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Palestrantes internacionais abrilhantam primeiro dia do Seminário Nacional de Mediação Comunitária


Palestrantes.jpgNesta quinta-feira, 12/11, iniciaram os trabalhos do I Seminário Nacional de Mediação Comunitária – Construindo um futuro de paz com democracia. O seminário celebra os 20 anos do Programa Justiça Comunitária – PJC do TJDFT e conta com a parceria do programa EUROsociAL da União Europeia e apoio da Fundação Internacional e Ibero-americana de Administração e Políticas Públicas (FIIAPP) e da Fundação Avocacia Espanhola. As palestras e debates se estendem até esta sexta-feira, 13/11. Confira a programação

O evento contou, em sua abertura, com a presença do Presidente do TJDFT, Desembargador Romeu Gonzaga Neiva, da 2ª Vice-Presidente do TJDFT, Desembargadora Sandra De Santis, da Vice-Procuradora-Geral de Justiça do MPDFT, Selam Sauerbronn, da Deputada Federal Érika Kokay, da Juíza do TJDFT Caroline Santos Lima, representando a Amagis-DF, e da Juíza do TJDFT Coordenadora do PJC e idealizadora do programa,Gláucia Foley, dentre outros.

O Seminário tem o objetivo de discutir questões relevantes relacionadas à mediação comunitária, compartilhar experiências internacionais e traçar estratégias políticas para o fortalecimento da prática a fim de contribuir para um futuro de paz e democracia. Neste sentido, os palestrantes do primeiro dia, Francisco Díez, Fadhila Mammar e Alejandro Natò, contribuíram, respectivamente, com as palestras “Construção da paz diante das violências estruturais”, “O medo do outro – exclusão e não integração” e “Mediação Comunitária na perspectiva dos Direitos Humanos”.  

Ao término do evento, ao analisar as atividades do dia, a juíza Gláucia Foley afirmou como foi instigante ouvir as visões dos três palestrantes, visto que as falas se interconectam e se complementam de maneira muito harmoniosa. E comentou as participações.

A abordagem do professor Díez tratou das estratégias para que a mediação aborde o conflito não somente na sua dimensão de episódio, mas na análise de todo o contexto social, político, cultural onde este conflito se insere, ou seja, no epicentro. Saber quais são as relações de hierarquia, de poder, que estão no contexto desses conflitos é uma orientação do palestrante e uma premissa para a Justiça Comunitária, “essencial para que o programa possa atuar na mediação comunitária, não a partir necessariamente de conflitos, mas a partir da vivência das pessoas na comunidade e nas suas relações, não só afetiva, mas nas relações de poder também, tanto na esfera privada quanto na pública”, destacou a magistrada.

Quanto à professora Fadhila, a juíza destacou a energia da palestrante, que lembrou a todos que essas diferenças que levam à exclusão do outro resultam de uma binariedade hierárquica, que é fruto de um processo histórico, e para que se dê essa virada, nesse momento de configuração, de tanta polarização, é necessário apostar no conhecimento e no reconhecimento do outro, nas conversas, nos diálogos e nas incompletudes de cada um, para que todos possam se complementar. E que essa é uma dimensão importante da necessária revolução que nós temos que fazer.

Med Comunitaria.jpeg“E daí vem o Natò arrematando com a sua eloquência pra falar da importância da democracia participativa para que não haja o risco de que nós busquemos uma passividade que pode ser uma forma de controle social, uma forma de sufocar conflitos”, observou a idealizadora do PJC. A magistrada destacou na fala do mestre em mediação, a importância de ampliar, pela mediação comunitária, os canais de participação política evitando a colonização. “E pra isso é necessário que a gente transforme a nossa forma do fazer política, do fazer mediação comunitária, que não pode ser uma forma colonizadora, verticalizada. Essa nova epistemologia de colonial, que seja descolonizadora é fundamental”.

A juíza e coordenadora do Programa Justiça Comunitária finalizou registrando que “todos os aspectos de cada fala somam, nos ajudam e projetam luz sobre o nosso caminho pra nos ajudar a pensar nos desafios dos próximos 20 anos”.

Nesta sexta-feira, 13/11, as atividades do Seminário serão retomadas a partir das 14h30. Os participantes podem acompanhar a transmissão do evento por meio do canal do TJDFT no YouTube.

Fonte: TJ DF

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