O Projeto Cinema Presente na Praça, maior projeto cultural do estado do Rio de Janeiro, encerra o ciclo de apresentações de sua primeira edição neste final de semana, comemorando o Dia do Folclore Brasileiro, com exibição a céu aberto de filmes gratuitos com temática folclórica para as crianças e suas famílias. Hoje (21), as sessões acontecerão às 16h30 e às 18h30, na Praça Paulo Terra, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, e amanhã (22), Dia do Folclore, nos mesmos horários, na Praça Fonseca Portela, centro de Rio Bonito, região metropolitana do Rio de Janeiro. Será exibida a série de curtas “Juro que Ví”, formada pelas animações A Lenda do Saci, O Curupira, O Boto, A Lenda da Iara e Matinta Pereira.
A capacidade total é para 500 assentos em cada município. Basta chegar uma hora antes para garantir o assento. O criador e diretor geral do projeto, Felipe Flores, informou que haverá muitas brincadeiras para as crianças, com distanciamento necessário para garantir a segurança de todos, além de distribuição de pipocas e refrigerantes. Durante o evento, a Nave Enel, veículo interativo e tecnológico, proporciona aos visitantes experiência com vídeos 3D e jogos que mostram os impactos das ações humanas no meio ambiente. O espaço conta com duas áreas, sendo uma destinada à exibição de vídeos educativos e outra para jogos interativos, cujo objetivo é educar os participantes para os temas da cidadania, meio ambiente e destinação correta dos resíduos recicláveis.
Resultados
O projeto percorreu 18 cidades que não têm nenhuma sala de cinema. Felipe Flores falou dos resultados alcançados: “Percorrer 18 cidades que não têm salas de cinema, agregar mais de 3 mil pessoas com toda a segurança de distanciamento, ter dado acesso à cultura brasileira a tantas famílias e crianças que nunca tinham pisado em um cinema é mais que um sentimento de satisfação. É um sentimento de dever cumprido com o Projeto Cinema Presente na Praça”. Ele destacou que o sonho foi possível porque foi compartilhado pela secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros, e pela empresa Enel Distribuição Rio, que acreditaram no projeto.
Flores constatou que 75% das 92 cidades fluminenses não têm cinema. Nos municípios que têm salas de cinema, elas pertencem a grandes franquias, o que impossibilita o acesso ao cinema para pessoas sem condição de pagar os ingressos. Na maioria das vezes, com valores altos, observou. O Projeto Cinema Presente na Praça surgiu então com o objetivo de democratizar o acesso à riqueza cultural do audiovisual e da dramaturgia do cinema brasileiro.
Exemplo
Para a secretária de estado de Cultura, Danielle Barros, o projeto Cinema Presente Na Praça “é um exemplo a ser seguido quando falamos em cultura segura, especialmente neste período do novo coronavírus que ainda enfrentamos. É a cultura chegando na ponta, em cidades que precisam de atrações culturais e que a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa tem a honra de apoiar”, explicou.
Em 2020, 16 cidades foram percorridas pelo projeto que empregou mais de 300 pessoas e teve a presença de mais de 3 mil espectadores. “Tudo com total segurança e seguindo os protocolos da Organização Mundial da Saúde” , afirmou Felipe Flores. O projeto retornou em 2021 para finalizar o ciclo do ano passado, já que não foi possível continuar as transmissões dos filmes em função do agravamento da pandemia no estado. Em julho, o projeto atingiu pessoas de todo Brasil, por meio de duas sessões virtuais que foram realizadas pelo canal do YouTube do projeto. em julho deste ano.
Dia do Folclore
O Dia do Folclore foi oficialmente criado no Brasil em 1965, com o objetivo de incentivar estudos e a preservação das tradições, dos mitos e lendas que se transformaram, ao longo do tempo, em contos, músicas, peças teatrais e filmes. Segundo Felipe Flores, “filmes nacionais despertam o interesse por mostrar o espelhamento do seu povo em ocupação de lugares públicos”. O Cinema Presente na Praça resgata a formação de plateia por completo, desde a sua linguagem, expressões, atuações e pontos que envolvem a realidade dos aspectos sociais, culturais e educacionais do próprio telespectador. Por ser um cinema ao ar livre, atrai muitas famílias, com segurança, oferecendo também espaço para pessoas com deficiência. O cinema itinerante recebeu o Selo Verde de sustentabilidade, realizando o plantio de árvores e reduzindo a taxa de emissão de carbono na atmosfera.
Fonte: Agência Brasil