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MPRS alerta para riscos do vício em apostas em debate sobre transtorno do jogo e saúde mental

Publicado em: 19/11/2025 22:33

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por iniciativa do Centro de Apoio Operacional do Consumidor e da Ordem Econômica (CAOCON) e do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF), realizou nesta quarta-feira, 19 de novembro, a palestra “Transtorno do Jogo e Saúde Mental: Entendendo o Vício em Apostas”. A atividade integra o Programa PertenSER e teve como objetivo esclarecer os impactos do vício em apostas, alertando para o alto potencial de dependência e suas consequências à saúde mental e à vida econômica das pessoas.

O procurador de Justiça André Ricardo Colpo Marchesan, coordenador do CAOCON e mediador do evento, destacou a relevância do tema diante do crescimento das plataformas de apostas online: “Estamos diante de um fenômeno que afeta não apenas o consumidor, mas toda a sociedade. É fundamental compreender que o vício em apostas não é uma questão de falta de disciplina, mas um transtorno que exige prevenção.”

A primeira palestra, “Quando o cérebro joga contra si mesmo: o que a neurociência revela sobre as ‘bets’”, foi conduzida pelo médico psiquiatra Lucas Spanemberg, que explicou os mecanismos cerebrais envolvidos na compulsão por jogos. Segundo ele, “as apostas ativam áreas do cérebro relacionadas à recompensa, criando um ciclo que pode levar à dependência, semelhante ao observado em outras formas de vício.”

Na sequência, a médica psiquiatra Fernanda Ramos apresentou a palestra “Bets: da diversão à dependência”, destacando os sinais que indicam a dependência dos jogos e o comportamento compulsivo. Ela ressaltou: “O problema não está apenas na perda financeira, mas nas consequências emocionais e sociais que acompanham a dependência. É preciso reconhecer os sinais precocemente para evitar danos maiores.”

Os especialistas também apresentaram dados de pesquisas recentes, que apontam o crescimento acelerado das apostas esportivas na última década, principalmente entre jovens. Entre as medidas sugeridas, destacaram: adoção de políticas públicas para conter os danos e investimento em psicoeducação para pessoas dependentes.

O evento contou ainda com a mediação do promotor de Justiça Sérgio Hiane Harris, diretor do CEAF.

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Fonte: Agência de Notícias do Estado do RS

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