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Governo Leite é destaque internacional sobre resiliência na educação no enfrentamento às enchentes no Rio Grande do Sul
O governo do Estado foi destaque internacional durante o evento “Webinário Global sobre Financiamento da Resiliência na Educação”, realizado na quarta-feira (29/10). Representando o Brasil, a secretária da Educação, Raquel Teixeira, compartilhou as estratégias adotadas na área pelo Rio Grande do Sul após as enchentes de 2024 e as ações de preparação que a Rede Estadual realiza para lidar com os eventos climáticos extremos.
O encontro promovido pela Aliança Global para a Redução do Risco de Desastres e Resiliência no Setor da Educação (Gadrrres, na sigla em inglês) e pelo Comitê Internacional de Resgate (IRC – International Rescue Committee) reuniu especialistas e gestores de diferentes países para discutir como o investimento em resiliência educacional pode impulsionar a redução de riscos, a continuidade da aprendizagem e o desenvolvimento sustentável.
O webinário foi conduzido pelo conselheiro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Olaf Kooijmans, e contou ainda com a participação da diretora de Educação, Recuperação Econômica e Desenvolvimento do IRC, Emma Gremley; da chefe de Parcerias Estratégicas e Capacidades da Parceria Global para a Educação (GPE, na sigla em inglês), Sarah Beardmore; e da chefe de Comunicações do Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres (UNDRR, em inglês), Jeanette Elsworth.
Durante sua fala, Raquel Teixeira destacou o protagonismo do Rio Grande do Sul na construção de uma rede educacional segura e resiliente. “O mais necessário agora é que a educação seja o centro das preocupações quando estamos falando de investimentos. A escola é onde os estudantes aprendem hábitos e influenciam professores e famílias. Se queremos um novo mundo, precisamos começar com os estudantes”, afirmou.
– Foto: Divulgação Seduc
A secretária também ressaltou que o governo do Estado estabeleceu a Agenda da Educação 2025 – 2035, um documento que define as prioridades estratégicas da educação gaúcha nos próximos dez anos. Entre as metas, estão temas de resiliência climática, que servem como referência para direcionar as políticas públicas e, assim, tornar as escolas mais seguras e acolhedoras.
Além disso, Raquel detalhou como a Rede Estadual reagiu aos eventos de 2024, abordando as questões práticas. “Fizemos uma tipologia de classificação para priorizar reformas, levando em consideração escala e urgência. Estamos trabalhando com planos de contingência individualizados para cada escola, considerando sua localização e vulnerabilidades”, explicou.
Raquel enfatizou ainda a importância de formar professores e equipes escolares para a elaboração e a implementação desses planos. “Uma escola resiliente é aquela que antecipa riscos. Ao mapear vulnerabilidades, evitamos desastres. Os eventos extremos continuarão acontecendo, mas o desastre é quando o evento encontra a vulnerabilidade. Por isso é tão importante investir em escolas, colocando a prevenção como um pilar central”, concluiu.

– Foto: Divulgação Seduc
Voltado a profissionais, doadores e representantes das comunidades globais de educação, mudanças climáticas e redução de riscos, o evento trouxe à tona a necessidade de consolidar políticas de financiamento permanentes para assegurar a continuidade do ensino em contextos de crise. A experiência gaúcha foi apresentada como exemplo de governança e planejamento integrado entre as áreas de educação, infraestrutura e proteção social, servindo de referência para outros países.
Texto: Ascom Seduc
Edição: Secom
