Questionado sobre o tempo mínimo necessário para conclusão dos testes de qualquer vacina, considerado de um ano, o secretário estadual de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que – caso a eficácia seja comprovada – o protocolo não deve atrapalhar a distribuição da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, apelidada de coronavac.
“Todos os testes de vacina de fato devem durar um ano. Os voluntários da fase três da coronavac, que já iniciou em vários estados, também serão observados por esse período”, afirmou o secretário. De acordo com Gorinchtyn, porém, até outubro deste ano já será possível identificar se o medicamento preventivo é seguro e eficaz.
“Nós precisamos confirmar se a vacina possui efeitos colateriais e mantém suas características. Nos primeiros testes, na China, ela já apresentou um bom resultado”, explicou. “Também precisamos confirmar se ela produz anticorpos e se esses anticorpos se mantém ativos por um tempo prolongado. Se isso for confirmado nos próximos três meses, considerando a pandemia, já será possível pedir autorização para a Anvisa, para que haja uma possibilidade de distribuição para a população”, afirmou Gorinchteyn.
Ainda segundo o secretário, os testes prolongados pelo período de um ano buscam observar, principalmente, possíveis quedas na ação dos anticoropos e, assim, determinar a periodicidade entre as doses da vacina. “Como já ocorre com a vacina da gripe, por exemplo, que precisa ser reaplicada a cada ano”, explica.