa. Eles me falaram que vão ver o que eu faço de melhor e me encaixar lá”, afirma.

Daniel diz estar ao mesmo tempo apreensivo e alegre com a oportunidade. “Para quem já passou por maus bocados há sempre o medo de dar errado, mas acho que pode ser um divisor de águas”, diz. “Acho que é uma forma de não voltar para a rua e para o crime. Espero que possa beneficiar outras pessoas também”, acrescenta.

Leonardo José Flores Moreno, 33 anos, veio da Venezuela para Brasília procurando uma condição melhor de vida. Sem nenhum conhecido e nem lugar para morar na capital federal, ele conseguiu uma vaga em um abrigo com auxílio do Creas Diversidade, onde vive com a família desde junho. O maior sonho de Moreno era conseguir um emprego para se sustentar no DF, então a seleção no projeto do GDF vai ajudá-lo a realizar esse desejo.

“Vou poder recuperar minha autonomia. Sustentar minha família, pagar um aluguel e comprar mobília para minha casa, alimentos e roupas para minha família e uma moto para me transportar”, comenta. Com o emprego garantido, ele já vislumbra o futuro: “Tenho o sonho de concluir os estudos e abrir minha própria empresa.”

20/09/2024 - GDF prevê cargos a pessoas em situação de rua

Fonte: Agência Brasília

Workshop discute assuntos relacionados ao bem-estar no trabalho

0

O Parque Tecnológico de Brasília (Biotic) realizou nesta sexta-feira (20) o workshop Qualidade de Vida no Trabalho e Responsabilidade Corporativa. O evento reuniu residentes e colaboradores do parque tecnológico para discutir temas que impactam diretamente a vida de todos: bem-estar no ambiente profissional e ética no trabalho.

A iniciativa propiciou a reflexão sobre a necessidade de se construir um ecossistema de trabalho inovador, humano e colaborativo. Em tempos de crescente demanda por resultados e inovação, falar sobre qualidade de vida e responsabilidade social no ambiente corporativo se torna essencial para equilibrar os avanços tecnológicos com o cuidado às pessoas.

Adriana Faria defendeu em palestra que é possível ser feliz no trabalho | Fotos: Victor Hugo/ Biotic

Adriana Faria, embaixadora do Movimento Gerar Bem-Estar, falou sobre o questionamento “É possível ser feliz no trabalho?”. Segundo Adriana, não só é possível, como a felicidade no ambiente profissional tem impactos diretos na produtividade. Ela compartilhou casos de sucesso que mostram como empresas que priorizam o bem-estar dos colaboradores colhem frutos de maior engajamento, menor rotatividade e melhores resultados.

Outro ponto alto do workshop foi a palestra de Paulo Alexandre, advogado e servidor do Governo do Distrito Federal, que abordou o tema da Ética no Ambiente de Trabalho. Paulo destacou que a ética não é apenas um conjunto de regras a serem seguidas, mas uma base fundamental para moldar a cultura organizacional. A ética, quando praticada de forma coerente, cria ambientes mais justos, transparentes e colaborativos, essenciais para o desenvolvimento de um ecossistema empresarial saudável.

André Froes falou sobre a sinergia entre tecnologia, ética e qualidade de vida

O evento foi finalizado com a apresentação de André Froes, sócio-fundador da Coti Aceleradora, que levou uma visão prática sobre a jornada da inovação. Froes compartilhou experiências de startups bem-sucedidas e enfatizou que a inovação não é apenas uma questão técnica, mas também envolve visão estratégica, adaptação e criatividade. A mensagem central foi clara: inovação com propósito só acontece quando há sinergia entre tecnologia, ética e qualidade de vida.

Para Gustavo Dias, presidente do Biotic, o workshop reafirma o compromisso do parque tecnológico com a construção de um futuro sustentável. “Aqui no Biotic, acreditamos que a qualidade de vida e o bem-estar dos profissionais são tão importantes quanto os avanços tecnológicos. Nosso objetivo é criar um ambiente onde as pessoas possam crescer e se desenvolver de forma saudável e colaborativa”, afirmou.

