Passarela interliga os dois prédios da escola com arquiteturas de épocas diferentes
Aos 125 anos, a Escola Estadual Antonio Padilha está localizada na região central de Sorocaba e atende 1.574 alunos dos programas Ensino Integral (PEI), Vence (ensino técnico em parceira com o Centro Paula Souza) e o noturno regular.
A escola é referência pelo Centro de Línguas e atualmente oferece cursos de cinco idiomas (espanhol, francês, inglês, alemão e japonês) a 1.009 alunos. Com orgulho, o diretor Luiz Antonio Dias Jorge destaca a existência de painéis contendo imagens dos países de origem para cada língua nas portas das salas de aula.
Luiz Antonio explica que os estudantes são oriundos de vários pontos da cidade e por esse motivo há uma variedade cultural muito rica, o que representa um desafio para os educadores. “Porque essa pluralidade de pensamentos, valores e visões acaba levando à humanização e autorreflexão para propor uma escola mais democrática, pluralista que valoriza a diversidade e promove ações para o enfrentamento das desigualdades sociais”.
Personalidades conhecidas na cidade, em suas diversas áreas de atuação, estudaram na Antonio Padilha. Entre os nomes destacam-se o ex-diretor Wilson Ramos Brandão e a professora Jordina do Amaral, que se tornaram patronos de outras escolas estaduais, além do goleiro da Seleção Brasileira de 1944/45, Oberdan Cattani, falecido em 2014.
Também estudou na unidade o delegado Osmar Guimarães Júnior – atual diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter 7) e membro do Conselho da Polícia do Estado de São Paulo.
O prédio e sua história
O primeiro grupo escolar de Sorocaba foi inaugurado em 1896 e se deu por um movimento da sociedade local, tendo como mentor o comerciante e vereador Antonio Padilha de Camargo, que faleceu antes de ver seu sonho realizado.
Inicialmente instalada em um imóvel alugado pela prefeitura, anos depois a escola foi transferida para o atual prédio, construído especialmente para abrigar a unidade, como parte de um conjunto de projetos de autoria de Manuel Sabater.
A construção é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) por meio da Resolução 60 de 21/07/2010.
O prédio e o seu presente
A EE Antonio Padilha é composta de dois prédios ligados por uma passarela, em uma nítida sinergia do primeiro edifício construído no início do século XX com a outra construção, da década de 70. “O que mais me chama atenção na construção é o jardim interno, onde todas as salas dão vista para esse local. É um lugar aconchegante, traz calma, é bem gostoso”, conta Luiz Antonio.
Para o diretor, que tem 40 anos de experiência na Educação, a escola representa “um crescimento pessoal, com foco no desenvolvimento de valores como respeito, solidariedade voltada com um olhar coletivo, com objetivo do desenvolvimento das relações interpessoais e intrapessoais”.
Fonte: Governo de SP