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Governo do Tocantins apresenta Cartas Climáticas que vão auxiliar a gestão ambiental no Estado


Governo do Tocantins apresenta Cartas Climáticas que vão auxiliar a gestão ambiental no Estado

23/11/2020 – Cleide Veloso/Governo do Tocantins

Uma equipe do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) acompanhou na sexta-feira, 20, a videoconferência de apresentação das Cartas Climáticas do Estado realizada pelo Governo do Tocantins. Durante o encontro virtual foram destacados dados de três décadas de levantamento, que apontam tendências climáticas, aspectos dos volumes hídricos e estimativas da temperatura no território tocantinense, em cada período do ano. As informações são consideradas importantes referenciais, que podem auxiliar o planejamento de programas e ações na gestão ambiental do Estado.

“As informações climáticas são indicativos na previsão de resultados para diversas áreas. Na gestão de atividades e ações ambientais pode auxiliar no planejamento programas, ações, operações preventivas, análises de processos e diversas decisões tomadas pela gestão e pelas equipes em suas respectivas áreas. O Governo do Tocantins adota, de maneira assertiva, os recursos tecnológicos que hoje estão à disposição da sociedade e o Naturatins acompanha os avanços do Estado”, pondera Sebastião Albuquerque, presidente do Naturatins.

“Os dados apresentados nas Cartas Climáticas reúne um histórico do comportamento hídrico e da temperatura, que se reflete nos biomas de cada região do Estado, conforme o período do ano. Esse levantamento traz aspectos importantes que requer atenção na gestão da proteção e qualidade ambiental do Estado e no desempenho de todos os setores vinculados a questão ambiental”, reiterou Eliandro Gualberto, diretor de Proteção e Qualidade Ambiental do Instituto.    

“As Cartas Climáticas mostram as regiões com maior volume de precipitação e traz estimativas do aumento da temperatura para o futuro, que indica a necessidade de manter o controle do desmatamento, além de ações que possam gerar ganhos ambientais e evitar impactos que potencializam a possibilidade de prejuízos a várias áreas. O produto apresentado é importante para o monitoramento ambiental e para as demais etapas de gestão dos recursos naturais”, avalia Renato Pires, gerente de Monitoramento e Gestão de Informação Ambiental.

Também acompanharam o lançamento das Cartas Climáticas, o gerente de Inspeção Ambiental, Eder Soares, a arquiteta da Assessoria de Planejamento, Verônica Amaral e o inspetor de Recursos Naturais do Instituto, Aldaires Pacheco. A transmissão do lançamento está disponível no canal do Governo do Tocantins, para assistir basta clicar no link https://youtu.be/ms9R7zBKIaU

Lançamento

O secretário-Executivo de Planejamento e Orçamento, Sergislei Silva de Moura realiza a abertura do evento destacando que as Cartas Climáticas é um documento sistematizado que traz os principais elementos do clima, importantes para o planejamento de ações e gestão do território tocantinense, proteção das pessoas, meio ambiente e setores produtivos, bem como para o norteamento de políticas públicas e investimentos no Estado.

A apresentação mediada pelo técnico da Secretaria da Fazenda e Planejamento, Rodrigo Sabino, destaca que no documento constam diagnósticos dos principais padrões climáticos, distribuição e intensidade de chuvas no Estado, variações da temperatura nas estações, e informações climáticas essenciais ao desenvolvimento econômico e uma série de atividades.

A consultora do Consórcio, Dionara de Nardin, geógrafa e mestre em Análise Ambiental faz um resumo das etapas da apresentação, enumerando os pontos de abordagem, como a composição do projeto, objeto, financiamento, forma de contratação, principais números, metodologia e resultados verificados no Tocantins, com a apresentação detalhada de Palmas.

Em seguida, Débora Simoes, meteorologista, engenheira Hídrica e doutora em Sensoriamento Remoto apresenta resultados diagnosticados, após um breve panorama da circulação atmosférica e características climáticas que predominam sobre o Tocantins. E aponta o sentido das incidências das massas de ar quente e frio que circulam e impactam a atmosfera.

Débora Simões mostra dados da variabilidade climática; aponta anomalias e fenômenos que influenciam a temperatura global. Também esclarece como esses eventos se refletem ou podem ser percebidos a cada período do ano. Nos resultados, aponta tendências de impactos no rendimento da produção de grãos e a previsão de elevação da temperatura global, caso ações de mitigação do efeito estufa não sejam colocadas em prática.

Os mapas do levantamento ilustram a redução do período chuvoso nas regiões noroeste, central e norte do Estado e o aumento nas regiões sudeste e sul. Contudo, a variação pluviométrica se mostra favorável à maior acumulação de volume e precipitações na região norte e menor na região sul, no período de estiagem. Para a engenheira, os eventos naturais podem impactar a produção agrícola, o desempenho de obras e o abastecimento urbano.

Patrícia Cruz doutora em Meteorologia Agrícola, concentra sua explanação nos dados agrometeorológicos, com alguns exemplos. Já o diretor de Negócios da Codex Remote, Venícios Santos, pontua o volume de valor agregado e conhecimento na base de dados, além da adoção de diversas tecnologias para a obtenção do produto, o que torna importante manter disponível o acesso para o público, instituições bancárias, investidores, empreendedores e corpo técnico do Estado. Então Rodrigo Sabino assegura que todo o material será disponibilizado pelo Governo do Tocantins, para o aproveitamento de todos.

Cartas Climáticas do Tocantins

As Cartas Climáticas é um produto desenvolvido no âmbito do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado Sustentável (PDRIS) realizado no Estado, com apoio do Banco Mundial e serviços executados por meio de um consórcio formado pela Codex Remote, Gitec Brasil, Gitec IGIP (Consult GMBH). A elaboração foi conduzida pela Secretaria de Estado da Fazenda e Planejamento, por meio da Superintendência de Planejamento Governamental, com o trabalho da equipe da Gerência de Zoneamento Territorial.

O escopo do Termo de Referência do produto reuniu técnicos da Secretaria da Fazenda e Planejamento (Sefaz), do Núcleo de Meteorologia e Recursos Hídricos da Universidade Estadual do Tocantins (NMRH-Unitins), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).

 

Edição: Thâmara Cruvinel

Fonte: Governo TO

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