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Vice-governadora assina adesão do Governo de SC a protocolo de intenções para ação de enfrentamento à violência contra as mulheres

Publicado em: 18/11/2025 21:59

Fotos: Richard Casas

A vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm, assinou a adesão do Governo do Estado ao protocolo de intenções para a criação da campanha “Aqui Não”, iniciativa da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC), que conta também com a participação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e da NSC Comunicação. A ação, que será realizada em regime de mútua cooperação, tem como objetivo prevenir e enfrentar o assédio e a violência doméstica e familiar contra as mulheres. O ato foi celebrado na tarde desta terça-feira, 18, em Florianópolis.

Segundo Marilisa, a FACISC merece reconhecimento pela iniciativa e pela disposição de liderar a pauta do enfrentamento à violência contra as mulheres no setor empresarial. Para ela, empresas que valorizam a segurança das mulheres fortalecem suas equipes, seus resultados, sua reputação e contribuem diretamente para o desenvolvimento humano e econômico do Estado e do Brasil.

“Como vice-governadora, eu reafirmo o compromisso do Governo do Estado nessa causa. Sob a liderança do governador Jorginho Mello, Santa Catarina tem atuado de forma firme e responsável para fortalecer políticas de proteção, prevenção e combate à violência contra as mulheres. Estamos ampliando redes, aprimorando fluxos, fortalecendo estruturas, investindo em formação, integração, tecnologia e acolhimento. Porque segurança não é um discurso, é entrega, é ação, é presença onde a vida acontece”, comentou.

A secretária de Estado da Assistência Social, Mulher e Família, Adeliana Dal Pont, citou que a diariamente violência contra a mulher “não escolhe classe social, religião ou profissão”. De acordo com ela, infelizmente, os casos acontecem em todos os espaços da sociedade. “E por isso é necessária uma resposta ampla, articulada e firme. Quando o setor empresarial, por meio da FACISC, une esforços com o Ministério Público, com o Governo do Estado e com o projeto ‘Antonietas’, estamos construindo uma rede de proteção que ultrapassa limites institucionais”, assegurou.

O vice-presidente da FACISC, César Smielevski, explicou que a entidade decidiu iniciar a campanha pois, apesar dos altos índices socioeconômicos do Estado, a violência doméstica exige um trabalho conjunto da sociedade. Assim, a instituição fez uma parceria com o Ministério Público, com a NSC Comunicação e com o governo catarinense. “Nos associamos também ao Governo do Estado em função não só da capilaridade em todas as regiões, mas também pela expertise que o governo já tem no assunto. E para nós é uma honra termos aqui a vice-governadora que, além de representar o Estado, é uma defensora do enfrentamento da violência contra as mulheres”, destacou.

Para a promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo Especial de Atendimento a Vitímas de Crimes (NEAVIT), Chimelly Louise de Resenes Marcon, o ato representa um pacto “muito firme” na construção de espaços seguros, acolhedores e comprometidos com a dignidade das catarinenses. “Proteger meninas e mulheres não é somente o papel do Estado. É uma responsabilidade que merece ser compartilhada. É uma escolha ética, um compromisso social para o futuro”, argumentou.

Raquel Vieira, coordenadora de conteúdo digital da NSC e uma das criadoras do projeto “Antonietas”, citou que a iniciativa surgiu com a meta de não ser algo somente para março, tradicionalmente conhecido como “Mês da Mulher”. A ideia é que seja uma atividade perene, que permaneça no cotidiano das ações do grupo de comunicação. “Para nós faz muito sentido que o projeto saia da NSC e venha para a sociedade”, concluiu.

Protocolo

De acordo com a FACISC, o protocolo de intenções é o primeiro passo da campanha, que contará com projetos, capacitações e outras ações de interesse comum para o enfrentamento à violência contra as mulheres. A intenção é que, durante 24 meses, seja promovida a conscientização social, a responsabilidade empresarial e o fortalecimento das redes locais de proteção às vítimas. O período de vigência poderá ser aumentado conforme interesse dos participantes.

A FACISC, junto com sua rede associativa que conta com mais de 47 mil empresas em todo o Estado, vai ser responsável por seis demandas: divulgar o acordo e estimular a adesão das associações empresariais catarinenses; apoiar a disseminação de informações e boas práticas; mobilizar empresários, lideranças locais e colaboradores para participação em campanhas e capacitações; promover a inserção dos temas como o respeito aos direitos das mulheres nas práticas empresariais e nos princípios de governança associativa; incentivar, entre as associações empresariais, a criação de projetos locais voltados à promoção de ambientes de trabalho seguros e respeitosos; e disponibilizar estrutura de comunicação, logística e, se necessário, espaços físicos para a execução das atividades conjuntas.

O MPSC, por sua vez, fica responsável pela coordenação e apoio técnico; pelo fornecimento de subsídios técnicos, materiais educativos e informações institucionais relevantes sobre o enfrentamento da violência contra a mulher; pela promoção de campanhas de sensibilização, capacitações e ações educativas direcionadas ao público empresarial, trabalhadores e sociedade em geral. A entidade também estará focada na articulação institucional com órgãos públicos, entidades da sociedade civil e redes locais de proteção para fortalecer a atuação integrada.

Mais informações:
Jornalista Alessandro Bonassoli
Assessoria de Comunicação
Gabinete da Vice-governadora
(48) 3665-2186
E-mail: alessandro.bonassoli@gvg.sc.gov.br

Fonte: Agência de Notícias do Estado de SC

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