O Governo do Estado, por meio do Grupo de Trabalho formado pela Defesa Civil e Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, continua monitorando o deslocamento das nuvens de gafanhotos registradas na Argentina e Paraguai. Até o momento o risco da chegada dos insetos ao território catarinense é considerado baixo.
A primeira nuvem está em deslocamento na fronteira entre o Brasil e Argentina. De acordo com informações repassadas pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentaria (Senasa), os gafanhotos estão localizados a 33 quilômetros ao sul do município de Sauce, província de Corrientes. Ou seja, a 122 quilômetros da cidade gaúcha de Barra do Quaraí e a 590, de Santa Cataria A Argentina permanece com ações para reduzir a densidade populacional dos insetos.
Já a segunda nuvem de gafanhotos que foi localizada nos últimos dias permanece em constante movimento nas localidades de Madrejon e 4 de Mayo, no Paraguai, e está em deslocamento para a cidade de Teniente Pico, no departamento de Boquerón, a cerca de 890 quilômetros de Santa Catarina.
Condições de tempo
A movimentação da nuvem é influenciada pelas condições de tempo e com a elevação das temperaturas nos últimos dias os insetos se tornaram mais ativos e ampliaram o deslocamento.
Segundo o monitoramento meteorológico do Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd), a previsão é de temperaturas mais altas que o normal no sul do Brasil nos próximos dias, com pelo menos 4°C acima da média na região de fronteira com o Uruguai.
Com a aproximação e chegada de uma frente fria, a chuva retorna e as temperaturas começam a cair no Rio Grande do Sul, na região de fronteira com o Uruguai, a partir da noite de quinta-feira. Em Santa Catarina, a queda das temperaturas ocorrem entre noite de sexta-feira, 24 e manhã sábado, 25.
Atenção
O Governo do Estado ressalta que até o momento não existe a necessidade de ação preventiva dos produtores rurais. O uso indiscriminado de agrotóxicos neste momento é considerado desperdício de recursos e pode causar impactos negativos ao meio ambiente, atingindo insetos polinizadores e prejudicando diversas culturas.
Caso ocorra alteração na situação, a Defesa Civil e a Secretaria da Agricultura emitirão alertas para os agricultores e profissionais da área. Mai informações estão disponíveis para os agricultores nos escritórios municipais da Cidasc ou Epagri.
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Flávio Vieira Júnior
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