Pouco mais da metade dos gaúchos está em área previamente classificada com bandeira vermelha. Os indicadores da 17ª rodada do Distanciamento Controlado, divulgados nesta sexta-feira (28/8), apontam 10 regiões, com 240 municípios e 6,1 milhões de pessoas (54,1% da população), sob risco epidemiológico alto para coronavírus.
Veja o mapa no site https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br.
Há seis semanas, cerca de 10,2 milhões de habitantes – 91% da população -, estavam com bandeira preliminar vermelha, o que indica redução importante em áreas sob risco alto de contágio. O Rio Grande do Sul voltou ao patamar registrado há oito semanas, em 3 de julho, quando metade das então 20 regiões Covid foram classificadas previamente em alto risco.
Nesta 17ª rodada do Distanciamento Controlado, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões e Passo Fundo foram classificadas em vermelho. As outras 11 regiões estão com bandeira laranja (risco médio).
Taquara, Novo Hamburgo e Palmeiras das Missões tiveram melhoras em indicadores e ficaram com nota final compatível com a bandeira laranja. No entanto, as três áreas se mantêm em bandeira vermelha por conta da trava para saída da situação de avaliação de risco alto prevista no modelo (duas ou mais semanas em bandeira vermelha em um intervalo de 21 dias).
Essas regiões terão seu nível de risco efetivamente reduzido se apresentarem na semana seguinte uma média compatível com a bandeira laranja.
Até a tarde desta sexta, 11 regiões haviam aderido à cogestão, na qual as regiões podem adotar protocolos menos restritivos à bandeira na qual estão classificadas, mas no mínimo iguais à bandeira anterior: Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado. Além disso, os pedidos de Santo Ângelo, Ijuí e Santa Rosa estão sob análise do governo.
Associações de municípios que optarem pelos protocolos alternativos podem enviar seus planos, desde que aprovados por no mínimo dois terços dos prefeitos e avalizados por uma equipe técnica, pelo formulário https://bit.ly/formulariocogestao, com no mínimo 48 horas de antecedência do início da vigência de seu plano.
Regiões e municípios que quiserem entrar com recurso à classificação preliminar podem enviar pedido de reconsideração até as 6h de domingo (30/8) por outro formulário eletrônico: https://forms.gle/RT5TcxsSqEBtX7Up8.
Dos 240 municípios (do total de 497) classificados em bandeira vermelha, 113 cidades (562.251 habitantes, 5% do RS) podem adotar protocolos de bandeira laranja, sem necessidade de recurso, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias.
• Clique aqui e acesse a lista de municípios que se enquandram na Regra 0-0.
O Gabinete de Crise vai analisar os pedidos na segunda-feira (31/8) e o mapa definitivo, com as bandeiras vigentes de 1° a 7 de setembro, será divulgado na tarde da segunda, por meio de notícia publicada no portal de notícias do governo do Estado, sem transmissão ao vivo como vinha sendo feito. Ao considerar que o modelo já está bem consolidado, o Executivo passará a fazer live somente uma vez por semana, sempre às quintas-feiras, às 14h.
Alertas
O crescimento de novas hospitalizações em determinadas regiões chamou a atenção da equipe que monitora o modelo. É o caso de Uruguaiana, onde as novas internações por Covid-19 cresceram 120% nos últimos sete dias, passando de 15 para 33.
Houve aumento significativo também em Erechim (aumento de 87,5% no mesmo período), Ijuí (73,3%) e Cruz Alta (71,4%).
RESUMO DA 17ª RODADA
Regiões que apresentaram piora (2)
LARANJA > VERMELHO
Cruz Alta
Ijuí
Regiões que apresentaram melhora (4)
VERMELHO > LARANJA
Capão da Canoa
Pelotas
Santa Cruz do Sul
Lajeado
Regiões que permanecem iguais (15)
VERMELHA
Taquara
Novo Hamburgo
Canoas
Porto Alegre
Santo Ângelo
Santa Rosa
Palmeira das Missões
Passo Fundo
LARANJA
Santa Maria
Uruguaiana
Guaíba
Erechim
Bagé
Caxias do Sul
Cachoeira do Sul
• Clique aqui e acesse a nota técnica com as justificativas de classificações das regiões.
DESTAQUES DA 17ª RODADA
• número de novos registros de hospitalizações Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de confirmados Covid-19 reduziu 16% entre as duas últimas semanas (1.259 para 1.061);
• número de internados em UTI por SRAG aumentou 2% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (925 para 944);
• número de internados em leitos clínicos com Covid-19 no RS reduziu 8% entre as duas últimas quintas-feiras (920 para 850);
• número de internados em leitos de UTI com Covid-19 no RS aumentou 1% entre as duas últimas quintas-feiras (706 para 714);
• número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 no RS aumentou 3% entre as duas últimas quintas-feiras (de 582 para 597);
• número de casos ativos aumentou 8% entre as duas últimas semanas (de 6.837 para 7.382);
• número de óbitos por Covid-19 reduziu 10% entre as duas últimas quintas-feiras (de 365 para 327).
As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (305), Caxias do Sul (117), Canoas (108), Passo Fundo (93) e Novo Hamburgo (71).
Comparativo da situação entre 30 de julho e 27 de agosto:
• número de novos registros de hospitalizações confirmados Covid-19 reduziu 3% no período (1.094 para 1.061);
• número de internados em UTI por SRAG aumentou 8% no Estado no período (872 para 944);
• número de internados em leitos clínicos com Covid-19 no RS reduziu 15% no período (1.002 para 850);
• número de internados em leitos de UTI com Covid-19 no RS aumentou 6% no período (672 para 714);
• número de casos ativos reduziu 5% no período (de 7.793 para 7.382);
• número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 no RS reduziu 1% no período (de 602 para 597);
• número de óbitos por Covid-19 acumulados em sete dias reduziu 11% no período (de 369 para 327).
• Clique aqui e acesse o levantamento completo da 17ª rodada do Distanciamento Controlado.
Texto: Vanessa Kannenberg
Edição: Marcelo Flach/Secom