Sema apresenta em encontro nacional oportunidades do RS para setor de gás

0
315


.

O secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, reuniu-se na segunda-feira (31/8) com representantes dos governos federal e estadual, lideranças políticas e investidores em logística, gás e usinas termelétricas, para apresentar o cenário do Rio Grande do Sul e as expectativas de investimento no setor.

Segundo Lemos, o Estado enxerga a matriz energética como um caminho para a retomada da economia em um período pós-crise e tem se preparado para receber empreendimentos também no setor de gás, como é o caso do projeto da Usina Termelétrica a Gás Natural Liquefeito (UTE) no município de Rio Grande. A obra prevê 1.280 megawatts (MW) de potência instalada a partir do recebimento de gás por navios em um píer próprio a ser construído, com gás excedente podendo atender a outros empreendimentos industriais e termelétricos.

Lemos apresentou aos participantes a matriz energética do Rio Grande do Sul: 54,73% petróleo e 3,27% gás natural. Com o novo Código Ambiental, a burocracia foi reduzida, e os regramentos estão mais alinhados à legislação federal. Atualmente, uma das principais oportunidades de investimento é a privatização da Sulgás, que atende a 42 municípios e cerca de 60 mil clientes.

O Estado projeta ser referência no país a partir de um sistema de gasodutos. “Se reunirmos investimentos de gasodutos da UTE Canoas, UTE Rio Grande e UTE Farroupilha criaríamos um cenário perfeito, com um sistema interligado, ampliando a competitividade a partir de potencial diversificado de fornecedores. O Estado, normalmente visto como ponta da malha, seria o centro para integração dos gasodutos do Conesul”, explica Lemos.

“Na Usina de Canoas, por exemplo, a produção de energia foi concebida para ocorrer a partir de gás, porém, por não haver oferta atualmente, ocorre por meio da queima de óleo, o que emite grandes níveis de gases de efeito estufa na atmosfera e a um custo mais elevado. Além de ampliar a oferta, a produção de gás auxiliará na proteção do meio ambiente”, destaca o secretário.

Um exemplo são as empresas de linhas de transmissão (LTs) que puderam antecipar suas obras em dois anos com relação ao prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em leilão. Com esta ampliação nas LTs, o potencial de investimento em usinas renováveis e fósseis totaliza um investimento de R$ 61 bilhões para o Rio Grande do Sul, os quais estavam represados por não haver linhas para escoar esta energia elétrica gerada. Tal como ocorre na transmissão, a ampliação da infraestrutura de gás também poderá ampliar investimentos nesta cadeia, para atender a uma demanda de gás natural de até R$ 16,5 milhões de metros cúbicos diários em 2025.

Para o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME) , Reive Barros, as oportunidades no Rio Grande do Sul já estão traçadas, com potencial em negócios e grande demanda. “Está claro o quanto pode ser feito neste Estado e como, com infraestrutura, será possível garantir desenvolvimento e inserir o Rio Grande do Sul em uma posição de destaque”, disse.

Para 2021, Lemos destacou que a Sema trabalha para realizar dois leilões: um de Potência e outro de Energia, estabelecendo novos marcos e garantindo segurança energética.

Além do representante do MME, marcaram presença o senador Lasier Martins, o deputado federal Lucas Redecker, o deputado estadual Fábio Branco, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry, a presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Marjorie Kauffmann, o diretor-presidente da Sulgás, Carlos de Colón, o diretor de Energia da Sema, Eberson Silveira, e o coordenador da Assessoria Técnica da Sema, Guilherme de Souza.

Texto: Bárbara Corrêa/Ascom Sema
Edição: Secom

Fonte: Governo RS