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Sistema prisional do Ceará realiza o segundo aulão preparatório para o Enem PPL 2025
6 de novembro de 2025 – 13:34
#Enem PPL #ressocialização #SAP #sistema prisional
Natasha Ribeiro – Ascom SAP – Texto
SAP – Fotos
A Unidade Prisional Professor José Sobreira de Amorim (UP-Sobreira Amorim) realizou, nesta quinta-feira (6), o segundo aulão preparatório voltado aos internos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) 2025, que acontecerá nos dias 16 e 17 de dezembro. O primeiro ocorreu na Unidade Prisional de Aquiraz. A iniciativa é promovida pela Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), em parceria com a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc).
Os aulões serão realizados até dezembro em 18 unidades prisionais distribuídas entre a Região Metropolitana de Fortaleza e os municípios de Juazeiro do Norte e Sobral. Ao todo, 24 professores participam da ação. A Coordenadoria de Educação da SAP inscreveu mais de sete mil internos e internas nesta edição do Enem PPL. A ação integra o conjunto de políticas educacionais voltadas à ampliação do acesso à aprendizagem e à certificação de pessoas privadas de liberdade.
A atividade é acompanhada pela Equipe para Pessoas Privadas de Liberdade (EPPL), vinculada à Coordenadoria de Educação em Direitos Humanos, Inclusão e Acessibilidade (Coedh) da Seduc, em articulação com as escolas que ofertam ensino dentro das unidades prisionais do estado. O objetivo é reforçar o processo de ensino-aprendizagem dos internos, intensificar a preparação para o exame e estimular a continuidade dos estudos após a conclusão do ensino médio.
O secretário executivo de planejamento e gestão Interna, Álvaro Maciel, destacou a importância das políticas educacionais voltadas às pessoas privadas de liberdade. “Na Secretaria, acompanhamos cada interno desde a sua entrada no sistema prisional, identificando suas necessidades educacionais, seja alfabetização, ensino fundamental ou EJA. Esse acompanhamento individualizado garante que todos possam avançar nos estudos e chegar preparados ao ensino médio. O Enem PPL representa, nesse percurso, um momento central da trajetória educacional dessas pessoas privadas de liberdade. O aulão preparatório oferece um reforço adicional, contribuindo para que estejam ainda mais preparados para a prova e para as oportunidades de aprendizado e formação que a educação proporciona”, afirma.
A diretora da EEFM Aloísio Leo Arlindo Lorscheider, Sirlândia Dantas, ressalta a importância do aulão para os internos. “O Enem para Pessoas Privadas de Liberdade é uma oportunidade de transformação. Ele possibilita que aqueles que, por algum motivo, perderam o direito de ir e vir, possam alcançar a certificação do ensino médio e também sonhar com o ingresso no ensino superior. Essa iniciativa mostra ao interno do sistema prisional que é possível recomeçar por meio da educação, que o estudo abre caminhos e dá novas perspectivas de vida. O Enem PPL é uma prova voltada para um público específico, que muitas vezes enfrenta grandes desafios, mas que também demonstra muita dedicação e vontade de aprender. Assim, garantimos que essas pessoas tenham as mesmas oportunidades que qualquer outro estudante fora do sistema prisional, reafirmando o papel da educação como instrumento de inclusão e ressocialização”, disse.
O interno da Unidade Prisional Professor José Sobreira de Amorim (UP-Sobreira Amorim), Rodrigo Felipe, ressalta a importância dos aulões para sua conquista de uma vaga no ensino superior. “As oportunidades que encontrei aqui na Unidade foram transformadoras. Pude estudar, participar do Enem e conquistar uma boa pontuação. Hoje, concilio o trabalho dentro da Unidade com os estudos no ensino superior, dedicando minhas tardes e noites às aulas. Estou cursando Serviço Social e já estou no meu terceiro semestre. Quando sair da Unidade, pretendo concluir o curso, obter minha carteira profissional e me engajar plenamente na minha atuação profissional. Estudar sempre foi um sonho para mim, e poder realizar esse objetivo mesmo estando privado de liberdade mostra que a educação realmente abre caminhos e transforma vidas”, conclui.