*Com informações do Biotic

Fonte: Agência Brasília

Boletim: Escola estadual de São Sebastião ganha prêmio de arquitetura – 20.09.24

0





A Escola Estadual Plínio Gonçalves de Oliveira Santos, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, é uma das vencedoras do 1º Prêmio Projeto de Arquitetura, concedido a obras de autoria de arquitetos brasileiros executadas no país, publicadas pela…



Fonte: Governo de SP

DF marca presença no 2º Encontro Nacional de Ouvidores de Saneamento

0

O 2º Encontro Nacional de Ouvidores de Saneamento, realizado em Fortaleza (CE), reuniu 200 profissionais de atendimento ao cliente para debater temas como tecnologia, regulação e proteção de dados no relacionamento com o cliente. Organizado pela Câmara Técnica de Ouvidoria da Aesbe, com o apoio da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), o evento realizado em 12 e 13 de setembro foi uma oportunidade valiosa para a troca de experiências e boas práticas no atendimento ao público.

O tema central do Encontro foi Ouvidoria 4.0. Os participantes debateram os impactos da inteligência artificial nas ouvidorias e as novas exigências regulatórias. “As discussões sobre transparência e o papel das ouvidorias no fortalecimento da relação com os cidadãos são cada vez mais necessárias para impulsionar a atuação do setor de saneamento”, explicou o coordenador do encontro, Eduardo Romualdo Soares, ouvidor da Caesb.

O evento teve como tema ‘Ouvidoria 4.0’ | Foto: Divulgação/ Caesb

Também foram abordados os desafios e as práticas de conformidade para o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), de maneira a garantir a privacidade e a segurança dos dados dos clientes das empresas de saneamento.

Eduardo Soares reforçou o papel de destaque da empresa na prestação de serviços aos clientes: “A Caesb pôde mostrar o compromisso com a excelência no atendimento ao cliente ao compartilhar as melhores práticas desenvolvidas pelas diversas áreas, além de incorporar novos conhecimentos que podem transformar a maneira como atendemos nossos clientes”.

Fonte: Agência Brasília

Deputado Glauber Braga é detido durante desocupação da Uerj

0

Após 56 dias de ocupação, os estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foram retirados do Pavilhão João Lyra Filho, principal prédio do Campus Maracanã. Eles descumpriram o prazo dado pela Justiça para que saíssem do edifício e, com autorização judicial, a Polícia Militar entrou no local para retirá-los.

Houve confronto, policiais usaram bombas de efeito moral, estudantes revidaram com pedras. Estudantes chegaram a ser detidos. O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) também foi detido,ao defender os estudantes.

Em nota, a reitoria da Uerj confirmou que, na tarde desta sexta-feira (20), foi concluída a desocupação do Pavilhão João Lyra Filho e assinada a reintegração de posse dos espaços da Uerj. Segundo a reitoria, a maior parte dos grupos da ocupação “evadiu-se antes que os agentes pudessem identificá-los. Outros, no entanto, foram detidos e levados para registro de ocorrência, visto que se encontravam em descumprimento de decisão judicial”.

A reitoria diz ainda que “lamenta profundamente que, apesar de todos os esforços de negociação – oito reuniões com entidades representativas dos estudantes e audiência de conciliação com a juíza do Tribunal de Justiça – a situação tenha chegado a esse ponto de intransigência por parte dos grupos extremistas da ocupação”.

Pelas redes sociais, os estudantes manifestaram indignação com a atitude da reitoria. “É absurdo, é autoritário, e só se viu ação assim durante a ditadura militar”, dizem em publicação e complementam em outra: “a reitoria da Uerj deu ordens para o choque retirar estudantes pobres de dentro da universidade”.

