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#EspecialPersonagens: professores falam sobre o ensino remoto durante a pandemia


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#EspecialPersonagens: professores falam sobre o ensino remoto durante a pandemia

8 de setembro de 2020

 

Por Vinícius Monteiro

 

A pandemia causada pelo novo coronavírus forçou as escolas públicas e particulares a suspenderem as aulas presenciais. Alunos e professores foram pegos de surpresa e, de uma hora para outra, precisariam se adaptar a uma situação que não acontecia há mais de um século: ensinar e aprender durante uma crise sanitária global.

 

Na mesma semana de suspensão das aulas, ainda em março, o professor de geografia Roberto Estabile, do Colégio Estadual Professora Sônia Regina Scudese, em Brás dePina, zona Norte do Rio, criou um canal no YouTube e começou a publicar seus vídeos. Roberto viu nesse método uma forma de ajudar seus estudantes e até mesmo outras pessoas que quisessem conhecer um pouco mais sobre os fenômenos do mundo.

 

– A ideia de um canal no YouTube já existia desde janeiro, mas acabou se concretizando com a suspensão das aulas. Foi o momento propício para ajudar aquela galera que já estava em casa – conta o professor.

 

O canal se tornou um espaço para reunir materiais auxiliares às aulas de ensino remoto da rede pública. Roberto foi identificando as dificuldades do formato e junto com sua esposa, Simone, pesquisou sobre como produzir os vídeos, adaptando a linguagem da sala de aula à internet.

 

 

O professor de física Francisco Medeiros, do Colégio Estadual Engenheiro Arêa Leão, em Nova Iguaçu, também foi um dos que tiveram que se adaptar, em pouco tempo, a uma nova forma de ensino para dar sequência às aulas. Ele lembra que, antes da pandemia, alunos e professores tinham a possibilidade de trocar ideias e informações. Mas com o isolamento o relacionamento com os alunos precisou ser repensado.

 

– Sinto falta dos meus alunos, é muito mais difícil dar aula de maneira remota. Era muito mais simples explicar uma matéria, olhar nos olhos dos estudantes e perceber se estavam aprendendo ou não – detalha.

 

Francisco já tinha experiência com produção de vídeos educacionais no Youtube, mas precisou atualizar o seu equipamento para oferecer mais qualidade de áudio e vídeo, além de fazer o carregamento das aulas com mais velocidade. Ao produzir e editar sozinho, o mestre precisou redobrar o seu trabalho para alcançar e amparar seus alunos. Para se adequar ao uso de determinadas plataformas foram necessários cursos voltados para o ensino a distância.

 

Canal oficial do Governo

 

Roberto e Francisco também dão aula no canal oficial da Secretaria de Educação do Governo do Estado do Rio de Janeiro, retransmitidos na TV Alerj. A exposição em TV aberta permite aos estudantes que não possuem conexão com a internet acompanhar as matérias, já que muitos jovens têm dificuldade de acesso pela internet.

 

 

– Pretendo continuar com as aulas em vídeo. O começo foi difícil, mas os alunos também buscaram intensificar o aprendizado. Tenho certeza que eles também vão voltar mais fortalecidos dessa pandemia. Os momentos mais difíceis são aqueles que a gente também mais aprende – diz Francisco.

 

Roberto também gostou da experiência e pretende continuar com o canal mesmo depois da pandemia.

 

– Está sendo um período difícil, a produção dos vídeos dá um trabalho muito grande. Mas eu acho que consegui ajudar, a gente brigou para continuar com a educação. Ela é fundamental – conclui.

 

Fonte: Governo RJ

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