O Ministério da Saúde negou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (24) que exista subnotificação de casos confirmados e mortes pela Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), entre os povos indígenas no Brasil. A informação é do secretário especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva, que falou sobre esses números sem detalhar como é política de testagem dessas populações.
Segundo ele, os números contabilizados estão corretos, uma vez que o distrito onde o povo indígena está informa os casos à prefeitura, que computa essas informações no SUS (Sistema Único de Saúde).
O secretário também falou sobre as chances de os profissionais da saúde estrarem levando a Covid-19 para as aldeias e causando mais contaminações para o novo coronavírus por eles virem de regiões onde há maior incidência de casos. “Isso é um desrespeito, falar isso de profissionais que estão indo até lá de boa vontade”, disse Silva.
De acordo com o último boletim epidemiológico da Covid-19 entre indígenas do Ministério da Saúde, os casos confirmados são 13.096, enquanto as mortes são 247 mortes. A taxa de letalidade está em 2%.
Ainda segundo esse levantamento, os indígenas da terra Kaiapó, no Pará, são os que têm maior incidência de casos de Covid-19. Esse número é de 11.575. Isso significa dizer que essa seria quantidade de infectados pelo novo coronavírus se a população fosse de 100 mil pessoas. A mortalidade seguindo esses mesmos critérios é de 129.
Em segundo lugar vem os indígenas do Rio Tapajós, que registram incidência de 7.883,3. Já a mortalidade está em 75. A preocupação do Ministério da Saúde, segundo Robson Santos da Silva, é também com os indígenas xavante, que tem mortalidade de 126,2 por 100 mil habitantes.