Em nota, o PSOL se manifestou sobre a prisão de Braga. “A prisão do deputado federal do PSOL Glauber Braga se deu de modo arbitrário e ilegal, quando nosso parlamentar tentava negociar uma solução pacífica para a reintegração de posse do Pavilhão João Lyra Filho”.

O partido informou ter acionado o departamento jurídico para avaliar as medidas cabíveis contra o estado do Rio de Janeiro.

Na ação, um policial se feriu enquanto manuseava os próprios equipamentos e acabou sendo levado para o hospital.

Reivindicações

Os estudantes protestam contra mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil.  Eles pedem a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa 038/2024, que estabelece, entre outras medidas, que o auxílio alimentação passará a ser pago apenas a estudantes cujos cursos tenham sede em campi que ainda não disponha de restaurante universitário. O valor do auxílio alimentação será de R$ 300, pago em cotas mensais, de acordo com a disponibilidade orçamentária.

Além disso, ato da Uerj estabelece como limite para o recebimento de auxílios e Bolsa de Apoio a Vulnerabilidade Social ter renda familiar, por pessoa, bruta igual ou inferior a meio salário mínimo vigente no momento da concessão da bolsa. Atualmente, o valor é equivalente a até R$ 706. Para receber auxílios, a renda precisa ser comprovada por meio do Sistema de Avaliação Socioeconômica.

As novas regras, segundo a própria Uerj, excluem mais de 1 mil estudantes, que deixam de se enquadrar nas exigências para recebimento de bolsas.

A Uerj informa ainda que as bolsas de vulnerabilidade foram criadas no regime excepcional da pandemia e que o pagamento delas foi condicionado à existência de recursos. De acordo com a universidade, os auxílios continuam sendo oferecidos para 9,5 mil estudantes, em um universo de 28 mil alunos da Uerj, e que todos os que estão em situação de vulnerabilidade continuam atendidos.

Regras de transição

Ao longo da ocupação, houve confrontos entre estudantes e universidade. Tanto a reitoria quanto os estudantes alegaram falta de espaço para negociações. A Uerj não recuou no ato, mas estabeleceu uma transição até que as novas regras passem a vigorar.

Entre as medidas de transição estão o pagamento de R$ 500 aos estudantes que deixam de se enquadrar nas regras da Bolsa de Apoio a Vulnerabilidade Social, o pagamento de R$ 300 de auxílio-transporte e tarifa zero no restaurante universitário ou auxílio-alimentação de R$ 300 nos campi sem restaurante. As medidas são voltadas para estudantes em vulnerabilidade social com renda per capita familiar acima de 0,5 até 1,5 salário mínimo e valem até dezembro.

Sem negociação, o caso acabou judicializado. No último dia 17, foi realizada uma audiência de conciliação, mas não houve acordo. A juíza determinou a desocupação da universidade, mas garantiu aos estudantes o direito à reivindicação. “Deve ser preservado o direito de reivindicação, devendo, contudo, os alunos, exercer tal direito nos halls existentes nos andares do prédio no período compreendido entre 22h e 6h da manhã, sem qualquer obstáculo ao regular funcionamento da universidade. Os demais espaços que os alunos pretendam ocupar devem ser submetidos à prévia aprovação da reitoria”, diz a decisão.

A juíza também agendou para o dia 2 de outubro uma nova audiência especial, com o objetivo de buscar um acordo sobre os valores das bolsas de estudo e dos demais auxílios.

Fonte: Agência Brasil

Governo quer criar centro integrado de informações entre polícias

0

O governo federal pretende criar um centro integrado de informações para as forças policiais regionais, de modo a promover o intercâmbio de dados entre estados, Receita Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf ), antecipou o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, em um seminário na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), nesta sexta-feira (20).

