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Secretária da Fazenda destaca investimento recorde do Governo de Sergipe durante apresentação na Alese

Publicado em: 05/11/2025 13:19

A secretária de Estado da Fazenda, Sarah Tarsila, apresentou nesta quarta-feira (5), aos membros da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e Tributação da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), a Avaliação de Cumprimento de Metas Fiscais referente ao segundo quadrimestre de 2025. Durante o encontro, a gestora destacou o desempenho positivo das contas públicas e o nível recorde de investimentos realizados pelo Governo do Estado, especialmente em obras de infraestrutura. Somente nos oito primeiros meses deste ano, foram destinados R$ 517 milhões, um aumento de 70% em relação ao mesmo período de 2024, alcançando o maior patamar de investimento da história sergipana.

De acordo com os dados apresentados, a Receita Total do Estado somou R$ 12,5 bilhões entre janeiro e agosto deste ano, o que representa um crescimento nominal de 23%. Os três principais tributos estaduais — IPVA, ICMS e ITCMD — totalizaram R$ 3,6 bilhões, 12% a mais que no ano anterior. Já as Transferências Correntes oriundas do Governo Federal chegaram a quase R$ 6,1 bilhões, com aumento de 11% em comparação ao mesmo período de 2024.

A secretária também ressaltou o aumento das Receitas de Capital, impulsionado por operações de crédito, especialmente junto ao Banco Mundial, voltadas à reestruturação da dívida estadual. Em 2025, o Estado recebeu R$ 724 milhões dessas operações, gerando uma economia de aproximadamente R$ 100 milhões já no primeiro ano. O bom gerenciamento das contas permitiu ampliar os investimentos nas áreas sociais, como Saúde e Educação, que registraram crescimento expressivo de aplicação de recursos.

Na Saúde, o Governo destinou R$ 1,7 bilhão, o equivalente a 17,68% da arrecadação dos tributos vinculados, percentual bem acima do mínimo constitucional de 12%. Já na Educação, os investimentos chegaram a R$ 2,28 bilhões, representando um acréscimo de R$ 240 milhões em relação ao ano passado. Esses números, de acordo com Sarah Tarsila, refletem o compromisso do Governo com políticas públicas que priorizam o bem-estar da população e o fortalecimento dos serviços essenciais.

Outro ponto destacado pela secretária foi a redução do endividamento do Estado. A Dívida Consolidada Líquida fechou o segundo quadrimestre em R$ 308 milhões, o que significa uma queda de cerca de R$ 414 milhões em relação ao quadrimestre anterior. Conforme dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Sergipe possui a oitava menor relação entre Dívida Corrente Líquida e Receita Corrente Líquida do país, com índice de apenas 1,82%, muito abaixo do limite de 200% estabelecido pelo Senado Federal. Esses resultados reforçam a responsabilidade fiscal e a solidez das finanças estaduais.

A secretária de Estado da Fazenda, Sarah Tarsila, destacou o equilíbrio das contas públicas e o desempenho positivo das finanças sergipanas nos oito primeiros meses do ano. “De janeiro a agosto, tivemos um aumento de cerca de 23% da receita e um aumento de 21% da despesa, ou seja, é um equilíbrio que a gente está mantendo. Depois disso, é claro que começamos a perceber uma desaceleração da economia, mas ainda não afetou significativamente o Estado de Sergipe”, explicou. Ela também ressaltou o volume expressivo de investimentos realizados no período. “Foram R$ 517 milhões investidos, sobretudo em obras de infraestrutura. Foi um recorde histórico. Nunca na história de Sergipe se investiu tanto em um único período”, celebrou.

Secretária da Fazenda, Sarah Tarsila

Durante a apresentação na Alese, Sarah Tarsila comentou o desempenho da arrecadação estadual e a reestruturação da dívida pública. “Tivemos um aumento de 12% na arrecadação própria, além do crescimento nas transferências da União. No entanto, estamos atentos à política monetária restritiva do Banco Central, com a taxa Selic ainda alta, o que vem desacelerando a economia nos últimos meses”, pontuou. “Também fizemos uma reestruturação da dívida: trocamos uma dívida cara com vários bancos por uma muito mais barata com o Banco Mundial. Recebemos cerca de R$ 600 milhões, quitamos débitos antigos e reduzimos o fluxo de pagamento, o que nos deu mais fôlego financeiro”, completou.

A secretária enfatizou ainda os avanços nas áreas de Educação e Saúde, e a redução do endividamento do Estado. “Na Educação, tivemos um aumento de R$ 250 milhões em relação ao mesmo período de 2024, chegando a cerca de R$ 2,3 bilhões aplicados. Já na Saúde, os investimentos alcançaram R$ 1,7 bilhão até agosto, o que representa 17,5% da nossa receita corrente. Sergipe é hoje um dos estados que mais investem nessas áreas”, destacou. Sobre o endividamento, ela reforçou que o cenário é positivo. “Contrariando o que se fala, a dívida diminuiu em cerca de R$ 200 milhões. Nosso endividamento é muito criterioso e responsável. O que ainda nos preocupa é o déficit previdenciário, que chegou a R$ 1,3 bilhão no período. É um problema nacional, mas Sergipe ainda tem uma população jovem, o que nos dá mais tempo para agir e equilibrar as contas”, concluiu.

A deputada Linda Brasil (Psol) avaliou com atenção os dados apresentados pela Secretaria da Fazenda e destacou que existiram contradições entre o discurso de equilíbrio fiscal e a realidade enfrentada por diversas categorias do serviço público. “Todas as vezes que a secretária veio aqui, apresentou que a situação financeira do Estado estava boa. Então, nós questionamos o porquê de não investir em mais concursos públicos, em políticas que garantissem dignidade às pessoas mais vulnerabilizadas e em melhorias nos setores que ainda enfrentam precariedade. Se as contas estavam equilibradas, por que não pagar o piso dos professores, atualizar o triênio e valorizar os servidores com o pagamento de direitos já conquistados?”, afirmou.

Linda Brasil também criticou o que considerou falta de sensibilidade do governo em relação às demandas do funcionalismo público. “De acordo com os sindicatos, existiam recursos suficientes para garantir o pagamento do piso dos professores na base e não de forma fragmentada, com adicionais e gratificações. Então, se o Estado realmente estava em boa situação financeira, o governo precisava demonstrar isso na prática, valorizando seus servidores e implementando políticas públicas que reduzissem as desigualdades e as injustiças sociais em Sergipe”, declarou a parlamentar.

Foto: Jadilson Simões| Agência de Notícias Alese

Fonte: Agência de Notícias do Estado de SE

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