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Arquivo da CLDF descarta 20 toneladas de documentos e faz doação para catadores


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Desde sua fundação, a Câmara Legislativa lida com documentos e informações sensíveis, que requerem manejo específico em todo o trâmite legislativo. Até o descarte desses documentos é feito de forma diferenciada. Na manhã desta quinta-feira (18), a CLDF executou um procedimento de eliminação de documentos que resultou na doação de toneladas de papel para uma associação de catadores de lixo.

Por, frequentemente, apresentarem informações sigilosas, esses papéis não podem ser descartados como lixo comum nem recolhidos pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU), então passam por um longo processo até poderem ser enviados para descarte. Após cumprirem suas funções administrativas, o ciclo vital desses documentos foi encerrado e a Comissão Permanente de Avaliação de Documentação decidiu, em 2015, que poderiam ser eliminados.

Os papéis passaram por um triturador mecânico e os resíduos foram recolhidos pela Cooperativa Renascer, que é responsável pelo sustento de cerca de 27 famílias de catadores de lixo. O material descartado era composto por documentos de pagamentos da FASCAL armazenados no período entre 1993, ano de fundação da Câmara, até 2010 e pesava aproximadamente 20 toneladas.

Arquivismo – O setor que supervisionou o processo de eliminação desses resíduos foi o Arquivo da Câmara Legislativa, que também é responsável pela elaboração de todo o fluxo documental da CLDF. Os arquivistas são responsáveis por organizar todo o trâmite de documentos da Casa e decidir sobre o que deve ser descartado e o que deve ser catalogado no Arquivo Permanente.

Também são encarregados de preservar o Arquivo Permanente, que não é composto apenas por documentos de papel, mas também de outros suportes como áudio e vídeo. Através da análise e avaliação de documentação, que contém dados importantes sobre a história da Câmara e sua atuação no DF, arquivistas auxiliam no trabalho de pesquisadores ao facilitar o acesso e a catalogação do conteúdo do Arquivo e a classificação recebida de acordo com a Lei de Acesso à Informação.

Sobre o trabalho vital desempenhado pelo setor, o chefe do Arquivo, Ricardo Sanches São Pedro, afirmou que a natureza do trabalho desenvolvido mudou graças à implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) no final do ano passado. “Ocorreu uma grande economia, não só em relação à quantidade de papel utilizada pela Câmara, mas também de material de escritório, no uso de aparelhos eletrônicos como impressoras e até no transporte de material. Porém, o trabalho do arquivista não está no suporte, mas sim na informação e, com a implementação de um novo sistema, surgem novas demandas. Atualmente, estamos focados na segurança de armazenamento e confiabilidade das informações presentes nesses documentos eletrônicos e nos repositórios que usamos para armazená-los”, explicou.

Victor Cesar Borges (estagiário)
Foto: Divulgação/Arquivo CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa

Fonte: CLDF

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