PRONATEC: Reeducandas da Penitenciária Júlia Maranhão recebem certificação do Curso de Costureira

O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária e da Secretaria de Estado da Educação, entregou nesta quarta-feira (19) certificados a 18 reeducandas da Penitenciária Maria Júlia Maranhão, em João Pessoa. Elas concluíram o Curso FIC de Costureiro de Máquina Reta e Overloque, com 160 horas/aula na própria unidade prisional. A capacitação foi promovida pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), na ação Mulheres Mil – Educação, Cidadania e Desenvolvimento Sustentável.

O gerente executivo de Ressocialização da Seap-PB, João Rosas, avalia que o momento é muito importante para a Seap e para a Secretaria da Educação, mais uma certificação, mais uma formação técnica foi concluída, “e estamos seguindo justamente essas diretrizes do nosso secretário João Alves, do governador João Azevedo, de ampliar a política de reintegração social, sobretudo com a educação. E aqui, nós certificamos todas as participantes do projeto Castelo de Bonecas, além da habilidade técnica que elas já possuem, agora a certificação ou seja, vamos poder formalmente comprovar as habilidades que foram adquiridas nessa formação técnica”.

O gestor acrescenta que, após cumprimento da pena, as reeducandas possam ingressar no mercado de trabalho formal, empreendendo e também participando futuramente da cooperativa social que está em formação.

Tatiana Pimentel, diretora da Penitenciária Feminina, Maria Júlia Maranhão ressalta que “os cursos profissionalizantes oferecidos pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação às reeducandas, revelam uma gestão comprometida com a reintegração de pessoas que estão à margem da sociedade, na perspectiva de que elas não voltem a cometer outros crimes e, dessa forma, diminuam a reincidência penal, contribuindo eficazmente com a segurança pública do nosso estado”.

A professora Adriana Cardoso, coordenadora-geral do ParaíbaTEC e PRONATEC, da Secretaria da Educação, entende que é muito importante a certificação para que elas possam ter novas perspectivas a partir desse curso. “O programa Mulheres Mil chega justamente para fortalecer e empoderar essas mulheres com novas perspectivas a partir da dinâmica da saída da unidade prisional. Aqui elas já têm todo esse suporte educacional, capacitação profissional, para que elas possam já entender e serem encaminhadas para o mercado de trabalho. Isto vai dar mais possibilidades futuras para elas”.

O programa Mulheres Mil é ofertado para o público de mulheres em situação de vulnerabilidade social, em unidades prisionais, em periferias, mulheres indígenas e quilombolas. “Teve uma aluna que me abordou, já pedindo curso de microempreendedor individual, então elas já percebem essa visão futura. A proposta do Mulheres Mil vem com essa perspectiva, fazer com que elas entendam que a partir daqui elas podem muito, podem mais”, complementa a professora Adriana Cardoso.

Andressa Freitas, pedagoga e supervisora do curso, destacou: “Eu compreendo como uma oportunização tanto para elas como para a gente. A receptividade foi bem positiva. Claro que é importante também a remição da pena, mas a gente via o interesse delas em novas aprendizagens, uma possibilidade de mudança para o futuro e elas compreendiam que esse passo pode ser dado através da educação, elas mostravam o tempo todo interesse nisto”.

A reeducanda C.G. revela: “Esse curso tem uma importância muito grande para nós aqui dentro. Esse certificado vai nos possibilitar conseguir um emprego em uma cooperativa ou em diversas áreas da costura, como também abrir o próprio negócio, então é um curso fantástico, só tenho a agradecer a todos que viabilizaram essa capacitação.

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Ascom/Seap-PB

Texto e fotos: Josélio Carneiro de Araújo