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Aplicativo paga até R$ 1,3 mil por dia para usuários fazerem lives de crimes

Reprodução/Citizen

Aplicativo Citizen

O Citizen, um aplicativo que funciona nos Estados Unidos com o objetivo de notificar as pessoas a respeito de emergências e crimes próximos a elas, tem oferecido dinheiro para quem fizer transmissões ao vivo.

O app tem recrutado “membros da equipe de campo” em Los Angeles e em Nova York, oferecendo entre US$ 200 e US$ 250 por dia de trabalho (entre R$ 1.030 e R$ 1.300, em conversão direta), em turnos de 8h e 10h. A função dos contratados é a de transmitir cenas de crimes ao vivo pelo aplicativo.

De acordo com a empresa, os eventos de emergência podem variar de “criança desaparecida e incêndio em uma casa a qualquer outra coisa”. Além de filmar, as pessoas também são responsáveis por “caçar” os crimes e entrevistar os envolvidos.

“Você precisará ser muito rápido, não apenas em termos de colocar ao vivo em momentos que agreguem valor aos usuários e apoiem a missão do aplicativo, mas também ser capaz de localizar e incorporar entrevistas dinâmicas que contribuir para a transmissão ao vivo”, diz o anúncio das vagas, encontrado pelo New York Post. Ao Gizmodo, o Citizen declarou que, atualmente, há 12 membros que fazem esse trabalho de campo.

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Lançado em 2016, o aplicativo se descreve como uma “rede de segurança pessoal”, emitindo alertas a respeito de casos próximos aos usuários. Para mapear os incidentes, o app usa registro dos próprios usuários e comunicações policiais.

Apesar de pedir aos usuários para “nunca se aproximar da cena do crime, interferir em um incidente ou atrapalhar a polícia”, o aplicativo é criticado por encorajar a justiça popular.

Em maio deste ano, o CEO do Citizen chegou a oferecer US$ 30 mil de recompensa para usuários que encontrassem um homem acusado de iniciar um incêndio florestal. Nome e imagem dele foram divulgadas no app e, em uma transmissão ao vivo, apresentadores encorajaram os usuários a “caçarem esse cara”. Depois, a polícia determinou que a acusação era injusta e o homem foi inocentado. A polícia disse, ainda, que as ações do Citizen foram potencialmente “desastrosas”.

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