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Espaço Social da Barra do Ceará completa um ano com mais de 4 mil atendimentos e impacto direto na comunidade
17 de dezembro de 2025 – 10:23
#Barra do Ceará #cultura #Espaço Social #Esporte #lazer
Ascom SPS – Texto e Fotos
O equipamento do Governo do Ceará amplia o acesso a esporte, cultura e qualificação e já transforma a rotina de crianças, jovens e adultos.
O Espaço Social da Barra do Ceará completou, em dezembro, seu primeiro ano de funcionamento, como um equipamento da Secretaria da Proteção Social (SPS) voltado à promoção de esporte, cultura e qualificação profissional. Inaugurado em dezembro de 2024, o espaço já soma 4.157 atendimentos, se tornando uma referência para crianças, jovens e adultos na comunidade.
Localizado na rua Moacir, funciona de segunda a sexta das 8h às 12h e 13h às 20h, oferecendo atividades gratuitas que vão do balé ao jiu-jitsu, do basquete à música, passando por FitDance, capoeira, coral, ateliê criativo e aventura do saber. Para se inscrever, os interessados devem comparecer presencialmente e apresentar documentação básica, como: CPF, comprovante de endereço, declaração escolar e documento oficial com foto.
Segundo Caio Cavalcante, secretário executivo da Infância, Família e Combate à Fome da SPS, o espaço tem como objetivo “promover inclusão, ampliar o acesso a atividades esportivas e culturais, fortalecer vínculos comunitários e garantir oportunidades de formação para todas as faixas etárias”. Ainda ressalta, “os resultados do primeiro ano mostram que a política pública tem alcance real na vida da população, especialmente em áreas vulneráveis”.
Histórias que mostram o alcance do equipamento
O impacto aparece tanto nos números quanto nas histórias dos moradores. Uma delas é a de Maria Eneide Alves, de 74 anos, moradora da mesma rua há mais de quatro décadas. O prédio que hoje abriga o Espaço Social já foi a creche onde seu neto estudou, mas ela afirma que a nova estrutura trouxe movimento, lazer e oportunidades que antes não existiam.

“Eu sempre quis fazer um curso de costura de verdade, mas nunca pude. Aprendi com a minha mãe, lá no interior, numa máquina de pedal sem energia. Aqui eu estou aprendendo coisas que não sabia, até como tirar medida do jeito certo” afirma. Para ela, a chegada do espaço “trouxe lazer, atividades para as crianças e uma nova vida para o bairro”.
As crianças também têm histórias marcantes. Luana Vitória Freitas, de 11 anos, encontrou no espaço o tão sonhado curso de balé profissional gratuito. “Desde os cinco anos eu queria muito, mas minha mãe não tinha como pagar. Aqui eu entrei de graça e estou há três meses fazendo o que sempre quis”, conta.

Yorrane Teixeira, de 13 anos, reforça o sentimento. “Quando eu tinha quatro anos eu já dizia que queria balé. Uma amiga da minha mãe falou da vaga, eu pedi e ela me trouxe na mesma hora” relata.

A presença de jovens no pátio e na quadra confirma outra mudança significativa. Luiz Kailan, de 16 anos, aluno do basquete, diz que o espaço alterou a rotina dos adolescentes. “Os jovens estavam muito soltos. Agora muita gente vem pra cá, faz esporte, participa de atividades. Isso muda as pessoas” afirma.
Participação que atravessa gerações

Entre os adultos, o espaço se tornou ponto de encontro e suporte emocional. Juvenilha Barbosa, de 38 anos, acompanhou a construção desde o primeiro tijolo. “Perguntei na época o que ia ser e me disseram que seria um espaço social para toda a comunidade. Fiquei feliz demais “, recorda.

Hoje, ela e a família inteira fazem parte das atividades. “Eu já fiz depilação e estou no segundo curso de costura. Minha mãe, de 76 anos, faz zumba. Meu filho faz jiu-jitsu e minha filha faz balé. Até minha sobrinha e minha irmã participam. O espaço envolveu todo mundo “, afirma.

Para a irmã dela, Ana Glória Barbosa, o equipamento assumiu um papel ainda mais profundo. “Eu perdi meu filho e aqui eu encontrei força. Esse espaço me ajuda todos os dias. É muito importante para a comunidade, porque aqui a violência sempre esteve muito presente” explica. Segundo ela, o equipamento “acolhe, protege e oferece caminhos que antes não existiam”.
