Advogada explica implicações do novo acordo de cessar-fogo em Gaza

Publicado em: 21/10/2025 01:48

Entrevistada do programa ‘Pautas Femininas’ foi Jacqueline Trinta, especialista em Direito Internacional

Agência Assembleia

A advogada Jacqueline Trinta, especialista em Direito Internacional, foi a convidada do ‘Pautas Femininas’ desta segunda-feira (20), na Rádio Assembleia (96,9 FM). A entrevista abordou o novo acordo de cessar-fogo em Gaza, mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as implicações jurídicas e humanitárias que envolvem o conflito no Oriente Médio.

Na entrevista com as jornalistas Josélia Fonseca e Régina Santana, a advogada, que também é presidente da Comissão de Direito Internacional da OAB/MA, explicou que o acordo prevê um cessar-fogo e a troca de reféns por prisioneiros. “Isso demonstra o quanto esse tipo de negociação exige cautela jurídica e diplomática, principalmente quando se trata de atores não estatais”.

Segundo ela, a realidade das zonas de conflito é muito mais complexa do que o que é divulgado nos noticiários tradicionais. “O que vemos são apenas uma fração do sofrimento e das consequências jurídicas, sociais e humanitárias desses conflitos. É fundamental analisar os contextos históricos e políticos para entender o impacto real dessas crises sobre a população”.

A especialista também discutiu que as mulheres acabam sendo alvos de violência de forma sistemática nos conflitos armados. “Os estupros coletivos em mulheres e crianças, por exemplo, não são apenas crimes isolados, mas muitas vezes utilizados como arma de guerra para aterrorizar comunidades, desestruturar famílias e dominar territórios”.

Jacqueline Trinta comentou ainda sobre o papel do presidente dos Estados Unidos no recente acordo. “Ele está agindo dentro de uma boa relação diplomática com as partes envolvidas e com a comunidade internacional. Suas ações estão amparadas pelos princípios da Carta das Nações Unidas e pelas diretrizes estabelecidas pela Comissão de Genebra”.

Para ela, isso não elimina as complexidades políticas e humanitárias do conflito, mas oferece um respaldo jurídico internacional para a mediação. “É essencial que continuemos atentos e informados para ter uma compreensão profunda de que os direitos humanos sejam respeitados, mesmo em meio a conflitos tão complexos”, finalizou.

Assista ao programa na íntegra:

Fonte: Agência de Notícias do Estado do MA

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