Compartilhar

Operação Contas Abertas I: nove denunciados pelo GAECO/MPRS por lavagem de dinheiro do tráfico de armas e drogas são condenados

Publicado em: 10/11/2025 16:45

Nove integrantes de uma organização criminosa — denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) — foram condenados pela Justiça a penas que variam de 11 a 16 anos de reclusão em regime fechado, além do pagamento de multas, por crimes como tráfico de drogas, organização criminosa, comércio ilegal de armas de fogo, lavagem de dinheiro, entre outros.

As condenações, ocorridas dia 10 de novembro, são resultado da primeira fase da Operação Contas Abertas, deflagrada ano passado pelo 5º Núcleo do GAECO — Serra.

As investigações demonstraram que os réus integravam uma facção criminosa com atuação no tráfico de drogas e armas na região serrana, especialmente em Bento Gonçalves. O responsável pela operação, promotor de Justiça Manoel Figueiredo Antunes, ressaltou que “mesmo presos, alguns dos condenados continuavam a comandar o esquema criminoso de dentro da penitenciária, utilizando celulares para coordenar a distribuição de entorpecentes, movimentar valores e repassar ordens a comparsas em liberdade. A lavagem de dinheiro era realizada por meio de empresas de fachada e contas bancárias de terceiros, com movimentações que ultrapassaram R$ 30 milhões, considerando todas as demandas ajuizadas

CONTAS ABERTAS

A primeira fase da Operação Contas Abertas foi realizada em junho de 2024, com ações simultâneas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, resultando em 32 prisões, bloqueio de 274 contas bancárias, além da apreensão de 25 veículos e cinco imóveis. Em relação à esta fase, ainda há outros 26 réus em processos judiciais.

Já a segunda etapa, que foi deflagrada em setembro deste ano, teve foco em Bento Gonçalves e Paim Filho, com um preso em flagrante e bloqueio de 224 contas bancárias. Nessa etapa, foram apreendidos 12 imóveis e dois veículos. Sobre esta segunda etapa, a investigação do MPRS ainda prossegue e as correspondentes ações penais devem ser ajuizadas nos próximos dias.

Fonte: Agência de Notícias do Estado do RS

Faça um comentário