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Maranhão é o primeiro estado do Brasil a instituir comitê de enfrentamento à tuberculose

Em alusão ao Dia Mundial da Tuberculose, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), fez o lançamento nesta segunda-feira (25) do Comitê de enfrentamento à tuberculose e outras doenças determinadas socialmente. O Maranhão é o primeiro estado do país a instituir o comitê e assegura um importante passo no fortalecimento de políticas pública para o setor. 

“Somos o primeiro estado do Brasil a chamar outras secretarias, órgãos, instituições e conselhos, para que juntos nós possamos deliberar, traçar estratégias e enfrentar a tuberculose. Portanto, é um momento que conclamamos a atenção da sociedade para mobilizar e combater. A doença tem cura, vacina e tratamento disponível em todas as unidades básicas de saúde”, disse a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Deborah Campos.

Secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Deborah Campos (Foto: Israel Pontes)

A solenidade se deu no Auditório Açaí, no Green Smart Hotel, em São Luís, no bairro São Francisco, e também marcou o lançamento da Campanha Estadual de Combate à Tuberculose, contando com a presença de representantes de outras secretarias de governo, órgãos institucionais, de conselhos de classe e sociedade civil.

O objetivo do comitê é sensibilizar sobre o diagnóstico, adesão e finalização do tratamento, além de contribuir para o controle da doença com a promoção de atividades intersetoriais. Além da Tuberculose, a iniciativa combate Hanseníase, Doenças de Chagas, Esquistossomose, Malária, Filariose, Tracoma, Geo-helmintíase, Oncocercose, Toxoplasmose, Leishmaniose Visceral e Tegumentar, Raiva, Acidentes Ofídicos e Micoses Sistêmicas.

Para a chefe do Departamento de Epidemiologia da SES, Monique Maia, a ideia principal é promover uma articulação para potencializar as medidas de combate às enfermidades que acometem, em especial, as pessoas com maior vulnerabilidade social.

Chefe do Departamento de Epidemiologia da SES, Monique Maia (Foto: Israel Pontes)

“Ao propor melhoria das atividades de enfrentamento, o comitê também visa otimizar recursos por meio de ações que são necessárias para o controle destas doenças. Para algumas delas, a iniciativa busca a eliminação como problema de Saúde Pública, que é diferente de erradicação, para outras serão estipuladas metas operacionais baseadas nos objetivos de desenvolvimento sustentável que o Brasil todo está se empenhando para conquistar”, observou Monique.

Em 2023, foram notificados 3.542 casos da doença no Maranhão, destes 2.788 casos foram confirmados com 529 óbitos. Neste ano, até o presente momento, segundo dados do Ministério da Saúde, o estado possui 421 casos notificados, 325 casos confirmados e 35 óbitos relacionados à tuberculose. Em mensagem compartilhada por meio de vídeo, o diretor do Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DATHI/SVSA-MS), Dráurio Barreira, parabenizou o Governo do Maranhão pela abordagem intersetorial adotada no estado. 

Posse dos membros do comitê de enfrentamento à tuberculose e outras doenças determinadas socialmente (Foto: Israel Pontes)

“A iniciativa do estado é extremamente importante e pioneira. Nós temos outros estados do Brasil seguindo o mesmo caminho, mas o Maranhão foi o primeiro a lançar o comitê. Temos o diagnóstico rápido, tratamento eficaz, métodos profiláticos e até vacina. No entanto, a tuberculose é uma doença milenar e apesar de termos o diagnóstico há mais de 100 anos, tratamento desde a década de 50 do século passado e uma vacina centenária, nós ainda não conseguimos eliminar a doença enquanto problema de saúde pública. Somente a partir de uma articulação de diferentes secretarias nós vamos cumprir a meta de eliminação da Tuberculose até o ano de 203”, explicitou o diretor do DATHI/SVSA-MS, Dráurio Barreira.

Posse dos membros do comitê de enfrentamento à tuberculose e outras doenças determinadas socialmente (Foto: Israel Pontes)

Para que a iniciativa atue de forma transversal e articulada, representantes de diferentes órgãos e pastas foram empossados após assinatura do Termo de Compromisso. São eles: a chefe de Departamento de Atenção às IST/AIDS e Hepatites Virais da SES, Jocélia Frazão de Matos, e a suplente Maria Cardoso; a secretária adjunta de Promoção do IDH da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), Kelly Araújo, e a suplente Cláudia dos Santos; a chefe da Divisão de Assistência à Saúde Indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena do Maranhão (DSEI-MA), Léa Márcia Melo da Costa, e o suplente Manoel Monteiro Filho; a representante do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Maranhão (CRMV-MA), Bimaura Serra Rosa, e a suplente Caroline Moura Marques.

Posse dos membros do comitê de enfrentamento à tuberculose e outras doenças determinadas socialmente (Foto: Israel Pontes)

Maranhão como referência

Equipe da na SES acompanha posse dos membros do comitê de enfrentamento à tuberculose e outras doenças determinadas socialmente (Foto: Israel Pontes)

Com o lançamento do Comitê, o Maranhão avança em se tornar referência para os estados brasileiros. A iniciativa ajudará a garantir não apenas ações de acesso aos serviços de saúde, ou ao diagnóstico, mas, também, de combate à pobreza, às iniquidades e desigualdades sociais ao atuar junto a grupos populacionais e territórios que são prioritários sob uma ótica maior.

A secretária adjunta de Promoção do IDH da Sedihpop, Kelly Araújo, ressaltou que o comitê é muito estratégico. “Pensar tanto a tuberculose quanto outras doenças está diretamente relacionado com acesso a direitos fundamentais, como a saúde, por exemplo. E é muito estratégico esse comitê para que a gente possa ter uma ação colaborativa com vários entes do Governo do Estado, secretarias e órgãos, pensando na promoção de direitos através do combate à tuberculose”.

De acordo com a chefe da Divisão de Assistência à Saúde Indígena do DSEI-MA, Léa Márcia Melo da Costa, trata-se de um momento importante. “Dada a relevância que a tuberculose e outras doenças negligenciadas têm, podemos dizer que elas acometem ainda a população do nosso estado, especialmente no caso da população indígena. Nós temos 53 mil indígenas aldeados e que é uma população vulnerável. Hoje a tuberculose tem como população indígena a quarta maior população vulnerável à doença. Tivemos no ano passado 26 casos de tuberculose e já iniciamos a nossa campanha no DSEI Maranhão”.

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Fonte: Agência de Notícias do Maranhão

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