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Policiais são demitidos por caçarem Pokémon em vez de criminoso

Policiais são demitidos por caçarem Pokémon em vez de criminoso
Felipe Ventura

Policiais são demitidos por caçarem Pokémon em vez de criminoso

É normal que a gente se distraia um pouco enquanto trabalhamos, vendo algo engraçado no TikTok ou jogando no celular para relaxar um pouco. No entanto, dois policiais acabaram levando isso longe demais: em vez de irem combater um assalto, eles foram procurar um Snorlax e um Togetic em Pokémon GO . Ambos foram demitidos e recorreram na Justiça – que manteve a decisão.

Aconteceu o seguinte: os policiais Louis Lozano e Eric Mitchell, do Departamento de Polícia de Los Angeles, estavam em uma viatura no dia 15 de abril de 2017, meses após Pokémon GO se tornar uma febre. O carro foi chamado via rádio para combater um assalto com vários suspeitos em uma loja de shopping. Os policiais disseram ao supervisor que não ouviram o pedido de reforço – mas a câmera interna do veículo desmentiu esse relato.

A gravação do DICVS, ou sistema de vídeo digital no carro, mostra que Lozano e Mitchell decidiram ignorar os pedidos via rádio. Eles acabaram levando a viatura na direção oposta ao shopping. Cinco minutos depois, começou a caçada aos Pokémon.

Mitchell disse que um Snorlax tinha acabado de aparecer no cruzamento de duas ruas; enquanto dirigiam até lá, os policiais também acharam um Togetic. A brincadeira durou cerca de 20 minutos.

A decisão judicial descreve o caso assim:

Depois que Mitchell aparentemente capturou o Snorlax – exclamando, “peguei!” – os peticionários concordaram em “capturar o Togetic” e foram embora. Quando o carro parou novamente, o DICVS gravou Mitchell dizendo “não fuja, não fuja”, enquanto Lozano descreveu como ele “derrotou e capturou” o Togetic usando Ultra Bolas antes de anunciar: “peguei”.

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Mitchell também tentou pegar um Togetic, que estava resistindo bravamente, mas enfim conseguiu. Ele comentou que “os caras vão ficar cheios de inveja”; ambos voltaram a uma loja de conveniência para finalizar o turno, e se encontraram com o supervisor, o sargento Jose Gomez.

Togetic em Pokémon Go (Imagem: avlxyz / Flickr)
Togetic em Pokémon Go (Imagem: avlxyz / Flickr)

Policiais dizem que não jogavam Pokémon GO

A defesa dos policiais consistiu em basicamente afirmar que:

  • não estavam jogando Pokémon GO , somente acompanhando um app de terceiros que rastreia Pokémon pelo celular;
  • não estavam capturando Pokémon, e sim fazendo capturas de tela naquele app para enviar aos colegas;
  • não estavam tendo dificuldade com o Togetic, e sim em tirar o print do monstrinho porque, “para capturar a imagem, ocasionalmente, a criatura acaba resistindo”.

Os policiais ainda admitiram deixar uma área de patrulha a pé para caçar Snorlax, mas insistiram que fizeram isso não só para “perseguir essa criatura mítica”, como para realizar uma “patrulha extra”.

Previsivelmente, essa defesa não colou. Um comitê do Departamento de Polícia de Los Angeles decidiu que Lozano e Mitchell são culpados de várias acusações de má conduta, incluindo: jogar Pokémon GO durante a patrulha em um veículo da polícia; não responder via rádio quando a viatura foi chamada; fazer declarações enganosas ao supervisor; e fazer declarações falsas durante uma investigação interna.

Os policiais abriram processo em um tribunal de primeira instância, que manteve a decisão de demiti-los. Então, eles recorreram à corte de apelações, onde um painel de três juízes confirmou a decisão por unanimidade na última sexta-feira (7).

Com informações: Ars Technica .

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