Com o objetivo de devolver à sociedade parte dos produtos produzidos pela horta da Unidade Penal de Palmas (CPP), a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio de sua Superintendência de Administração dos Sistemas Penitenciário e Prisional do Tocantins, doou ao Lar Batista F.F. Soares legumes, verduras e frutas durante o lançamento do Projeto Horta Itinerante nesta quarta-feira, 16, em Lajeado. Os alimentos foram distribuídos como a primeira ação do projeto e farão parte da alimentação das crianças acolhidas pela entidade, neste Natal.

Segundo o superintendente Orleanes Alves de Sousa, o lançamento do Projeto Horta Itinerante é uma determinação da gestão do secretário Heber Fidelis, em congruência com o governador Mauro Carlesse. “A Seciju tem uma gestão que prioriza essa devolutiva à sociedade, para mostrar que o preso, quando bem orientado, pode produzir serviços e bens de qualidade para melhorar a vida das pessoas”, destacou.

“Além disso, esse trabalho profissionaliza o custodiado, destrói estereótipos negativos que ainda venham a existir na sociedade, e o prepara para o mercado de trabalho, diminuindo a reincidência no ato criminoso”, completou o gestor do Sistema Penal.

O Projeto Horta Itinerante ocorrerá uma vez em cada mês, em edições especiais, ou sempre que houver uma solicitação por parte da comunidade.

Trabalho social

A entrega das hortaliças, que contou com a presença de parte da equipe dos Policiais Penais do Tocantins, foi feita ao pastor do Lar Batista F.F. Soren, de Palmas-TO, Robson Rocha Pereira, e à pastora, Judite Correia Costa Rocha Pereira, que atualmente, coordenam a entidade e cuidam de 20 crianças. “Eu acredito que a mesma esperança que move a criança, que recebe o alimento, é a esperança que também move o reeducando que cultiva e doa esse alimento. Isso que nos move adiante nesse projeto: esperança! ”, afirmou o pastor.

Hortas nas Unidades Penais

O diretor da Unidade Penal de Barrolândia, Leandro Oliveira de Sá, que esteve presente durante a primeira ação do projeto Horta itinerante, lembrou que as hortas fazem parte da rotina de trabalho e capacitação nas Unidades Penais do Estado. “A horta sempre foi uma espécie de terapia utilizada nas Unidades, a fim de trazer capacitação, gerar interação e fazer com que a pessoa privada de liberdade tivesse uma opção para remir sua pena pelo trabalho, além de uma interferência direta também na alimentação. Muito importante que hoje esses alimentos estejam também retornando à sociedade por meio do projeto”, ressaltou.

Leandro também ponderou sobre a mudança gerada também nos custodiados através do trabalho com as hortaliças. “Lembrando que no cuidado com as hortaliças, o custodiado cuida também de si, pois ele está se sentindo útil e devolvendo algo de muita qualidade à sociedade”, concluiu o diretor.

Edição: Thâmara Cruvinel