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Porto Alegre: acusados pelo MPRS são condenados por matar mulher grávida durante troca de tiros
Três homens acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados pelo Tribunal do Júri em Porto Alegre por homicídio doloso qualificado de Cíntia Rosa da Silva, 29 anos, que estava grávida, além de outras duas tentativas de homicídio. As penas aplicadas são de 32 anos, oito meses e 20 dias; 31 anos, três meses e 20 dias; e 25 anos e três meses de prisão. O julgamento ocorreu no Fórum Central, se iniciando na manhã de quarta-feira, 3 de dezembro, e se encerrando na madrugada desta quinta-feira, 4. O promotor de Justiça Fernando Bittencourt atuou em plenário.
Os crimes ocorreram em 28 de dezembro de 2020, de acordo com o MPRS, durante confronto entre duas facções rivais que disputavam pontos de tráfico na zona sul da Capital. Os acusados chegaram ao local em um veículo roubado e armados, com a intenção de atacar integrantes da facção adversária. Ao começarem os disparos, houve reação, resultando em intenso tiroteio. Cíntia, que não tinha qualquer envolvimento com o conflito, foi atingida por um dos disparos enquanto caminhava para um mercado no Bairro Santa Tereza.
Além de Cíntia, duas pessoas ligadas à facção local foram baleadas. O promotor Fernando Bittencourt informou que recorrerá para aumentar as penas dos condenados. Um quarto réu foi absolvido. Os criminosos foram responsabilizados por homicídio doloso e qualificado por motivo torpe, perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima; dupla tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras; além dos crimes conexos de receptação e roubo de veículos, bem como de corrupção de menores.