Segundo Sarrubo, a iniciativa busca tratar a segurança pública de forma integrada e horizontal, com mais transparência e eficácia nas ações policiais em todo o país. “Sem inteligência, não teremos sucesso. Precisamos encarecer e dificultar a atividade criminosa, unindo as forças policiais com sistemas integrados e governança segura”, disse o secretário.

O seminário Segurança Pública e Democracia, realizado pela Comissão de Direitos Humanos D. Paulo Evaristo Arns e o Instituto Vladimir Herzog reuniu autoridades, especialistas e pesquisadores para debater a segurança pública no campo democrático. 

Em outra mesa de discussão, o professor de Direito, jurista e escritor Gabriel Chalita analisou o tema com base no populismo autoritário, lembrando de uma frase muito repetida no Brasil em que se diz que “bandido bom é bandido morto” e mostrando a facilidade com que frases desse tipo são assimiladas facilmente.

“E as pessoas vão repetindo isso e dizendo que estão em defesa de sua vida, de sua família, de suas condições. Aí quando vamos falar de segurança pública de uma forma mais democrática e mais correta, a frase não é tão simples, porque o ser humano não é tão simples. Então vamos às origens do que gera violência, vai nas construções da sociedade. A neurociência nos mostra o que significa a pessoa no seu início, seus processos educacionais, influências e desenvolvendo atitudes mais ou menos violentas, mais ou menos ligadas ao respeito humano”, explicou.

Para Chalita, o combate real à violência e uma política real de segurança pública discute segurança com educação, com escolas de tempo integral, cuidados com a gestante, ou seja, cuidados desde o início da vida. Ressaltou, no entanto, que essa é uma visão de sociedade que se constrói a médio e longo prazo, mas traz resultados. 

“Imaginar que uma política só com polícias vai resolver o problema de segurança pública, é não entender da literatura internacional, de países que tiveram grandes problemas ligados à violência e conseguiram reverter isso com uma política integrada com várias atividades”, disse.

Chalita alertou para o perigo dos populismos autoritários, já que nos tempos atuais, onde há “muitas informações não informativas com bombardeios de mentiras vindo de todos os lados”. 

“É triste que as pessoas não reflitam profundamente sobre todos os fatos, sobre o humano como ser mais complexo. Não apenas pensar em uma dimensão maniqueísta, se é bandido ou se é não é bandido, ou se é bom ou se é mau. Ou acredita no ser humano, em políticas formativas, ou tudo aquilo que a segurança desenvolver será só para atender a expectativa das pessoas naquele momento “, destacou o jurista.

O ex-ouvidor das Polícias e ex-secretário de Segurança Pública de Diadema e coordenador do Núcleo de Segurança Pública na Democracia do IREE Benedito Mariano avaliou que os mais de 40 anos da transição democrática do Brasil não priorizaram ter uma segurança pública da democracia. Segundo ele, a transição democrática deve ao povo brasileiro uma política de segurança pública que só é possível estabelecendo amplas reformas constitucionais e infraconstitucionais do sistema de segurança pública que ainda é um sistema autoritário, anacrônico, com muitas de suas estruturas vindas não só dos períodos autoritários da República, mas do Brasil Império.

“A transição democrática do Brasil não teve vontade e decisão política de fazer a segurança pública na democracia. Tivemos momentos importantes, e São Paulo é o maior exemplo. O governo Mário Covas foi um marco. Foi o governo que mais implementou política de transparência da atividade policial. Criou a primeira ouvidoria da polícia do país, que contribuiu para diminuir alguns índices de letalidade policial. Eu acho que a grande contribuição do Mário Covas foi criar um organismo relacionado à transparência da atividade policial, mas nós não fizemos grandes reformas nos sistemas de segurança pública e nas polícias”, disse.

Benedito Mariano concorda que é impossível pensar em uma segurança pública da democracia sem transversalidade e sem ampliar o debate para envolver as secretarias sociais, como esporte, cultura e lazer e dialogar com os profissionais de segurança pública. 

