Elton Alisson | Agência FAPESP – A FAPESP, por meio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), está entre os atores do ecossistema de inovação do país que mais contribuem para o desenvolvimento de startups.
A Fundação ocupa a terceira colocação no ranking de 2020 do Top 20 Ecossistemas, elaborado pela 100 Open Startups, que mede anualmente o volume e a intensidade das relações de inovação aberta – open innovation – estabelecidas entre startups e empresas no Brasil.
A lista, elaborada com base no número de citações das startups selecionadas na edição deste ano do Top 100 Open Startups, foi divulgada em um evento on-line realizado na última quarta-feira (11/11).
“Cerca de 40% das cem startups que tiveram maior número de relações de open innovation com grandes empresas este ano reconheceram a contribuição direta de atores do ecossistema de inovação no Brasil em suas trajetórias”, disse Rafael Levy, diretor técnico da 100 Open Startups.
No total, as startups mencionaram 183 atores do ecossistema de inovação do país que deram alguma contribuição para chegar ao mercado, como hubs de coworking, aceleradoras, órgãos de governo e associações. Cerca de 69% dessas entidades são privadas. “Isso mostra a importância do apoio desses atores do ecossistema de inovação para o sucesso das startups na relação com o mercado”, avaliou Levy.
” A FAPESP fica honrada com o reconhecimento de seu papel no apoio ao ecossistema de inovação de São Paulo. O PIPE é hoje talvez o principal programa nacional de apoio a pequenas empresas de base tecnológica, especialmente as chamadas startups early stage. Vamos ampliar este papel nos próximos anos, com as novidades já criadas no PIPE, do tipo PIPE Invest, e queremos ampliar nossas parcerias com grandes empresas e outras instituições dispostas a estimular a inovação em São Paulo”, afirmou Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da FAPESP.
Aumento da interação
De acordo com Levy, a intensidade das relações de inovação entre startups e empresas no Brasil, medida por meio do ranking nos últimos cinco anos, cresceu 27 vezes e registrou o recorde este ano.
Do total de 13 mil startups registradas na rede da entidade, 1.310 declararam ter estabelecido, no total, mais de 13 mil relacionamentos de inovação aberta com empresas este ano, contra 895 no ano passado. O número de empresas que tiveram alguma interação com startups em 2020 também mais do que dobrou em relação ao ano passado, saltando de 866 para 1.968.
“Isso reflete a maturidade e o crescimento da interação em open innovation entre startups e empresas no Brasil”, avaliou Levy.
Mais da metade dos contratos de inovação aberta são de prestação de serviços das startups para as grandes empresas e menos de 12% são de investimentos, participação acionária ou de aquisição das pequenas empresas.
O valor médio dos contratos de inovação aberta entre startups e grandes empresas que envolvem a transferência de recursos é da ordem de R$ 140 mil.
“As startups que têm maior interação em open innovation com grandes empresas captam 85% mais investimentos do que as que não desenvolvem esse tipo de relacionamento, o que demonstra a importância dessa prática no early stage [estágio inicial de desenvolvimento]”, ressaltou Levy.
As startups selecionadas para o ranking faturam, em média, R$ 1,4 milhão, já receberam aproximadamente R$ 900 mil de investimento e têm também, em média, 16 colaboradores.
Ranking
1. InovAtiva Brasil
2. Amcham
3. FAPESP
4. Apex Brasil
5. Cubo
6. Finep
7. ABDI
8. Sebrae
9. AHK Brasil
10. Fiemg Lab
11. StartOut Brasil
12. Liga Ventures
13. Endeavor
14. BNDES
15. Artemisia
16. Senai
17. Darwin Startups
18. ACE
19. Acate
20. Supera Parque
Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.