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Vacina de Oxford evita que macacos tenham pneumonia, diz pesquisa


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Mão aplicando vacina em braço de paciente
Pixabay

Vacina de Oxford é uma das opções que estão sendo desenvolvidas contra a Covid-19

Uma pesquisa realizada em abril que teve seus resultados publicados na última semana na revista científica Nature mostra que a vacina experimental da Universidade de Oxford contra a Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), impediu que macacos desenvolvessem pneumonia. O imunizante está sendo desenvolvido em parceria com o laboratório AstraZeneca e deve ser a  vacina que o Ministério da Saúde usará para imunizar a população brasileira.

A vacina, que foi batizada de ChAdOx1, é produzida a partir do adenovírus, um vírus que causa resfriado em chimpanzés.

O vetor viral é modificado com uma parte do material genético do novo coronavírus, que tem a função de codificar a proteína que se liga à célula do hospedeiro que será infectado. A imunização ocorre pela indução da criação de anticorpos neutralizantes no organismo.

Além dos testes nos animais, as fases iniciais 1 e 2 da vacina ChAdOx1 foram realizadas entre 23 de abril e 21 de maio com 1.077 humanos voluntários saudáveis entre 18 e 55 anos no Reino Unido. A terceira fase está em andamento, sendo realizada em vários países, inclusive o Brasil.

A pesquisa valeu-se de três grupos, cada um com seis indivíduos de macacos rhesus. Cada grupo recebeu, respectivamente, uma dose, duas doses (uma no início do estudo e a segunda 28 dias depois) e uma dose placebo.

Passados nove dias após a imunização do grupo que recebeu dose foi dupla, os cientistas colheram sangue dos animais para verificar a presença de anticorpos anti-Sars-CoV-2 no organismo. O mesmo foi feito com os voluntários que receberem dose única, mas em um período de 14 dias depois.

No caso de quem recebeu dose única, o nível de anticorpos neutralizantes apareceu elevado já de sete a nove dias após a vacina. Já para os que receberam a dose dupla, o aumento foi ainda mais considerável. No grupo controle, a quantidade de anticorpos detectada foi próxima a zero.

Os pesquisadores também coletaram amostras para fazer testes RT-PCR 14 dias após a primeira e a segunda doses da vacina.

Tanto nos macacos que recebream dose dupla quanto naqueles que receberam apenas uma injeção houve queda significativa na presença do vírus no organismo. Além disso, não foi encontrado RNA viral no tecido dos pulmões desses animais.

Os macacos que receberam medicamento placebo continuaram a apresentar taxas elevadas do vírus tanto no tecido pulmonar quanto nas vias do nariz, da garganta e da traqueia.

Para os autores, esses resultados reforçam que a vacina tem altas chances de ser eficaz, embora estudos que comprovem sua segurança e eficácia em impedir a infecção estejam ainda em desenvolvimento.

Outra vacina que passou por esse teste foi a da Johnson & Johnson, que também teve sucesso. Assim como a ChAdOx1, ela é feita a partir de adenovírus.

A gigante farmacêutica foi a responsável por desenvolver vacina similar contra ebola e usa agora a mesma tecnologia contra a epidemia causada pelo novo coronavírus.

Fonte: IG SAÚDE

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