“A transição democrática, a esquerda, o campo democrático, dialogou muito pouco com os policiais, e essa falta de diálogo levou ao crescimento da extrema-direita. E aí nós estamos vendo a extrema-direita cada vez crescendo mais. Está na hora de colocarmos essa discussão de forma mais plural em uma agenda de prioridade para enfrentar algumas narrativas absurdas que começam com a bobagem de que linha dura é sinônimo de ser manso com as organizações criminosas e ser duro com os pobres e negros”, finalizou.

Fonte: Agência Brasil

Campanha de vacinação antirrábica oferece mais de 160 locais neste sábado (21)

0

O segundo sábado (21) da Campanha de Vacinação Antirrábica vai oferecer 166 locais para que os tutores levem seus animais para receber a vacina. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) amplia essa campanha como parte de um esforço para assegurar que os pets sejam protegidos, bem como as pessoas que podem ser contaminadas pela raiva animal.

O serviço é oferecido gratuitamente. Devem ser levados animais com idade a partir dos três meses de vida, com exceção de fêmeas prenhas ou que estão amamentando | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Entre os locais de atendimento estão escolas, petshops, condomínios, praças, administrações regionais, feiras e unidades de saúde e outros ambientes. A lista completa com os endereços e horários está disponível no site da pasta. O serviço é oferecido gratuitamente. Devem ser levados animais com idade a partir dos três meses de vida, com exceção de fêmeas prenhas ou que estão amamentando.

“Essa campanha de vacinação visa manter o Distrito Federal livre da raiva. Por isso é tão importante que a população leve seus pets, cães e gatos, para se vacinar anualmente”, afirma o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos Martins. A doença pode ser transmitida de animais infectados para humanos, atingindo um índice de óbito de quase 100%.

Desde o início do ano, já foram aplicadas mais de 31 mil doses de vacina antirrábica em cães e gatos no DF. A vacinação é realizada o ano inteiro nos núcleos regionais de vigilância epidemiológica, mas o reforço de cobertura acontece durante a campanha: no sábado passado foi intensificado o trabalho em áreas rurais e, agora, serão dois fins de semana com foco em zonas urbanas.

No próximo sábado (28), a campanha prossegue em áreas urbanas. A lista dos locais de atendimento também já está disponível.

*Com informações da SES-DF

Fonte: Agência Brasília

Fim de semana terá mais 47 locais de vacinação no DF

0

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) amplia a oferta de vacinação neste fim de semana. Serão 45 opções no sábado (21) e duas no domingo (22), com destaque para a 15ª Parada do Orgulho LGBT de Ceilândia.

É importante lembrar de levar documento de identidade e a caderneta de vacinação. As equipes da SES-DF vão fazer a atualização vacinal de cada pessoa, conforme o indicado para a faixa etária | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Neste sábado (21), equipes da SES-DF vão estar no Taguaparque, em Taguatinga, e no Parque Vivencial e Urbano do Jardim Botânico – Etapa III, além do supermercado Fort Atacadista do Recanto das Emas. Também serão oferecidas vacinas em 42 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em 17 Regiões Administrativas (RAs).

No domingo (22), haverá dois locais de vacinação, em Ceilândia: na 15ª Parada do Orgulho LGBT da RA, que ocorre no estacionamento da agência do BRB, das 12h às 17h; e na Paróquia Bom Jesus, das 8h às 16h.

É importante lembrar de levar documento de identidade e a caderneta de vacinação. As equipes da SES-DF vão fazer a atualização vacinal de cada pessoa, conforme o indicado para a faixa etária.

Fonte: Agência Brasília

Encontro discute texto-base do Plano Distrital de Educação para o próximo decênio

0

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), em parceria com o Fórum Distrital de Educação (FDE), realizou na quinta-feira (19), o primeiro encontro com as subcomissões responsáveis pela elaboração do texto-base do Plano Distrital de Educação (PDE) para o próximo decênio (2025-2034). O evento foi realizado no auditório do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF).

