O Brasil pode ter até 265 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford em 2021. Durante a coletiva de imprensa do Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (8), a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima, explicou que no 1º semestre, a expectativa é receber 100 milhões de doses da vacina. Até janeiro de 2021, o País receberá 30 milhões de doses, como já foi informado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Já no 2º semestre, o acordo com a AstraZeneca prevê que o imunizante seja fabricado nacionalmente, com a transferência da tecnologia. Ainda de acordo com a presidente da Fiocruz, o Brasil poderá fabricar entre 100 e 165 milhões de vacinas, a partir de julho de 2021.
“No casa do acordo firmado pelo Ministério da Saúde, está base pressupõe o acesso do produto em desenvolvimento e também a transferência de tecnologia. Ou seja, será uma vacina integralmente produzida pela Fiocruz no segundo semestre de 2021, dependendo da complexidade do processo de incorporação dessa tecnologia”, explicou Nisia Trindade Lima. Ela revela custo de cada dose do imunizante é de US$ 3,16.
Covax Facility
De acordo com o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, mais 40 milhões de doses estão previstas para o Brasil no primeiro semestre de 2021, por meio da iniciativa Covax Facility. No dia 24 de setembro, o Brasil assinou a Medida Provisória nº 1.004 para viabilizar o crédito extraordinário de R$ 2,5 bilhões e assinar o contrato de adesão ao mecanismo.
Isso indica que seriam 140 milhões de doses de vacinas para o 1º semestre, somando o imunizante da Universidade de Oxford e os da Covax Facility.
Segundo o secretário, a contratação das doses da Covax tem o objetivo de atender pelo menos mínimo de 10% da população brasileira, visto que serão necessárias duas doses para cada pessoa. Do total, 4,441 milhões de doses serão destinadas a maiores de 80 anos, 10,766 milhões a pessoas com morbidade e 5,034 milhões a profissionais da saúde.
No Brasil, 38.308 pessoas estão envolvidas em protocolos de vacinas. As candidatas à imunizante em fases mais avançadas no País envolvendo um maior número de pessoas são:
As vacinas serão distribuídas aos estados, responsáveis por encaminhar aos postos de saúde habilitados. Até o momento, não foi realizada nenhuma consulta aos estados e municípios sobre pontos de vacinação.
Já a distribuição de seringas, será de responsabilidade pelo Ministério da Saúde também vai ser responsável pela distribuição de 300 milhões de seringas e agulhas para apoiar os estados e municípios no desenvolvimento das ações de vacinação da Covid-19.
O Ministério da Saúde, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizaram, nesta quinta-feira (8), coletiva de imprensa virtual para detalhar informações sobre as vacinas em desenvolvimento contra a Covid-19. Os temas abordados foram a prospecção de vacinas, fases de aprovação e incorporação, definição de grupos prioritários e logística de distribuição das doses.