Para articular e mobilizar os museus para questões relacionadas aos Direitos Humanos, partindo do pressuposto de que eles devem atuar como instrumentos de transformação social, a campanha Sonhar o Mundo acontece, anualmente, nos equipamentos paulistas. No Museu Índia Vanuíre, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari, a agenda acontece entre 10 e 13 de dezembro e aborda temas como direito à educação, à inclusão, à terra e à saúde.
Nesta quinta-feira (10), o vídeo Questões Indígenas: Direito à Educação mostrará o depoimento de Tiago Oliveira, Guaraní Nhandeva, sobre a obrigatoriedade dos povos indígenas terem uma escola dentro da aldeia com educação diferenciada e intercultural, na qual são ensinados, além do português, a língua originária e a forma de reprodução cultural tradicional.
Com o intuito de abordar o Direito à Terra, a ação da sexta-feira (11) mostrará como a constituição de 1988 estabeleceu a posse dos indígenas sob as terras que são bens da união. No vídeo, Lidiane Damaceno, Cacique da Terra Indígena Vanuíre, falará e esclarecerá dúvidas sobre o tema.
Para apresentar o Posto de Saúde da Terra Indígena Vanuíre, Ademir Gomes Conechu, Kaingang, morador da aldeia e técnico em enfermagem no local há 20 anos, compartilhará, em vídeo, sua experiência sobre mais esse direito dos povos originários do país. Será no sábado (12).
No mesmo dia, Paula Saia, coordenadora do Programa Vida Iluminada- UNIMED, falará sobre o projeto “O Olhar é o Sentir pelas Mãos” realizado em parceria com o Museu Índia Vanuíre. A ação conjunta tem cunho sociocultural para promover a inclusão dos deficientes visuais na cultura e para que eles se tornem frequentadores e sintam-se pertencentes ao equipamento cultural. No vídeo, ela comentará a importância do direito à inclusão e as contribuições do museu na realização desse importante projeto.
O encerramento da campanha Sonhar o Mundo fica por conta dos vídeos Cultura Indígena Contemporânea, que mostra o preconceito que muitos indígenas sofrem por incorporar hábitos e tecnologias não indígenas ao dia a dia. A Kaingang Susilene revelará no depoimento as transformações da cultura e o desafio de ser índio nos dias atuais e com todos os seus direitos respeitados.
Para conferir a programação na integra, basta acessar o site www.museuindiavanuire.org.br ou participar pelas redes sociais @museuindiavanuire.