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Cachoeira do Sul: a pedido do MPRS, Tribunal de Justiça decreta prisão preventiva de empresário acusado de perseguir mulheres

Publicado em: 04/11/2025 19:20

A pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o Tribunal de Justiça decretou, nesta terça-feira, 4 de novembro, a prisão preventiva de empresário de Cachoeira do Sul, acusado de perseguir mulheres e adolescentes no município. A medida foi tomada após recurso interposto pelo MPRS contra decisão anterior que havia indeferido o pedido de prisão.

“A atuação do Ministério Público neste caso teve como objetivo principal proteger a integridade física e psicológica das vítimas, especialmente mulheres e adolescentes, que foram reiteradamente abordadas e perseguidas pelo acusado. A conduta demonstrada nos autos revela um padrão de comportamento que ultrapassa os limites da convivência social e representa risco concreto à ordem pública”, destaca o promotor de Justiça Átila Castoldi Kochenborger, autor do pedido de prisão.

Entre janeiro de 2024 e outubro de 2025, o homem abordou diversas vítimas em via pública, conduzindo um veículo preto em baixa velocidade e proferindo comentários invasivos e tentativas de contato, que evoluíam para perseguições quando rejeitado.

Pelo menos nove vítimas foram identificadas, incluindo adolescentes, que relataram abordagens com insinuações de cunho sexual e tentativas de aliciamento. A reincidência das condutas, a pluralidade de vítimas e a ineficácia das medidas cautelares anteriormente impostas foram determinantes para a concessão da prisão preventiva.

A decisão destaca, ainda, que conforme a representação do MPRS que embasou o pedido de prisão preventiva, o acusado mantém residência nos Estados Unidos, circunstância que eleva o risco de fuga e consequentemente, prejudica a aplicação da lei penal. “Soma-se a isso o comportamento desajustado e descontrolado demonstrado pelo empresário, que revela propensão à reiteração e possibilidade concreta de novas investidas, inclusive interpelando as vítimas de uma forma mais contundente, vindo a colocar em risco a segurança principalmente de mulheres”, diz o documento.

Fonte: Agência de Notícias do Estado do RS

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