Participaram do encontro as 17 subcomissões, que durante o encontro deram início ao diagnóstico que guiará a construção do novo documento. As subcomissões foram formadas para discutir e contribuir na formulação do texto do novo PDE.

Primeiro encontro deu início do diagnóstico que servirá como guia para o novo PDE | Foto: Divulgação/ SEEDF

Os temas abordados pelas subcomissões foram definidos com base nas metas do Plano Distrital de Educação vigente, instituído pela Lei nº 5.499 de 14 de julho de 2015, e pelos objetivos propostos no Projeto de Lei nº 2614/2024, que trata do novo Plano Nacional de Educação (PNE), atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados.

A subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação da SEEDF, Francis Ferreira, enfatizou a necessidade de estabelecer metas realistas e exequíveis para garantir o sucesso do plano. “Precisamos ousar, mas com responsabilidade. O PNE é o ponto de partida, mas devemos ir além, propondo iniciativas que possam ser implementadas e acompanhadas de forma eficaz.”

Cronograma

Responsável pela Gerência de Planejamento e Acompanhamento do PDE (GPDE), Lívia Rodrigues apresentou a legislação que fundamenta a elaboração dos Planos Decenais, abordou as múltiplas dimensões deles e destacou os 18 principais desafios da educação em nível nacional.

Além disso, ela compartilhou informações sobre o Encontro Nacional para Cooperação Técnica nos Planos Decenais de Educação, organizado pelo Ministério da Educação (SASE/MEC), que delineou um cronograma de trabalho e orientou novos encaminhamentos.

Lívia também conduziu as orientações para as subcomissões, que incluíram a elaboração de um cronograma de trabalho, a eleição dos coordenadores das subcomissões e outras ações necessárias para o processo de discussão do novo PDE.

*Com informações da Secretaria de Educação

Fonte: Agência Brasília

Dólar sobe para R$ 5,52 após sete quedas consecutivas

0

Num dia de ajustes técnicos no exterior e de expectativas no Brasil, a turbulência marcou as negociações no mercado financeiro. O dólar teve forte alta após sete quedas seguidas e voltou a ficar acima de R$ 5,50. A bolsa de valores caiu pela quarta vez consecutiva e aproximou-se dos 131 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (20) vendido a R$ 5,521, com alta de R$ 0,097 (+1,78%). A cotação abriu próxima da estabilidade, mas disparou após a abertura dos mercados norte-americanos, até fechar na máxima do dia.

Apesar da alta desta sexta, a moeda norte-americana acumula queda de 2,51% em setembro. Em 2024, a divisa sobe 13,76%.

Assim como nos últimos dias, o mercado de ações continuou a cair. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 131.065 pontos, com queda de 1,55%. No menor nível desde 9 de agosto, o indicador recuou 2,83% na semana.

O dólar teve um dia de alta global porque os investidores estrangeiros aproveitaram a queda dos últimos dias para comprarem a moeda. Além disso, a manutenção dos juros básicos na China não ajudou países exportadores de commodities (bens primários com cotação internacional), como o Brasil. A expectativa era que o Banco Central chinês reduzisse os juros para estimular a segunda maior economia do planeta, mas isso não ocorreu.

Em relação à bolsa de valores, as ações continuam refletindo a alta da Taxa Selic (juros básicos da economia), que estimula os investidores a fugir de investimentos arriscados e migrar para títulos públicos e demais investimentos de renda fixa, de menor risco. No comunicado após a reunião de quarta-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que pode ser mais agressivo nos próximos encontros.

No cenário doméstico, os investidores também estavam na expectativa de um anúncio de novos congelamentos no Orçamento de 2024. O Ministério do Planejamento divulgará nesta noite o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento.

* Com informações da Reuters

Fonte: Agência Brasil