Oportunidade para os produtores rurais, o mercado potencial de azeitona e azeite foi tema da primeira transmissão da Emater/RS-Ascar e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Canal Agro, neste domingo (27/9), segundo dia da Expointer Digital 2020. O painel teve o objetivo de apresentar o diferencial do sabor dos azeites produzidos no Rio Grande do Sul.
Transmitido no site da Expointer, o evento contou com a participação de dois painelistas: a bióloga pesquisadora da Seapdr Andréia Mara Rotta Oliveira; e o presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Paulo Marchioretto. Por meio de videoconferência, participou o professor de gastronomia e degustador de azeites Sandro Marques.
“O azeite gaúcho é resultante de uma estrutura que prospera com base na persistência e esforço de entidades e empresas envolvidas. O objetivo dessa estrutura está em consolidar a cadeia produtiva gaúcha com qualidade de produto, referência para atividades agregadas de turismo, gastronomia e cultura”, afirmou Marchioretto. O indicativo do potencial de mercado está no fato de que o Brasil importa cerca de R$ 1 bilhão ao ano em azeitonas e azeite.
O presidente do Ibraoliva explicou que a entidade foi criada há três anos para unir os produtores e melhorar a atividade do setor. “Damos apoio e suporte para promover a olivicultura no Brasil, em especial no Rio Grande do Sul”.
Marchioretto destacou que o instituto já conquistou cerca de 120 premiações de azeites. “A atividade já começou com tecnologia desenvolvida para entregar um azeite de qualidade. Ela cresce 15% ao ano. A meta é termos área plantada de 8 mil hectares de oliveiras até final de 2020”, disse. Atualmente, são cerca de 6 mil hectares cultivados no RS.
A pesquisadora Andréia apresentou o Programa Estadual Pró-Oliva, que tem como objetivo a defesa sanitária, a produção de mudas de qualidade e o aumento da produção e da produtividade dos olivais. “Além da assistência técnica e pesquisa, industrialização de azeites e conservas e o crédito”, acrescentou.
Segundo ela, o cultivo de oliveiras no Rio Grande do Sul é recente, se iniciou há cerca de 15 anos. “Atualmente, o plantio existe em 65 municípios do Estado, principalmente na região Sul”. Andréia acrescentou ainda que instituições como Seapdr, Emater/RS-Ascar e Embrapa trabalham em conjunto para levar informações aos produtores.
De acordo com a bióloga, a Feira do Azeite, que ocorre no primeiro sábado de cada mês no pátio da secretaria, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, é um espaço para comercialização direta dos produtores.
Por sua vez, o degustador Sandro Marques, que produziu o Guia de Azeites do Brasil, disse que o azeite extravirgem do Rio Grande do Sul tem muitas vantagens em relação aos importados. “Oferecem mais benefícios para a saúde dos consumidores. O aroma e o sabor são mais intensos e mais completos. Se destacam em relação a azeites da Itália, Espanha e Portugal”.
Texto: Darlene Silveira/Ascom Seapdr e Taline Schneider/Ascom Emater/RS-Ascar
Edição: Secom