O Banco do Estado de Sergipe (Banese) pretende iniciar parcerias com ecossistemas de inovação, com foco em carteiras digitais e plataformas eletrônicas de venda e fintechs. Um passo decisivo para isso foi dado na quinta-feira (03), com aprovação do Projeto de Lei Ordinária nº 297, de autoria do Poder Executivo, na Sessão Extraordinária Mista do dia na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), em Aracaju. O PL inclui o Inciso 3º ao Artigo 3º da Lei nº 1.068 de 13 de Novembro de 1961, que cria o Banese. Agora o documento segue para sanção do governador Belivaldo Chagas.
A proposta do Banese para atuação no mercado, com foco em negócios digitais, segue tendência do sistema financeiro nacional, em especial dos grandes bancos, nacionais e estrangeiros, onde as receitas de serviços constituem-se importantes fontes de recursos e resultados. A mudança na legislação ainda possibilitará ao Banese, a criação de subsidiária, holding de participações ou participar de estrutura societária necessária para atuar de forma mais eficiente no ramo de distribuição de seguros e assistências, previdência aberta e capitalização, consórcios, loterias, carteiras digitais, plataformas eletrônicas de vendas, programas de fidelidade, plataformas de gerenciamento financeiro, meios de pagamento, entre outros.
Segundo o presidente do Banese, Helom Oliveira, o Brasil e o mundo acompanham um notório crescimento de negócios digitais, como por exemplo, carteiras, plataformas eletrônicas de vendas, programas de fidelidade, plataformas de gerenciamento financeiro, meios de pagamento e fintechs. “Esse cenário demonstra a mudança no comportamento dos nossos clientes, da concorrência, da forma corno pensamos sobre dados, inovação e como definimos o valor do nosso negócio e do nosso setor”, explica.
Para Helom, é essencial que as organizações pensem nos clientes como redes, entendam sua jornada e os comportamentos digitais que estão os impulsionando em diferentes setores e mercados. “O Banese deve posicionar diante dessas mudanças e isso requer um arcabouço jurídico que habilite a empresa a explorar arranjos societários que tragam celeridade na oferta de novos produtos ou serviços, bem como na criação de novos canais de vendas, prioritariamente digitais, que viabilizem a interação com os clientes sem fricção e no momento das suas necessidades”, detalha o presidente do banco.
Ele lembra que a atividade de comercialização de seguros junto à base de clientes do banco já existe há mais de 40 anos e recentemente vem aumentando significativamente. “A forma de melhorar a operacionalidade do Banese nessa área passa por um ajuste societário que, uma vez realizado, agregará valor ao Banese, na medida em que esta se constituirá em um novo ativo de significativo valor. Essa alteração legislativa possibilitará o atingimento de metas ajustadas e condizentes com o potencial da base de clientes existente”, destaca Helom Oliveira.