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JANEIRO BRANCO | Campanha reforça a importância da atenção à saúde mental Destaque


O ano de 2020 foi atípico para o mundo. A pandemia causada pela COVID-19 fez com que muitas pessoas passassem boa parte do tempo em casa. O isolamento social foi necessário e muita gente enfrentou dificuldades para lidar com o novo normal.

Dados preliminares da pesquisa sobre saúde mental na pandemia, realizada pelo Ministério da Saúde mostram que a ansiedade se tornou o transtorno mais presente no Brasil durante a pandemia. Nesse começo de ano, a campanha Janeiro Branco chega com a missão de despertar na sociedade o interesse pelos cuidados com a saúde mental.

De acordo com Sofia Salomão, diretora do Departamento de Políticas de Saúde Mental da Sesau (Secretaria de Saúde) é preciso estimular a compreensão e a atenção com bem-estar interior.

“As pessoas precisam estar atentas com os cuidados com o corpo e a mente, pois trata-se de um conjunto, uma engrenagem, onde cada peça deve estar bem para que o organismo por completo esteja pronto para lidar com as mudanças do dia-a-dia e, assim, o novo ciclo possa ser recebido de forma saudável e tranquila”, esclareceu.

Segundo a psicóloga da Clínica Médica Especializada Coronel Mota, Cássia Nathalia Dias, o isolamento social impactou negativamente a saúde mental de diversas pessoas, principalmente daquelas que apresentam maior dificuldade em lidar com mudanças e que não estavam preparadas para vivenciar a repentina transformação na rotina de trabalho, lazer, educacional e social, sendo indispensável maior atenção aos sinais de alerta manifestados pelo nosso corpo, assim como as alterações no comportamento.

“Diversos problemas já existentes podem ter sido intensificados com a brusca alteração na rotina e consequente isolamento social. Há condutas que podem ser incluídas na rotina que atuam como fatores de proteção, prevenindo o adoecimento e minimizando os danos acarretados pela quarentena”, complementou.

Estabelecendo limites

A psicóloga ressalta a importância de estabelecer uma rotina equilibrada, com atividades diárias que contemplem não apenas as obrigações, mas também atividades de lazer e relaxamento. Dentre as sugestões, Cássia ressalta que é necessário equilibrar a absorção de notícias, sempre consultando fontes confiáveis, mas restringindo o tempo dedicado a isso, separar um horário específico do dia para manter-se informado, evitando assim o consumo excessivo de informações.

Outra medida, é não deixar com que a falta de contato físico impeça a interação com os amigos e familiares, principalmente se a pessoa está vivenciando o isolamento sozinha. “Ligar para os amigos, fazer chamada de vídeo, entender que você não está sozinho. É importante não se isolar completamente e buscar os familiares e amigos por meio da internet. E para quem está acompanhado, é essencial compreender que cada um indivíduo é único e internaliza os acontecimentos de forma diferente. Evitar assuntos que gerem discussões, negociar as tarefas de casa, respeitar o espaço do outro, além de trabalhar a comunicação, podem auxiliar”, salientou.

ATENDIMENTO PSICOLÓGICO E/OU PSIQUIÁTRICO – A diretora do Departamento de Políticas de Saúde Mental alertou ainda que se caso os sintomas permaneçam, mesmo adotando as sugestões, deve-se procurar um profissional especializado. Em Roraima a Rede de Atenção Psicossocial disponibiliza a atenção necessária.

“Casos leves podem ser atendidos na atenção básica, em postos de saúde. Casos moderados devem procurar o ambulatório de psicologia e psiquiatria da Clínica Médica Especializada Coronel Mota e os CAPs (Centro de Atenção Psicossocial) para atendimento de casos graves. Além disso, no site da Sesau, www.saude.rr.gov.br, é possível conhecer o “mapa de saúde mental”, criado pelo Ministério da Saúde, que indica a localização de CAPs no Estado de Roraima e no resto do Brasil”, pontuou Sofia.

 

Fonte: Governo RR

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