Áquila Leite e Celso Tomaz – Ascom Complexo do Pecém – Texto
Há exatos cinco anos, o Complexo do Pecém, joint venture formada pelo Governo do Ceará e o Porto de Roterdã, viveu um dia histórico. Isso porque, na manhã daquele 12 de agosto de 2016, as primeiras placas de aço produzidas pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), empresa instalada na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, começaram a ser embarcadas no Porto do Pecém para serem exportadas, iniciando assim uma história de muito sucesso e desenvolvimento para o Estado.
Naquele dia, uma carga total de 20 mil toneladas começou a ser embarcada no navio Emerald Bay, que alguns dias depois partiu para Itália e Turquia, primeiros países a receber as placas de aço produzidas em solo cearense. Para o presidente do Complexo do Pecém, Danilo Serpa, a data marcou a concretização de um projeto bastante aguardado e planejado pelo terminal portuário do Pecém.
“A chegada da Companhia Siderúrgica do Pecém à nossa ZPE Ceará pode ser considerada um divisor de águas nas operações do terminal portuário do Pecém. Nos preparamos muito para atender plenamente essa operação. A começar pelas correias transportadoras de carvão mineral e minério de ferro, insumos indispensáveis para a produção das placas de aço”, destaca Danilo Serpa.
O presidente do Complexo do Pecém explica que a fabricação das placas de aço, de certa forma, começa e termina no Porto do Pecém, já que o terminal portuário recebe os insumos para a produção e, por fim, é utilizado para a exportação do produto final. “Tudo tem início com o descarregamento desses insumos no nosso píer 1, dedicado a operação de granéis sólidos. Além disso, após um rigoroso processo de produção, o Porto do Pecém volta a ser crucial nessa operação, já que as placas produzidas pela CSP são embarcadas no nosso TMUT (Terminal de Múltiplas Utilidades) para mais de vinte países”, diz.
Para Eduardo Neves, presidente da ZPE Ceará, essa completa integração entre a ZPE Ceará e o Porto do Pecém foi um dos diferenciais competitivos que impulsionaram o sucesso das exportações de placas de aço produzidas no Ceará. “O fato de termos um terminal portuário tão próximo foi fundamental para a operação CSP. Essa integração, juntamente com os incentivos administrativos, fiscais e cambiais concedidos pela ZPE Ceará, foi fator preponderante para o sucesso da siderúrgica ao longo desses cinco últimos anos”, comenta Eduardo.
Balanço
Ao todo, entre agosto de 2016 e julho de 2021, mais de 13,2 milhões de toneladas de placas de aço foram embarcadas no Porto do Pecém, com destino a outros locais do Brasil e do mundo. Estados Unidos foi o país que mais recebeu o produto, sendo responsável por importar 5,66 milhões de toneladas, o que representa 42,65% do total. Na sequência, aparece o próprio Brasil, com 1,61 milhão de toneladas recebidas via navegação de cabotagem (12,18% do total).
Neste ano, 1,62 milhão de toneladas já foram embarcadas no Porto do Pecém, sendo 1,04 milhão com destino aos Estados Unidos; 507,9 mil toneladas para outros locais do Brasil; e mais 69,7 mil toneladas que partiram rumo ao Canadá.
“O aço está entre as principais commodities brasileiras, é um dos bens de consumo mundial que contribui fortemente na movimentação de cargas do Porto do Pecém. Hoje, posso dizer que a expectativa para os próximos cinco anos é positiva, pois a economia está voltando a ficar aquecida. Somente no Brasil, o setor estima um crescimento de 15% no consumo de aço no País, em 2021. E quando se fala de exportações, acreditamos que a economia seguirá nessa tendência de recuperação do consumo pós-pandemia”, finaliza Danilo Serpa.
Fonte: Governo do Estado do Ceará