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DRCC participa da operação Alias
Na data de hoje, 10/12/2025, a Delegacia Especial de Repressão a Crimes Cibernéticos do DF (DRCC/PCDF), ligada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR), participou de uma operação conjunta com as Polícias Civis de Santa Catarina, Distrito Federal, São Paulo, Pará e Maranhão. A operação, intitulada OPERAÇÃO ALIAS, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em fraude e lavagem de dinheiro.
A investigação apurou uma sofisticada fraude de antecipação de recebíveis, que resultou em um prejuízo superior a R$ 88 milhões. Os criminosos utilizaram cadastros fraudulentos de fornecedores de uma grande multinacional brasileira em uma plataforma de intermediação de antecipações. Esse esquema permitiu que os fraudadores obtivessem a antecipação de milhões de reais junto a bancos parceiros, personificando fornecedores legítimos. Em razão da sigilosidade das investigações, o nome da empresa multinacional não será divulgado. A investigação central foi coordenada pela Polícia Civil de Santa Catarina, com apoio das Polícias Civis do Distrito Federal, São Paulo, Pará e Maranhão.
As diligências revelaram que o grupo criminoso não se limitava à fraude inicial, mas operava um complexo esquema de lavagem de dinheiro. Foram identificados padrões típicos de ocultação de valores, como o uso de pessoas físicas como interpostas (“laranjas”), bem como empresas com aparência regular, mas sem a correspondência operacional ou física compatível com os altos volumes movimentados.
Os suspeitos realizavam depósitos vultosos em espécie (dinheiro vivo). Em um caso, um dos investigados chegou a depositar mais de R$ 1,5 milhão em dinheiro em um único dia, por meio de várias transações em contas de suas empresas.
A Operação Alias cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais no Distrito Federal, Pará, Maranhão e São Paulo. No Distrito Federal, foram cumpridos mandados em pelo menos 08 (oito) locais nas cidades do Gama, Águas Claras, Ceilândia e na área central de Brasília (Plano Piloto).
Entre os investigados, a Polícia Civil identificou indivíduos com conhecimento em sistemas e cibersegurança, além de um estelionatário do DF já conhecido por seu envolvimento em grandes fraudes anteriores.
Com o objetivo de descapitalizar e asfixiar economicamente o grupo criminoso, foi determinado o bloqueio judicial de contas bancárias dos suspeitos e das empresas envolvidas, totalizando R$ 88 milhões, além do sequestro de diversos imóveis e apreensão de veículos de alto valor e luxo.
As investigações prosseguem sob a coordenação da Polícia Civil de Santa Catarina (DRCI/DEIC), com a cooperação das Polícias Civis do Distrito Federal, São Paulo, Pará e Maranhão.
Assessoria de Comunicação – PCDF
PCDF, excelência na investigação
