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Marcos Oliveira critica falta de água no interior
Durante o Grande Expediente da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), nesta terça-feira (18), o deputado Marcos Oliveira (PL) fez duras críticas ao Governo Estadual diante da crise hídrica que atinge diversos municípios do interior. Ele afirmou que não há motivos para comemoração enquanto a população enfrenta dificuldades para suprir necessidades básicas. “Não há que se comemorar em um estado onde as necessidades básicas não são supridas. O povo tem vivido à mercê de carro-pipa, sem poder satisfazer com dignidade suas necessidades pessoais”, declarou ao iniciar o discurso.
O parlamentar responsabilizou o governador Fábio Mitidieri (PSD) pela concessão da Deso, feita, de acordo com ele, “em tempo recorde” e sem diálogo adequado com a população. Para Marcos Oliveira, a atual situação é resultado direto dessa decisão. “O governador sabia dos problemas da privatização e mesmo assim fez sem ouvir, sem as audiências públicas necessárias. Hoje o povo vive um estado de miséria”, afirmou. Ele denunciou o “silêncio ensurdecedor” do Governo diante do desabastecimento que afeta cidades como Porto da Folha, Feira Nova, Itabaiana, Frei Paulo, Areia Branca e Ribeirópolis. “Não se diz uma palavra, não se fala o tipo de ação que está sendo feita. É como se o interior não existisse”, criticou.
O deputado também denunciou o aumento expressivo nas contas de água, mesmo em locais onde o abastecimento é inexistente. “Pasmem: em muitos locais o valor da conta dobrou. Pessoas que pagavam R$ 150 agora recebem conta de R$ 400, sem água. Isso é um presente de grego que o Governo deu ao povo sergipano”, afirmou, mencionando filas no escritório da empresa em Itabaiana. Marcos Oliveira informou que orientará moradores a pedirem refaturamento e recorrerem à Justiça, caso necessário. “Não é possível cobrar por água que não chega às torneiras, e a Iguá precisa provar tecnicamente o que diz fornecer”, cobrou.
Outro tema
Além da crise hídrica, o deputado criticou o que classificou como uso político de um programa itinerante lançado pelo Governo Estadual. De acordo com ele, eventos oficiais estão sendo utilizados como “palanque político” para promover alianças. “Uma vez por mês se vai a uma cidade, leva-se correligionários, lançam-se campanhas políticas bancadas com dinheiro do povo. Ali tem servidor recebendo diária e gente prestando serviço público enquanto se anunciam chapas e alianças”, denunciou. Marcos Oliveira ainda criticou parte da imprensa, que, de acordo com ele, age para “moldar a realidade” e ignorar denúncias. “Há quem faça comentário político justo, mas há também quem queira inverter os fatos. Isso é charlatanismo”, afirmou.
O parlamentar encerrou alertando que provocadores e agentes políticos tentam dividir a oposição e manipular narrativas. “Cuidado com quem tenta direcionar pensamentos para desestabilizar. Quando tem muito político junto, dificilmente é bom para o povo”, declarou.
Foto: Jadilson Simões| Agência de Notícias Alese
