Esta terça-feira (8) marcou a disponibilização do programa ” Elas na Direção “, da Uber , para todo o Brasil. A iniciativa possibilitará que motoristas mulheres usuárias da plataforma aceitem apenas viagens de outras mulheres. O objetivo é trazer mais segurança para as parceiras da empresa, bem como abrir caminho para que outras mulheres conquistem autonomia financeira, segundo a empresa de transporte.
A novidade já chega ao país com o recurso U-Elas , que pode ser acionado pelo aplicativo a qualquer momento pelas motoristas. Desta forma, elas poderão ser chamadas apenas por outras mulheres. Igualmente, a ferramenta também abrange pessoas de identidade não-binária. O app já está avisando sobre o recurso via e-mail, que também pede a atualização de gênero para o ingresso no programa.
Além disso, o “Elas na Direção” também oferece cursos sobre empoderamento pessoal e econômico, e outras vantagens para as participantes da plataforma. Ainda segundo a Uber, a intenção é que no futuro as usuárias também possam escolher viajar apenas com motoristas mulheres ou de identidade não-binária.
“Entendemos que esse é um primeiro passo para que, no futuro, tenhamos um número suficiente de mulheres dirigindo para também oferecer essa opção para usuárias mulheres com a mesma eficiência”, afirmou Claudia Woods, diretora geral da Uber no país.
O Brasil foi pioneiro no programa, que era já testado há um ano nas cidades de Campinas, Curitiba e Fortaleza. A partir dos resultados obtidos, a Uber também expandiu a experiência para outros países da América Latina, como Costa Rica, Peru, Argentina, Paraguai e México.
Combate à violência de gênero
De acordo com o app, ao anunciar a novidade pensada em 2019, deixou clara a preocupação com o combate à violência de gênero. Sendo assim, foram levados em conta não apenas casos reportados sobre violências sofridas por mulheres motoristas na plataforma, mas também a violência doméstica e outros tipos de violações de gênero.
Em novembro, ao publicar sobre o “Elas na Direção”, a Uber divulgou uma pesquisa na qual 91% das motoristas do aplicativo no Brasil relataram que o trabalho trouxe mais autonomia e independência. Dessa maneira, 92% das entrevistas afirmaram que já sustentaram ao menos uma pessoa com o dinheiro gerado pela plataforma. Ao todo, 3.490 mulheres (motoristas e não motoristas) foram ouvidas. O estudo quantitativo foi conduzido pelo Instituto Patrícia Galvão e pela Locomotiva, com apoio da Uber.
De acordo com a empresa, a iniciativa faz diferença quando mulheres se encontram em situação de violência doméstica, visto que muitas delas não conseguem se desvincular do agressor porque não possuem meios de se sustentar ou sustentar os filhos.